Coronavirus I – ABC do contagio

Acabado de voltar de Italia, onde fiquei ao lado do meu pai doente, eis que encontro o terrível Coronavirus também em terra lusa. E já há casos de contagio também em outros Países do mundo. Portanto, a primeira coisa a fazer (esperando que possa ajudar) é um pouco de clareza: algo não simples, pois não apenas na internet mas também nos órgãos de comunicação social é possível encontrar tudo e o contrário de tudo.

Considerado que não tenho nenhuma formação médica, eis o que penso:

O Coronavirus é um vírus novo?

Não. O Coronavirus, na realidade, é uma família de vírus. O agente patogénico que está a causar a pandemia é um vírus que faz parte desta família e cujo nome oficial é SARS-CoV-2, que provoca a doença chamada CODIV-19.

Para sermos mais precisos:

Famiglia = Coronaviridae

Sottofamiglia = Orthocoronavirinae

Genere = Betacoronavirus

Sottogenere = Sarbecovirus

Sarbecovirus SARS-CoV-2 > Doença = CODIV-19

Então porque falam de “Novo Coronavirus”?

Seria mais correcto falar de “novo membro da família Coronavirus”, mas para simplificar utiliza-se “Novo Coronavirus” para indicar o vírus SARS-CoV-2, descoberto no final de 2019, que provoca a doença CODIV-19.

Quais são os sintomas da doença CODIV-19?

CODIV-19, como vimos, pertence à família dos Coronavirus que provoca síndromes influenciais (gripe). CODIV-19 não é uma excepção: febre, tosse seca, fadiga, falta de ar, dificuldade em respirar, com um tempo de incubação que pode ir até os 14 dias. Mas há muitos casos sem sintomas (o que pode acontecer também no caso duma gripe normal).

Nos casos mais graves, as complicações da CODIV-19 podem provocar pneumonia, insuficiência renal aguda, até morte.

Portanto a doença CODIV-19 é mortal?

Não: ninguém morre de gripe. Não se morre “de” CODIV-19 mas “com” CODIV-19. A diferença é substancial: o que acontece é que, quando o vírus encontra uma pessoa com um sistema imunitário fragilizado, pode desencadear as citadas complicações. Por exemplo, no caso da pneumonia, a CODIV-19 não “traz” a pneumonia para o corpo do doente; o que acontece é que o CODIV-19 enfraquece ainda mais as já débeis defesas imunitárias do indivíduo que, desta forma, não consegue combater infecções que normalmente seriam combatidas com sucesso.

É verdade que a taxa de mortalidade da CODIV-19 é superior àquelas das gripes normais?

Em medicina é mais correcto falar em “taxa de letalidade”, isso é, o número de óbito que acontecem no total das pessoas infectadas.

A taxa de letalidade da CODIV-19 é superior às da gripe comum?

Não é possível dar uma resposta por enquanto. As taxas de letalidades, para ser fidedignas, podem ser fornecidas só depois da epidemia (ou pandemia, como neste caso) ter acabado. Isso porque durante a fase aguda não há certeza acerca do efectivo número de contagiados.

Um exemplo: os últimos dados oficiais de Italia falam de 21.157 casos totais de CODIV-19 e 1.441 óbitos. Se assim fosse, a taxa de letalidade seria de 6.8%. Todavia, a suspeita é que os casos totais nesta altura ultrapassem já os 60.000, pelo que a taxa de letalidade real seria de 2.4%. Se, como apoiam alguns, os contagiados em Italia já ficam perto dos 100.000, a taxa cai ainda mais: 1.44%.

É verdade que a CODIV-19 é letal não apenas no caso de pessoas idosas?

Sempre segundo os últimos dados oficiais, a idade média das pessoas mortas é de 82 anos. E a grande maioria delas tinha graves patologias em andamento. Pelo que, não é suficiente ser idoso para morrer com a CODIV-19.

Obviamente, a chave de tudo este discurso é a condição do sistema imunitário: um sistema imunitário frágil pode falhar perante o CODIV-19 também no caso de pacientes bem mais jovens. Todavia o dado acerca da idade média é bastante significativo.

Mas é verdade que uma gripe normal não mata tanto assim?

Um país como Italia, com um dos sistemas sanitários mais evoluídos do Ocidente, registra anualmente entre 4.000 e 7.000 mortes relacionadas com a gripe. Em toda a Europa, os óbitos chegam anualmente aos 70.000 casos.

Mas então porque nos outros anos não se fala disso?

Este é um discurso muito mais complexo que será enfrentado no próximo artigo.

Dizem que este vírus é mais perigoso porque não há vacina.

A maior parte da população de qualquer País enfrenta as gripes sazonais sem vacinas e, mesmo assim, sobrevive alegremente: o importante é manter saudável o sistema imunitário e deixa-lo trabalhar. A vacina pode ser útil apenas nos casos das categorias de risco (idosos com patologias já presentes, diabetes severos, tumores, etc.).

Eu sou uma pessoa saudável de meia idade, pelo que posso ignorar a CODIV-19, justo?

Não, não é justo. Não podemos pensar apenas em nós, temos que pensar nos outros também. O que para nós pode ser mortal no caso de outras pessoas, em particular de pessoas idosas. Que também podem pertencer à nossa família (avós, pais, tios, etc.).

Então como posso evitar o contagio?

Seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. Sobretudo: lavar ou desinfectar frequentemente as mãos.

Uma mascara ajuda?

Não. A máscara de tipo mono-uso não tem efeito contra o vírus, que é muito mais pequeno do enredo formado pelo tecido da máscara: o vírus passa tranquilamente através dela. A máscara é mais útil no caso de pessoas contagiadas: consegue reter a expectoração e, assim, uma parte da carga viral também.

Para ter uma máscara eficaz seria preciso utilizar um modelo mais evoluído, possivelmente com filtro contra os riscos biológicos. Mas a despesa não encontra justificação no caso de pessoas que não pertencem às categorias em risco.

Faz sentido fechar escolas, cinemas, lojas; evitar contactos físicos, ficar fechados em casa?

Faria sentido se esta fosse a normalidade, cada vez que se apresente uma vaga de gripe. Por qual razão no ano passado ninguém ficou fechado em casa e os mortos relacionados com as consequências da gripe foram ignorados? E no ano próximo como será? Todos em casa outra vez ou voltamos a fazer de conta que a gripe e os mortos não existem?

Dizes que esta é uma gripe normal mas os hospitais estão em crise.

Este é o ponto nevrálgico da CODIV-19: as estruturas não estão preparadas para enfrentar a crise. Além disso, outro factor (mas não o único que deve ser considerado) é que ao longo dos anos passados, em nome da economia, foram cortados fundos para a saúde. É uma situação que costuma repetir-se anos após ano, com estruturas de apoio sobre-lotadas. O verdadeiro perigo é o colapso das estruturas de apoio aos doentes.

Tu como te comportas?

Faço a minha vida normal, no limite do possível. Saio sem problemas, tento trabalhar, vou às compras, faço a minha vida: tento não cair na psicose da CODIV-19. Tenho mais atenção em relação à limpeza das mãos, que lavo com mais frequência, isso sim. E, por enquanto, evito contactar pessoas idosas e doentes apesar de não ter CODIV-19 (acho).

Não ficas em auto-isolamento?

Nem me passa pela cabeça.

E se começasses a ter sintomas de gripe?

Vou trata-la como uma gripe normal: fico em casa, não vou às urgências, tomo antipiréticos contra a febre, sumo de laranja, vejo alguns velhos filmes em DVD, volto a escrever no blog.

Fizeste estoques de água e comida?

Não estamos em guerra.

Mas enfim, não estás preocupado nem um pouco?

Comigo nem um pouco. Com as pessoas idosas e doentes sim.

 

 

Ipse dixit.

46 Replies to “Coronavirus I – ABC do contagio”

  1. Saudações saudosas e alegres, Max!

    Espero que estejas bem e que seu pai também tenha ficado em Paz.
    Seja bem vindo de novo ao front!
    Acompanho há alguns anos II. Considero esse ex-blog e, atualmente, site um dos que mais possibilita informações relevantes e de qualidade, além de propiciar exposição de pontos de vista e discussões muito ricas.

    Um forte abraço (virtual, para não ter risco de contágio) para você e aos demais frequentadores “dessas bandas”.

    Eduardo.

  2. Salve Max ! Satisfação pelo seu contato. Estávamos preocupados com tantas noticias preocupantes com epicentro na Europa.

    A paranoia por aqui já começou também, mesmo que tenhamos ( por enquanto, oficialmente ) menos de 200 casos, contrastando com os 20 mil da Itália com uma população de menos de 1/3 da nossa.

    Vivemos uma agitação sem precedentes na história recente.

    Inúmeras teorias da conspiração tem sido veiculadas, que sinceramente, não acredito. Isso exposto, caro blogueiro, vc acha que por detrás de tudo isso , possa haver algo além de uma simples coincidência do vírus chegar até o ser humano pelo contato com um animal contaminado ?

  3. Bem-vindo de volta caro Max, espero que o seu pai se encontre melhor.

    Aproveito e deixo a minha opinião sobre o surto de Covid-19.

    Ocultar uma crise económica com a disseminação de um vírus (Covid-19), por forma a impor medidas económicas, laborais, e jurídicas, que dificilmente seriam aceites pelos cidadãos é do mais escroque que pode existir.

    E igualmente medíocre é servirem-se dessa mesma disseminação do vírus (Covid-19), para testarem e analisar em locais e transportes públicos ou nos locais de trabalho de empresas privadas ou públicas, tecnologia que em breve será parte do nosso quotidiano, ao mesmo tempo que realizam um gigantesco experimento social.

    P.S.: Desembarcou na Europa um efectivo de mais de 20 000 militares do exército dos Estados Unidos da América do Norte (EUA) sem o consentimento dos cidadãos Europeus, para realizar o exercício militar «Defender a Europa 20» em conjunto com os seus aliados; agora falta saber do quê que a Europa se vai defender pois na cabeça doente destes psicopatas, ameaças e inimigos imaginários não faltam.

  4. Fazes falta Max… talvez não tenhas ideia da qualidade diferenciada das análises proporcionadas por II. Também sigo “religiosamente” alguns outros blogs e canais em português e espanhol (Daniel Simões – de Portugal, Duplo Expresso – brasileiro que transmite da Suíça, e outros). Mas o número está se tornando tão restrito…e os comentaristas então!. Com todas as nossas patacuadas aqui, ainda devemos ter, nós comentaristas de II, um quociente intelectual mil vezes maior comparado a tudo que acompanho, mais um diferencial de II. Se for referente ao Brazil…antes eu ria, hoje tendo concluído que não temos solução, eu choro porque somos contaminados por um vírus letal chamado burrice. Podes crer, não há coisa pior.
    Meus desejos de pronto restabelecimento ao teu pai … mesmo com as mais justas razões, tenta notificar teu afastamento em atenção ao apreço que nós comentaristas temos por ti como pessoa, e II como fonte fidedigna de informação.
    Deixo os meus comentários sobre o assunto de hoje para a próxima. Derramei faz dias já suco de laranja no teclado, algumas teclas colam quando apertadas, fica difícil escrever.

    1. «…Derramei faz dias já suco de laranja no teclado, algumas teclas colam quando apertadas, fica difícil escrever…»

      É fácil de resolver:

      – Tire uma fotografia a todo o teclado (de forma a que se veja toda a disposição das letras, números, e símbolos)
      – Comece a retirar as teclas uma a uma
      – Depois de retiradas lave as teclas com sabonete, e deixa-as secar completamente
      – Com um pincel muito suave limpe a estrutura sem teclas do teclado (não use escova de dentes)
      – Volte a colocar as teclas (depois de estarem secas) novamente na estrutura do teclado

      Vídeo auxiliar: https://www.youtube.com/watch?v=16WsHYBFFC0

      Espero ter ajudado.

  5. Max, bem vindo de volta. Espero que esteja tudo bem contigo.

    Sobre o Covid-19 tenho acompanhado os dados, e a não ser que me demonstrem que estou errado, penso estarmos perante um cenário devastador.

    O site abaixo tem os dados por país sobre a evolução da doença. É um dos muitos sites que existem, e os dados coincidem com outros. Neste caso do link abaixo, corresponde aos dados da França.

    https://www.worldometers.info/coronavirus/country/france/

    Se analisarmos os casos encerrados, porque os casos abertos não sabemos ainda como vão terminar, temos à data de hoje o seguinte:

    França – 103 casos fechados. 12 recuperações e 93 mortes. Taxa de mortalidade de 88%.

    Espanha – 809 casos fechados. 517 recuperações e 292 mortes. Taxa de mortalidade de 36%.

    Itália – 4144 casos fechados. 2335 recuperações e 1809 mortes. Taxa de mortalidade de 44%.

    Um abraço
    Krowler

    1. Olá Krowler!
      Tb sigo em pormenor esse site.

      1º – o site mostra mto mais do que recuperações, infetados ou mortes.
      Repara que tens uma coluna para os casos muito graves! Esse são provavelmente os casos que irão originar óbitos. O número reduz drasticamente! Em Portugal só tínhamos um, no qual morrer ontem! De realçar o homem tinha 82 anos, diabetes e já tinha Cancro do pulmão!
      Repara na casos muito graves/críticos da Alemanha?? São muito poucos em relação ao número de infectados.

      2º – Recuperações – o primeiro caso de recuperação em Portugal só foi dado como recuperado depois de efectuar várias análises despistando a presença do vírus. Hoje o JJ foi dado como “ligeiramente positivo num teste…mesmo sem tendo sintomas. Vai ter que realizar contra testes.
      Conclusão mesmo sem teres sintomas mas teres testes positivos ao vírus, só és considerado curado quando as análises e contra análises (já de si não muito fidedignas) derem todas bem! Daí os números de recuperados serem muito poucos.

      Espero que tenha sido claro nas minhas observações.

      Cumprimentos

  6. Grande Max!

    Bem vindo de volta ao teu blog 🙂 Nem sabes a falta que fazes !!

    Posso também aproveitar para expor as minhas ideias? A primeira é que não é relevante o que fazemos, se somos médicos ou bombeiros ou desempregados há que entender que nós somos nós mesmos! Estar a dizer que uma pessoa é uma qualquer profissão parece-me logo uma diminuição significativa do que ela de facto é e ainda mais do que ela poderia ser. Assim sendo o que nós temos que ser para analisar este assunto é pensadores.

    Comecemos pelos dados virais. Ao contrário da opinião do Krowler que muito estimo e que me indicou o caminho para este blog, os dados não parecem terríveis. Na grande maioria dos casos “não fechados” a pessoa ainda tem o vírus mas na maioria os sintomas são ligeiros, sem necessidade de tratamento hospitalar. Provavelmente os casos não estão fechados nessas pessoas que já se sentem bem melhor pois ainda não foi gasto mais um teste para esclarecer que já não têm o vírus. Tal teste pode não ter sido feito pela mera racionalidade de não se desperdiçarem recursos escassos, embora eu não exclua a possibilidade de motivos de ordem não técnica cuja discussão deixaremos para mais tarde. Assim temos uma quantidade de casos graves que é do dobro dos mortos, sendo que metade poderá morrer, pelo que dobramos a taxa anunciada. Aqui o problema é que não sabemos o denominador desta fracção, como o Max bem disse.

    Quanto mais pessoas houver infectadas com o vírus e não tiverem sintomas mais baixa será a real letalidade do vírus, mas também mais difícil será estabelecer a letalidade que aconteceu, pelo que mais se afastará a letalidade sucedida da letalidade publicada. Há que entender que só são testadas as pessoas com sintomas sugestivos da doença ou com contacto próximo conhecido com alguém infectado, pelo que por definição os casos assintomáticos ou quase nunca vão entrar para a letalidade publicada. Há ainda mais alguns elementos que nos fazem desconfiar das taxas publicadas:

    São muito altas na Itália, são muito baixas na Alemanha, o que quer dizer que a taxa real deve ser ainda bastante mais baixa do que a observada na Alemanha, uma vez que a estirpe do vírus é essencialmente a mesma e o clima é parecido.

    Concluindo esta parte da letalidade, não creio que daqui a um ano quando se olhar para o número de mortos na Europa ou na China esse número não terá variado mais de 0,1% em relação ao número do ano passado, mesmo para a faxa etária dos maiores de 80 anos. Assim se em termos de saúde continuaremos estatisticamente todos iguais o que muda? Vamos ver no próximo capítulo do Max, mas eu também vou já deixar uma opinião na próxima mensagem (é mais divertido assim).

  7. … o que muda?

    Antes de saber o que muda, vamos ver o que já sucede:

    1. Medidas autoritárias são tomadas na China e na Europa com evidente perda de liberdades para regozijo dos cidadãos que agradecem e pedem mais.

    2. O tele-trabalho e o tele-lazer são promovidos.

    3. O turismo é destruído.

    4. O trabalho “não essencial” é dispensado.

    5. O preço do petróleo cai abruptamente.

    Assim por consequência:

    – Algumas destas medidas poderão ficar para sempre em certos locais (e.g. vigilância da localização dos cidadãos em israel e na China) mas muito mais importantes são os dados que se poderão recolher desta gigantesca experiência de persuasão que atinge essencialmente as regiões do globo em que o “Estado” ainda tem um poder significativo. Assim vai se aprender como fazer ainda melhor no futuro, como construir uma narrativa do bicho-papão com o mínimo dos esforços, ainda mais eficiente do que esta está a ser. As pessoas enquanto grupo são incrivelmente sugestionáveis, mas é preciso elevar essa capacidade, em precisão e alcance: desta vez sugestiona-se toda a população dos países desenvolvidos com um esforço absolutamente ínfimo.

    – A digitalização dos bens de produção permitirá o seu roubo e subsequente concentração em menos centros de poder. A humilhação da vida citadina será gradualmente substituída pela estupidificação do tele-lazer, aumentando a irrelevância política de cada um de nós.

    – Aqui há uns tempos numa das listas de bilionários do blog notei que não um único bem ligado ao turismo. Bem, isso vai mudar. Este grande movimento niilista cujo lucro só tende a aumentar terá que ser concentrado em menos mãos.

    – Na verdade a maioria do trabalho que cada um de nós produz não é necessário para nada e até contribui para a destruição da Natureza de que dependemos. Esta experiência também permite perceber como se comportam as pessoas que são proibidas de ir trabalhar. Se lhes derem comida elas ficam sossegadinhas nas redes sociais? Parece que sim. Boas notícias para a Natureza!

    – Isto não será uma coincidência e é difícil de entender que quando diminui a procura os produtores em vez de manterem os preços como cartel diminuam propositadamente o valor do que produzem para tentar roubar aos outros cota de mercado. Parece uma história para criancinhas a quem não se quer ensinar já a pensar. Proponho dois motivos que não se excluem mutuamente:

    1. A Rússia não parece alinhar nos planos planetários dos bilionários donos do mundo, depende economicamente do petróleo e é não-atacável, pois tem armas nucleares, nem subornável, pois tem o apoia da China, Logo o melhor é destruir o preço do petróleo por intermédio da Arábia Saudita e assim a prazo destruir a Rússia pela economia, como já foi destruída a URSS.

    2. A economia tem que ser verde, no sentido que tem que mudar para menos mãos e tem que continuar a crescer, assim há que destruir artificialmente o preço do petróleo para os investidores (e.g. estado português que oferece teslas e deixa de receber o IVA das empresas) entreguem mais dinheiro a elon musk e companhia. O “bio” e o “eco” são das poucas coisas para as quais o mercado cresce, no entanto estes produtos não protegem a Natureza, bem pelo contrário.

    Um abraço Max, desculpa o testamento, aceita-o como vingança pela tua longa ausência!

  8. JJ, obrigado pelo comentário.
    Espero que os casos ‘não fechados’ correspondam na sua maioria a situações ligeiras, ou mesmo já terminadas, as quais venham a alterar as percentagens de mortes sobre os ‘casos fechados’ que actualmente constam dos relatórios.
    Se assim for então não estamos tão mal. No entanto, nada como esperar mais uns dias para se ver a evolução.

    Um abraço
    Krowler

  9. Para prevenir coronavírus, estudantes de Farmácia da BA produzem álcool gel e distribuem gratuitamente em instituição

    Iniciativa começou a partir da falta do produto nas farmácias de Feira de Santana. Cidade baiana tem maior número de casos confirmados pela Sesab.

    https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/03/17/para-prevenir-coronavirus-estudantes-de-farmacia-da-ba-produzem-alcool-gel-e-distribuem-gratuitamente-em-instituicao.ghtml

  10. Wuhan, onde surgiu o novo coronavírus, é exemplo de ‘esperança’, diz OMS

    Com quase 50.000 enfermos até 29 de fevereiro, a cidade chinesa não reportou nenhum novo caso de contaminação local pela primeira vez na quinta-feira 19

    https://veja.abril.com.br/mundo/wuhan-onde-surgiu-o-novo-coronavirus-e-exemplo-de-esperanca-diz-oms/

    Programa de voluntariado contra o coronavírus no RJ recebe 16 mil inscrições em dois dias

    Profissionais de saúde, estudantes ou formados, podem se candidatar para ajudar no tratamento de pacientes. Veja como se inscrever.

    https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/03/20/programa-de-voluntariado-contra-o-coronavirus-no-rj-recebe-16-mil-inscricoes-em-dois-dias.ghtml

  11. Max,

    O problema com quem desenvolve a forma grave da Covid-19 não é baixa resposta imunológica e sim o oposto. Há uma forte resposta imonológica que inunda os pulmões de liquido, por isso os idosos e pessoas mais jovens com outras doenças são os alvos mais frágeis.
    Não dá para minimizar de forma alguma essa doença, basta ver o que está acontecendo em sua terra natal.

    Cuide-se.

    Saudações.

  12. Olá!

    Agradeço o esclarecimento acerca a resposta imunológica. Não sendo especialista do sector, limitei-me a repetir quando ouvido nos órgaos de comunicação social, parte dos quais, evidentemente, estão a ser precisos acerca dos efeitos do Coronavirus. De facto, a sua explicação faz todo o sentido.Obrigado!

    Quanto à opinião acerca da pandemia: respeito a Sua, como é claro, mesmo continuando a discordar.

    Permito-me uma sugestão: muita atenção com as notícias que circulam acerca de Italia. Eu tenho um contacto diário com os meus familiares que aí vivem e, como já lembrei, a minha “segunda mãe” (como costumo chama-la) é uma profissional que está no topo da hierarquia da Saúde pública da minha Região (Liguria), pelo que tenho uma fonte de informação privilegiada. É também por isso que posso afirmar que a situação em Italia fica muito longe do Armageddon apresentado.

    Obrigado!

  13. Versão correcta: “parte dos quais, evidentemente, não estão a ser precisos “.
    Peço desculpa pelo erro.

  14. Número de pessoas curadas do coronavírus já passa de 100 mil

    A província de Hubei (China), o local onde a covid-19 surgiu, lidera com o maior número de curados, 59.882

    https://exame.abril.com.br/mundo/numero-de-pessoas-curadas-do-coronavirus-ja-passa-de-100-mil/

    Segundo a Johns Hopkins, mais de 100 mil pessoas já se recuperaram. O maior número de pacientes que receberam alta após contrair a covid-19 está na China, com 72.819. Na sequência, estão o Irã (8.736) e Itália (7.024).

    https://valor.globo.com/mundo/noticia/2020/03/23/numero-de-casos-confirmados-de-coronavirus-no-mundo-passa-de-350-mil.ghtml

  15. HA HA HA HA HA HA HA HA HA…FDX caro anónimo seja bem vindo quem vier com humor , olhe eu vou-lhe fazer uma confidencia , eu aposto o testículo esquerdo que se o meu caro anónimo colocar umas gotas de vodka numa placa petri com o coronavirus á mistura vai acontecer exactamente o mesmo que os reputados especialistas constataram ” é capaz de inibir o crescimento do microrganismo em culturas de células” E falo com conhecimento de causa , porque é que você pensa que eu tenho alturas em que venho aqui fazer comentários disparatados ? Exacto … é um dos efeitos secundários do medicamento quando é ultrapassada a dosagem correcta, mas digo mais … aposto ainda que se colocar umas gotas de gasolina na tal placa petri muito mais que inibir o crescimenmto o coronavirus lasca-se todo… Bem mas ainda são 11 da manhã e eu não lhe recomendo a beber gasolina , mas olhe, cuidado… não converse comigo sobre isto depois do almoço …
    Anónimo! Grande abraço !!!

  16. Fim da pandemia

    Depois que a segunda onda letal ocorreu no final de 1918, novos casos caíram abruptamente – quase nenhum depois do pico da segunda onda.[67] Na Filadélfia, Pensilvânia, por exemplo, 4.597 pessoas morreram na semana que terminou em 16 de outubro, mas em 11 de novembro a gripe quase desapareceu na cidade. Uma explicação para o rápido declínio da letalidade da doença é que os médicos se tornaram mais eficazes na prevenção e tratamento da pneumonia que se desenvolveu após as vítimas terem contraído o vírus. No entanto, John Barry afirmou em seu livro The Great Influenza: The Epic Story of the Deadliest Plague In History, publicado em 2004, que os pesquisadores não encontraram evidências para apoiar essa posição.[16]

    Outra teoria sustenta que o vírus sofreu uma mutação extremamente rápida para uma estirpe menos letal. Essa é uma ocorrência comum com os vírus influenza: existe uma tendência de os vírus patogênicos se tornarem menos letais com o tempo, pois os hospedeiros de estirpes mais perigosas tendem a morrer.[16]

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe_espanhola

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