A pedofilia como arma: o caso de Kevin Spacey

Não era suposto continuar a falar de pedofilia, mas há um par de dias a agência italiana de notícias Ansa publicou uma notícia que vale a pena referir.

Kevin Spacey foi absolvido: o actor vencedor do Oscar sai ileso do primeiro julgamento por assédio sexual. Os Promotores do Estado de Massachusetts deixaram cair as acusações feitas pelo rapaz de 18 anos segundo o qual, na ilha de Nantucket em 2016, aconteceu um assédio sexual depois do actor ter-lhe oferecido uma bebida, num encontro casual no local Club Car. Numa declaração jurada em Dezembro passado, a estrela de 59 anos de House of Cards tinha-se declarado inocente, mantendo esta linha durante todo o julgamento.

O seu advogado questionou a credibilidade do acusador, alegando que este tinha apagado várias mensagens e fotografias trocadas com Spacey, o que teria mostrado a inocência do actor. Por essa razão, o mesmo advogado tinha pedido ao juiz uma cópia “completa e inalterada” dos dados do telefone que, todavia, nunca foi apresentado. De facto, o telemóvel desapareceu. O jovem já tinha declarado de não ter apagado nada mas, quando foi chamado para testemunhar uma segunda vez, invocou a Quinta Emenda, que permite não testemunhar contra si mesmo. Depois disso retirou a queixa.

Pelo que: o caso desfez-se sozinho. Mas voltamos atrás. Qual tinha sido o site americano a partir do qual tinha iniciado o processo contra Spacey? Tinha sido Buzzfeed, o site que publicou também as declarações do actor Anthony Rapp (da série Star Trek Discovery), acusações sempre contra Spacey e entretanto retiradas. E falamos daquele mesmo Buzzfeed que publicou também os falsos documentos do Russiagate contra o Presidente Trump (e que nestes dias acusa a Lega, o partido de governo italiano, de ter recebido fundos da Rússia).

Na prática, Buzzfeed tornou-se uma espécie de Bíblia para a imprensa americana, que relança de forma acrítica as alegadas “investigações” do site. Vamos observar de forma mais atenta o que é Buzzfeed, porque há algo curioso nele.

Buzzfeed nasceu em 2006 por vontade do empreendedor Jonah Peretti, já co-fundador de The Huffington Post com Kenneth Lerer e Andrew Breitbart. Mais tarde, Lerer, já vice-director de AOL Time Warner, tornou-se director de Buzzfeed; Ben Smith é o editor-chefe enquanto Ze Frank é o chefe da pesquisa e desenvolvimento da mesma publicação.

A curiosidade é a seguinte: Peretti, Lerer, Breitbart, Smith e Frank são todos hebraicos. Até um dos acusadores, Anthony Rapp, afirma ser hebraico, apesar das evidências contrárias.

Não que este blog tencione iniciar uma cruzada anti-semítica, longe disso: mais do que uma vez realcei a necessária diferenciação que deve ser operada entre a religiosidade dum povo (o judaismo) e o fanatismo político (sionismo), é só ler quanto escrito nestas páginas no passado, pelo que não existe nenhum problema de anti-semitismo. Todavia é interessante também frisar como na base deste particular evento haja uma forte componente hebraica; e nem podemos esquecer que o cerne da questão é a pedofilia, também em foco num par de artigos anteriores.

Por último, nem podemos deixar de realçar como, enquanto no surgimento das primeiras notícias, o caso Kevin Spacey ocupou as primeiras páginas dos diários internacionais, agora que dois dos seus principais acusadores (o rapaz de Nantucket e Anthony Rapp) retratam, isso passa no total desinteresse dos órgãos de comunicação. Na verdade não sabemos se Kevin Spacey seja inocente de todas as acusações, mas estes dois casos (particularmente tratados por Buzzfeed), sem dúvida os mais mediáticos, afinal estavam baseados no nada.

A questão da pedofilia é já suficientemente trágica, mas agora podemos observar como possa ser explorada por fins que não ficam totalmente claros. Por qual razão uma publicação de grande alcance como BuzzFeed (167 milhões de Dólares de receitas em 2015, 1.700 funcionários e 273ª pagina mais consultada no mundo segundo a classificação de Alexa), gerida por uma maioria hebraica (se isso for significativo), atira-se desta forma contra apenas poucos e seleccionados alvos num triste fenómeno que sabemos ser bem mais abrangente? Por qual razão a imprensa internacional agora tende a ignorar os recentes desenvolvimentos?

A impressão é que o tema da pedofilia seja utilizado apenas como pretexto em campanhas que de “moral” nada têm. Um problema que tem contornos particularmente graves, com uma difusão bem maior do que o suposto, afinal é também uma arma utilizada por interesses de parte.

 

Ipse dixit.

Fonte: ANSA

2 Replies to “A pedofilia como arma: o caso de Kevin Spacey”

  1. O irônico, é o ator ter sido protagonista de “Beleza Americana”, já deveria saber de toda desfaçatez de sua sociedade.

  2. Creio que esta arma vem sendo utilizada faz muito tempo, ou seja, desde que uma determinada sociedade passa a mediatiza-la
    Se alguma coisa entra na cabeça das pessoas como crime hediondo, ela está pronta para cumprir seu propósito armamentista.
    Um comportamento social curioso que eu só encontrei nos EUA (malgrado não tenha andado por um centésimo de onde gostaria) foi o fato do permanente “escuse” na boca de qualquer um (uma) cuja aproximação corporal excedesse mais ou menos 30cm. Eu mesma tratei de repetir esta besteira uma centena de vezes ao dia. Ou a sociedade americana conhece muito bem seus algozes, ou desenvolveu uma moral esquista ou ainda padece de um medo crônico contra qualquer outro (a). Nunca entendi direito, mas percebi claramente que um beijo no rosto de alguém pode chegar a ser considerado assédio. Não sei quando isso foi construído, se sempre foi assim…bem que gostaria de saber. Vivi tal coisa na década de 80, quando um outro comportamento esquisito,, que entre nós era considerado como zoar ou sacanear, e em geral devolvido na mesma medida, surgia lá como algo desmesurado: o tal de “buling”, mais tarde exportado com pompa e circunstância para a colônia brasilis. Entre os ricos, por aqui, rende muito dinheiro aos psiquiatras, analistas e psicólogos. Entre os pobres é resolvido no tapa e no tiro, ou simplesmente desconsiderado.
    Em ambos os casos,para assédio sexual e o tal de “buling”, existe as cortes jurídicas para tratar cada caso de acordo com os interesses políticos e financeiros, e as consequentes exposições midiáticas variadas, que vão desde a exposição internacional ao total silenciamento Logo, armas eficientes de exclusão ou vitimação

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