Macron, o pequeno SS-Reichsführer atrelado

Eis outro ponto alto alcançado na Europa. Estes são estudantes franceses que participavam nas manifestações dos Coletes Amarelos:

Este é o país de Macron, aquele mesmo Macron aplaudido pelos esquerdistas progressistas europeus. É aquele Macron funcionário da Rothschild & Cie Banque; é aquele Macron que permitiu que a Cofidis fosse adquirida pelo Crédit Mutuel Nord Europe. Um favor ao patrão e a outros nome como Grupo Santander, Bank Medici of Austria, HSBC, Royal Bank of Scotland, BNP Paribas, BBVA, AXA, UniCredit, Royal Dutch Shell, Los Angeles Jewish Community Foundation, America-Israel Cultural Foundation, Credit Agricole, United Jewish Endowment Fund, Banco Popolare, Jewish Federation of Greater Los Angeles, Swiss Reinsurance Co., Steven Abbott, Mediobanca, Allianz Global Investors, Thyssen e Kevin Bacon ainda agradecem.
Kevin Bacon? Sim, ele mesmo: Macron gosta de cinema.

Verde: aprova Macron. Vermelho: não aprova Macron. Dados 12/06/2018 Fonte Wikipedia

Foi durante o trabalho com a trela dos Rothaschild Macron encontrou um dos seus melhores amigos: Alain Minc, judeu, está nas administrações do diário Le Mondem, da Prisa, da FNAC e de Yves Saint Laurent.

 

Mas Macron é também Nestlé, da qual foi um dos directores, e até Renault. Como Presidente francês aumentou a quota de participação do Estado no gigante do automóvel. Só que depois fez aprovar a Florange law, lei com a qual é reconhecido o valor duplo das participações com mais de dois anos de antiguidade. O Estado ficou assim em minoria, mas Macron continuou a afirmar que ele aumentou a presença da França na Renault.

Obviamente Macron tem muitas honorificências: é Grand Master & Grand Cross of the National Order of the Legion of Honour, Grand Master & Grand Cross of the National Order of Merit. E foi decorado pelo Brasil como Grand Officer da Ordem da Cruz do Sul. Com Dilma, como é claro.

Verdade é que Macron já não é tão amado como um tempo (gráfico acima) mas ele não está preocupado: as suas costas estão bem quentinhas, pelo menos até hoje. É por isso que pode jogar ao pequeno nazi com os cidadãos. Como no caso deste estudantes. Neste link de Twitter é possível ver a curta filmagem da qual foram extraídas as fotografias acima.

 

Ipse dixit.

Fontes: no texto

9 Replies to “Macron, o pequeno SS-Reichsführer atrelado”

  1. Gosto muito leio sempre vivo aqui no Brasil Tudo bem nas se a Dilma condecorou ele foi o estado brasileiro ela uma representante máxima na altura do estado. Não quer dizer que que o PT é a esquerda bradileira apoem macron… É preciso ir lá atrás estudar os porquês dessa condecoração DO ESTADO BRASILEIRO. A DILMA FOI TORTURADA POR FASCISTAS VILOLADA DEVE CHEIRAR ESSA RAÇA À DISTÂNCIA. NA EUROPA CORRE A HISTÓRIA QUE A DILMA FOI CULPADA PELO QUE SOFREU IMPEACHMENT PORQUE MERCEU. ASSIM É POR ISSO QUE EU NÃO VEJO NENHUMA TV LER JORNAIS JORNALOES NEM RÁDIO. E VENHO A TODOS OS BLOGS NOVOS QUE VEM APARECENDO. TÊM DE FAZER VOCÊS O MESMO PERCEBER O QUE É O BRASIL O QUE É O GOLPE DE ESTADO DESSES MAIS OU MENOS 2013. O QUE É) ERA JÁ FOI QUASE TODO VENDIDO) O PRÉ SAL

    1. Olá Francisco!

      E muito obrigado por seguir o blog 🙂

      Fui espreitar esta história da honorificência concedida pelo Brasil. A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul é uma comenda que o Presidente do Brasil atribui a personalidades estrangeiras. Entre as pessoas que receberam a condecoração: Alain Prost, Chiara Lubich, Dwight D. Eisenhower, Elizabeth II, Margarida II, Amália Rodrigues, Bashar al- Assad, Ernesto Che Guevara, Alberto Fujimorie. E Emanuelle Macron.

      É uma condecoração concedida pelo Estado? Não: é uma condecoração que parte duma iniciativa do Presidente. Por exemplo: não foi o Estado brasileiro que decidiu entregar a Ordem ao antigo Presidente do Peru, Fujimori: foi Fernando Henrique Cardoso a decidir a entrega durante uma sua visita ao Peru em 1999. O que o Estado pode fazer é retirar a condecoração: não é tão simples assim porque trata-se de anular uma disposição presidencial (retirar a condecoração de Fujimori demorou uno).

      Doutro lado a condecoração pode ser concedida apenas pelo Presidente por uma razão muito simples: é ele o Grão Mestre da Ordem.

      O funcionamento é o seguinte: o Conselho é constituído conforme regulamento, é quem escolhe a personalidade que irá receber a Ordem numa reunião presidida pelo Presidente da República e nesta preenche-se um formulário sobre o qual cada Conselheiro dá seu parecer e grau da concessão da Comenda.

      Quem compõe o Conselho da Ordem?
      – Grão-Mestre (mais alto cargo da ordem): Presidente da República Federativa do Brasil (na altura de Macron: Dilma Rousseff)
      – Chanceler da Ordem (o vice-grão-mestre): Ministro de Estado das Relações Exteriores (António Patriota)
      – Membros do Conselho: Ministro de Estado da Defesa (Celso Amorim), Secretário-Geral das Relações Exteriores (Moreira Franco), Chefe do Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores.

      Pode não ser agradável, mas aqui a decisão foi tomada por três pessoas, das quais uma era Dilma e os outros dois ministros dela. E é preciso não esquecer que a assinatura no decreto é da Presidente, a Grâ Mestre da Ordem. Agora, o que os Leitores brasileiros poderiam tentar é explicar a razão pela qual Dilam condecora um funcionário dos Rothschild, isso é que não sei.

      Dilma sofreu torturas durante a ditadura? O passado das pessoas diz muito sobre elas mas não tudo. Vou fazer um exemplo. Massimo D’Alema foi o secretário do Partido Democrata, a Esquerda italiana. Não conheço D’Alema pessoalmente mas… quase! Meu tio foi dirigente das secção comunista (na altura ainda chamava-se assim) em Genova e foi na minha cidade que D’Alema iniciou o percurso político. Pelo que meu tio frequentou ao longo de anos D’Alema, que descreve como convencido antifascista e comunista genuíno. Como D’Alema gosta de lembrar “Eu fazia parte do movimento do ’68, atirava as bombas molotov quando era estudante”.

      D’Alema depois foi para Roma e, com o tempo, conseguiu cada vez mais poder no partido até o cargo de secretário e aquele de Primeiro Ministro. Foi naquele cargo que apoiou a intervenção da Nato no Kosovo. Foi naquele cargo que encontrou em segredo a Rainha Elisabete num navio ao largo das costas italianas. Foi com aquele cargo que aceitou o pedido de Berlusconi para não regulamentar as frequências televisivas (e manter assim intacto o poder do “Cavaliere”). Foi naquele cargo que alugou um apartamento na zona VIP de Roma (custo: 500 mil euros mensais em 1995). Foi ele que, num sucessivo governo de Esquerda, apoiou a guerra de Bush contra o Iraque. Foi ele que, como braço direito do secretário Occhetto, de facto assassinou o Partido Comunista para transforma-lo numa nova entidade política.

      Pelo que: o passado conta mas não podemos ficar obcecados com ele, o tempo muda e as pessoas também. Temos que continuar a escrutinar os nossos representantes para ter a certeza de que continuem no caminho certo. Também as pessoas erram e nós podemos perdoa-las: pode ter sido isso o caso da Dilma.

      Uma última nota acerca do Brasil. Lembro bem da questão do impeachment de Dilma, mas acho que isso foi ultrapassado em importância pelas últimas eleições: foi aí que os brasileiros decidiram por quem gostariam ser governados, não no processo de impeachment. E os brasileiros escolheram Bolsonaro. Visto “de fora”, como vejo eu as coisas, fiquei com a impressão de que algo correu mal. Sim, os media e tudo o resto, mas pergunto: temos a certeza que o PT fez tudo direitinho, sem errar, durante a longa campanha presidencial? Então foi apenas culpa dos media? Se a resposta for “sim, foi toda culpa dos media” isso significa que “nós” temos a capacidade de pensar, os “outros” (que bebem tudo o que tv e jornais espalham). É um pensamento que não convence: os inteligentes não estão todos dum lado só. O PT perdeu também porque fez escolhas erradas.

      Pergunto: há autocrítica? Estão a ser analisadas as causas para evita-las no futuro? É importante, aos menos para evita-las no futuro e evitar um segundo Bolsonaro.

      Fim! 🙂

  2. Acaso a França não é um Estado Policial hoje, tanto quanto os EUA, e tanto quanto está se consolidando o Brazil? Sinal dos tempos…

  3. Há um descontentamento geral nas pessoas.

    Os protesto dos franceses já não são só pelo aumento dos combustíveis, assim como os ocorridos no governo Dilma, começando com o aumento da passagem dos onibus em algumas capitais e se estendendo pelo país , certamente não eram por centavos. Levando alguém afirmar ( não lembro se foi o Lula ) : “Nós demos a comida, agora eles querem a sobremesa”.

    Se o comunismo era um conceito que já nasceu morto. O capitalismo nas suas diferentes formas é um sistema que há muito tempo dá sinais de que está na UTI e respirando por aparelhos. A terceira guerra mundial já chegou e está em seu pleno curso.

    “Vocês que fazem parte dessa massa
    Que passa nos projetos do futuro
    É duro tanto ter que caminhar
    E dar muito mais do que receber

    E ter que demonstrar sua coragem
    À margem do que possa parecer
    E ver que toda essa engrenagem
    Já sente a ferrugem lhe comer”

    Zé Ramalho ( Admirável gado novo )

  4. Mas este tal de Macron não se sabia de antemão ou sabendo o passado ao que vinha? Dúvidas? Incertezas? Surpresa?
    Engraçado que em França todos sabiam em detalhe a lista acima e ainda com muitos mais detalhes.
    Tendo maioria dos amigos e familiares por meio mundo, algo acelerado pelos anos troika+FMI inclusive em França, o que contam todo o santo fim de semana é uns mais e outros menos, sempre o mesmo: -é o que era a França era e o que é (mesmo assim melhor que aqui, para eles “algo relativo” pois as expectativas não podem ser elevadas)
    Esquerda!! progre…lolololol não é carne nem é peixe, foi uma forma de evitar a Le Pen ou pondo de outra forma: uma confusão controlável em Itália ou um Bolsonaro e como se não bastasse um*a Trump*a no topo do bolo.

  5. Olha só Nuno: isso foi tudo culpa da China e da Rússia!! Aquele governo chinês, metidos a socialismo chinês, que acabou quintuplicando os salários no seu território, promoveu a escassez de escravos para as multinacionais. Nada mais lógico que arranjar multidões de escravos na América Latina. E aquela democracia administrada a moda Putin, que não deixa os democratas “de esquerda” do mundo se locupletarem com todas as empresas russas…E pior, acabou com aquela brincadeira de todo o petróleo e gaseodutos para nós, os donos do mundo: Pronto!! Derrotados na China, na Rússia, no Oriente Médio, a Europa africanizada, dançando no fio da navalha, sem saber para que lado aponta a nato.. já sugou a última gota de sangue da Grécia com a mentira da dívida…A África já se voltando para o comércio com a China, e outras coisinhas mais…Então, então, então, adivinha o que sobrou? Todos os Bolsonaros da Amárica latina vão abrir tuuuudo para os patrões de sempre. Uma glanost (abertura política) e perestroika (abertura econôminca) dos trópicos ao mesmo tempo. E os idiotas de sempre não se dão conta que as oligarquias da China ainda existem faceiras porque o Xi colocou rédeas na glanost de lá. E na Rússia, o Putin segurou a perestroika. E a Europa, há a Europa…suas oligarquias estão na fase de massacrar as oligarquias dos países europeus mais frágeis, tipo Grécia, Espanha…Quanto aos escravos em todos os lugares? Isso sempre é bastante aproveitável, controlável, e rejeitável.
    Bom domingo em Portugal

  6. Olá Max e Francisco: tenho evitado falar em II sobre Dilma, Lula etc porque em outras ocasiões tal discussão envereda por afirmações desprovidas de argumentos, e eu aprendo aqui, em função dos argumentos do Max e dos comentaristas.. Mas diante dos comentários de vocês, senti vontade de fazer um, que é apenas um pequeno depoimento.
    Vamos lá: travei um primeiro contato pessoal com a Vana numa situação muito específica, e rápida, nos idos dos anos 60. Éramos muito jovens, e a impressão que me ficou foi de uma guria extremamente autoritária, com apurado senso de justiça, muito sensível ao mesmo tempo, e com uma utopia que era uma das hipóteses políticas concretas para o momento. Vários anos depois, na década de 70, encontrei-a por acaso, dirigindo um setor eletricitário estatal em Porto Alegre, quando fazia uma exposição pública dos avanços obtidos no setor, inclusive a rede elétrica subterrânea na capital do RS. Fui ter com ela, já casada com o antigo companheiro de luta por um Brasil, no mínimo reformista de cunho social, com a filha Paula ainda muito pequena, amiga do Brizola, que a recebera ao sair da prisão, e lhe dera condições de recomeçar a vida, e já militante do PSB. Naquela ocasião ela me falou da insistência do Lula em vinculá-la a uma agremiação política que viria a ser o PT. Eu, que sempre me identifiquei com tudo que o Brizola fez na vida, mas nunca fui filiada ou participei de nenhum partido político, disse a ela que considerava um erro, que o Brizola precisava dela e ela dele. Juntos poderiam politicamente fazer muito pelo Brasil de então, dados os ideais, força e determinação de ambos.E, mais do que qualquer atributo, dignidade.
    Nunca mais a vi pessoalmente, embora em POA a tivesse encontrado tão autoritária, com apurado senso de justiça e sensível como antes. Até hoje continuo achando que o maior erro cometido pela Dilma foi afastar-se do Brizola (nada a ver com o PSB) e unir-se ao Lula, mas principalmente ao PT. Sigo considerando que apesar dos desvios de percurso, que em muito por conta do PT, Lula foi, depois de Getúlio e Jango, o melhor presidente do país. Seguramente, do meu ponto de vista, Brizola jamais teria cometido erros semelhantes na política e na economia, e em sintonia, Dilma também não.

Obrigado por participar na discussão!

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