Gays e animais: desinformação e Neolíngua.

É de poucos dias a notícia de que, na Austrália, o Partido Trabalhista apresentou um projecto de lei que obriga o Estado a reconhecer e registrar em passaportes e documentos de nascimento 33 géneros. Não “3” mas “33”. Mas não havia só homem, mulher e gay? Não, agora há muito mais. Eis a lista com as relativas explicações (tive que procurar na internet porque ignorava a existência de tantos seres num planeta só):

  1. Woman – A mulher, modelo original, desenvolvido segundo Natureza
  2. Man – O Homem, modelo original, desenvolvido segundo natureza
  3. Transgender Man – Homem que tem uma identidade de género, ou expressão de género diferente do sexo atribuído.
  4. Transgender Woman – Mulher que tem uma identidade de género, ou expressão de género diferente do sexo atribuído.
  5. Trans Person – Indivíduo cuja identidade de género difere daquela designada no nascimento e que procura fazer a transição para o género oposto através de intervenção médica
  6. Trans Man – Homem trans que foi designada mulher ao nascer, mas que se identifica como homem
  7. Trans Woman – Mulher que se identifica como sendo do género feminino embora tenha sido designada como pertencente ao género masculino.
  8. Female to Male – Mulher que se identifica como sendo do género feminino embora tenha sido designada como pertencente ao género masculino.
  9. Male to Female – Homem trans que foi designada mulher ao nascer, mas que se identifica como homem
  10. Transexual – Indivíduo cuja identidade de género difere daquela designada no nascimento e que procura fazer a transição para o género oposto através de intervenção médica
  11. Cisgender – Pessoa cujo género é o mesmo que o designado no seu nascimento.
  12. Cis Female – Mulher cuja identidade de género não difere daquela designada no nascimento
  13. Cis Male – Homem cuja identidade de género não difere daquela designada no nascimento
  14. Gender not Conforming – Género de alguém que não corresponde às normas dos géneros masculinos ou femininos
  15. None Gender – Pessoa cuja identidade de género que não é integral e exclusivamente homem ou mulher, ficando fora da cisnormatividade.
  16. Non Binary – Pessoa cuja identidade de género que não é integral e exclusivamente homem ou mulher, ficando fora da cisnormatividade.
  17. Neutrois – Género de alguém que não corresponde às normas dos géneros masculinos ou femininos
  18. Genderfluid – Indivíduo que flutua entre os géneros
  19. Genderqueer – Pessoa cuja identidade de género que não é integral e exclusivamente homem ou mulher, ficando fora da cisnormatividade.
  20. Demigender – Pessoa cuja identidade de género é só parcialmente de homem ou mulher, ficando fora da cisnormatividade.
  21. Demigirl – Pessoa só parcialmente mulher
  22. Demiboy – Pessoa só parcialmente homem
  23. Agender – Pessoa sem género
  24. Intergender – Pessoa intersexo, que está entre as binariedades
  25. Intersex – Pessoa com variação de caracteres sexuais como cromossomas, gónadas e/ou órgãos genitais que dificultam a identificação como totalmente feminino ou masculino.
  26. Pangender – Pessoa que sente que não pode ser rotuladas como masculina ou feminina
  27. Poligender – Pessoa cuja identidade de género é só parcialmente de homem ou mulher, ficando fora da cisnormatividade.
  28. Omnigender – Pessoa cuja identidade de género abrange todos os géneros
  29. Bigender – Pessoa cuja identidade de género abrange os géneros masculino e feminino.
  30. Andogyne – Esta não encontrei, lamento.
  31. Androginy – Pessoa que mistura de características femininas e masculinas em um único ser, ou uma forma de descrever algo que não é nem masculino e nem feminino.
  32. Third Gender – Indivíduos que não são considerados nem homens nem mulheres
  33. Trigender – Pessoa cujo género oscila entre masculino, feminino e Third Gender.

Resumindo: há homens, mulheres e gay. Depois há um terceiro género, que não é o Third Gender da lista mas que aí está identificado como Intersex: trata-se da condição médica conhecida como dimorfismo sexual. Os restos são sinónimos de gay.

O que pretendem os Laburistas é basicamente a liberdade de utilizar sinónimos para registrar-se, porque quase todos os alegados “géneros” apresentados são sinónimo do termo gay. E na lista há termos que são por sua vez sinónimos (daí as repetições): entre Homem e Cis Male, por exemplo, não há nenhuma diferença. Portanto: sinónimos de sinónimos.

Entretanto, na Tasmânia, os Laburistas (que evidentemente não têm outros problemas naquelas bandas), juntamente com os Verdes, já estão à frente: aprovaram na Câmara dos Deputados a lei que permite aos pais não registrar o sexo do bebé. Os Laburistas explicam que a lei pretende que todos possam “gozar dos mesmos direitos humanos sem discriminação”. Ideia espectacular. Como vão ser chamados na escola? “Coiso”? Justo para não ser discriminado…

Mais e mais direitos, mais e mais liberdade: parecem ser estas as reais conquistas dos esquerdistas Mundiais. Eu, no meu cantinho, continuo a pensar que estas demonstrações de estupidez só prejudicam os verdadeiros gays, aqueles que não participam nos deprimentes espectáculos das marchas estilo Gay Pride.

Mas nem há tempo para escrever sobre o assinalável progresso australiano da “não discriminação” e eis que do outro lado do oceano aparece a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, “Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais”), a mais poderosa lobby animalista, com escritórios em todo o Ocidente.

A PETA listou uma série de frases que considera ofensivas e discriminatórias para os animais e propõe alterações. As frases que a PETA odeia são, infelizmente, idiomáticas e proverbiais, que todos nós seres humanos (gays incluídos) costumamos utilizar.

Por exemplo: a frase “Pegar o touro pelos chifres” é severamente ofensiva do ponto de vista taurino. A PETA sugere transforma-la em “Pegar as rosas pelos espinhos”. O que até poderia ser feito, mas temos a certeza de que não exista uma organização que salvaguarde o tratamento ético das plantas? É que depois seria preciso mudar outra vez. “Ser a cobaia”? Nem pensar, as cobaias sofrem ao ouvir tamanha discriminação e ficam tristes ao lembrar do tio que morreu num laboratório. Portanto, diz a PETA, substituir com “Ser o tubo de ensaio”. Genial.

“Matar dois pássaros com uma pedra”? Jamais. Versão correcta: “Alimentar dois pássaros com um bolinho”. Uma expressão americana, “Trazer para casa o bacon“, deve ser substituída não porque o bacon possa ficar frustrado mas porque o porco pode ouvi-la. E, imagino eu, pensar no seu triste futuro, fazer planos para fugir, abandonar a quinta: em breve os Estados Unidos ficariam invadidos por uma massa de porcos enervados o que, admitimos, pode ser perigoso. A PETA diz: “Trazer para casa o bagel” que, olhem só, é uma típica comida judaica.

Até a frase “Começa mais um dia no circo”, expressão que às vezes os americanos dizem suspirando na Segunda-feira, enquanto conduzem para o trabalho (quando têm um trabalho), é extremamente desrespeitosa. Cães, camelos, tigres, focas, elefantes e leões forçados a saltar em círculos de fogo sofrem com isso. Portanto, os verdadeiros amantes dos direitos dos animais dirão: “Outra escalada com os sherpas”, o povo que vive no Himalaya. Evidentemente a PETA acha que um povo não merece o mesmo respeito devido a uma cão, talvez pelo facto de morar longe.

Como explica a mesma PETA:

As palavras contam. E à medida que a nossa compreensão da justiça social se desenvolve, a linguagem evolui com ela. Aqui estão alguns exemplos de como retirar o especismo das conversas do dia-a-dia.

Em poucas linhas há todo o amontoado de perversão da “Nova Esquerda” progressista. A justiça social evoluiu: agora já não trata das centenas de milhares de pessoas que vivem nas ruas, agora no Parlamento são apresentadas medidas contra a discriminação dos gays, campanhas contra o especismo.

É justo defender os direitos dos gays? E os direitos dos animais? É mais do que justo, é um dever. Mas há algo chamado “prioridade”. Num País onde há pessoas que passam a fome, que não têm dinheiro para alugar uma casa, para as quais a sociedade não encontra um trabalho, num País assim o que é mais importante? Ajudar quem vive em condições de desespero ou mudar modos de dizer para que os animais não se ofendam? E na Austrália: certeza que não havia um assunto um pouco mais prioritário de que a liberdade de ver escrito no bilhete de identidade quem somos gay?

A resposta sensata deveria ser “Há outras prioridades”. Na nossa sociedade a resposta é: “A prioridade é ver escrito no B.I. que somos gay”. E não é ironia a minha: é de facto uma prioridade porque as palavras mudam a nossa percepção da realidade. Chamar alguém “cigano” não é a mesma coisa que chama-lo “gipsy”; “imigrante ilegal” não é o mesmo que “refugiado”. Os esquerdistas progressistas sabem disso e exploram a arma. Que, como todas as armas, faz vítimas. Tal como afirma Paul Craig Roberts: estamos a testemunhar a desintegração da civilização ocidental, e essa destruição acontece ao trancar-nos na Matrix.

A capacidade de controlar os pensamentos das pessoas é tão extraordinária que, apesar das evidências contrárias, os americanos acreditam que Oswald agiu sozinho e foi o melhor atirador da história da humanidade, com a sua bala mágica que matou o Presidente John F. Kennedy; que um pequeno grupo de sauditas que demonstraram na escola de aviação que não podiam pilotar aviões, perfuraram a defesa aérea militar dos EUA e derrubaram três arranha-céus no World Trade Center e até o Pentágono; que Saddam Hussein tinha e teria usado as “armas de destruição em massa” contra os Estados Unidos; que Assad “usou armas químicas” contra “o seu próprio povo”; que Kaddafi distribuiu o Viagra aos seus soldados, para que eles pudessem estuprar melhor as mulheres líbias; que a Rússia “invadiu a Ucrânia”; que Trump e Putin roubaram a eleição presidencial de Hillary; que os homossexuais são perseguidos; que Putin mata jornalistas e está a preparar-se para atacar a Europa.

Aqui na Europa há quem esteja convencido de que “a UE nos deu 70 anos de paz”, que “o euro protege de especulação”; que o spread está a tornar as hipotecas residenciais mais caras; que a Italia faz muita dívida… e assim por diante.

O excelente trader Zibordi:

Quantos sabem que a Irlanda chegou a 30% do deficit público? O limite de 3% é respeitado apenas pelos alemães porque eles têm a taxa de câmbio desvalorizada e o excedente estrangeiro. Todos os outros nunca respeitaram o 3% mas nós [os italianos, ndt] respeitamos até 2%. Di Maio e Salvini [as forças do governo Movimento Cinque Stelle e Lega, ndt] fazem uma manobra “expansiva”? Mas eles fazem um déficit de 2% que é inferior a quanto feito pelo Partido Democrático.

Verdade: mas o PD é esquerdista progressista, o actual governo não. E isso faz muuuuuita diferença no nosso sistema, não faz? Desinformação e Neolíngua, esta é a receita que muda a nossa maneira de ver o mundo.

Nota final: para mim os gays ficam gays. Ninguém pense que vou utilizar aqui termos idiotas como Gender not Conforming ou Demiboy. Única excepção, obviamente, os casos de dimorfismo sexual, uma condição muito penosa. E aos gays: por favor, cresçam e pretendam seriedade dos vossos representantes se desejam ser tratados com igual seriedade.

 

Ipse dixit.

Fontes: Zero Hedge, The Daily Chrenk

12 Replies to “Gays e animais: desinformação e Neolíngua.”

  1. Max, quando se refere a «esquerda progressista» convém explicar que aqueles que se definem como de «esquerda» e «progressistas» na verdade não o são nem nunca foram.

    Os partidos, movimentos, ou personalidades, que são propagandeados nos média e através de outros meios, como de «esquerda/progressistas», são pura e simplesmente reaccionários, são todos oriundos daquilo que é o espectro político controlado pelo poder monárquico, financeiro, e clerical, e desdobra-se nas suas mais variadas correntes ideológicas como o nacional-socialismo, o fascismo, e o neoliberalismo.

    A questão do homossexualismo que a sua publicação levanta não é de agora, pois este comportamento e filosofia sempre foi amplamente praticado e incentivado nas famílias monárquicas, na oligarquia, e no Clero, tendo tido um dos seus expoentes máximos durante o nacional-socialismo e o fascismo que promoveram intensivamente o comportamento homossexual e a própria pedofilia.

    O mentor do moderno movimento pela defesa e direitos dos homossexuais (que na verdade não defende direitos nem homossexuais), foi Karl Ulrichs, um psicopata e reaccionário, que tentou inclusive infiltrar-se no movimento Socialista e Comunista que começava despontar na tentativa de introduzir no seio da luta e reivindicação dos trabalhadores a «a causa gay» (chamemos-lhe assim), com o objectivo de minar e destruir o movimento proletário desviando-o dos seus verdadeiros problemas e reivindicações; porém encontrou a forte oposição de Karl Marx e Friedrich Engels que iriam abordar esta e questão e o próprio Karl Ulrichs da seguinte forma:

    “…obscenidades disfarçadas de ideologia…” – Karl Marx

    “…Com o tempo, essa família ateniense chegou a ser o tipo pelo qual modelaram suas relações domésticas não apenas o resto dos jónios como, ainda, todos os gregos da metrópole e das colónias. Entretanto, apesar do sequestro e da vigilância, as gregas achavam muitas e frequentes ocasiões para enganar os seus maridos. Estes, que se teriam ruborizado de demonstrar o menor amor às suas mulheres, divertiam-se com toda espécie de jogos amorosos com hetairas (cortesãs); mas o envilecimento (degradação) das mulheres refluiu sob os próprios homens e também os envileceu, levando-os às repugnantes práticas da pederastia e a desonrarem seus deuses e a si próprios, pelo mito de Ganimedes…” – Friedrich Engels

    Sobre esta questão V. Lenine iria referir:

    “…Parece-me que essa abundância de teorias sexuais, que não são em grande parte senão hipóteses arbitrárias, provém de necessidades inteiramente pessoais, isto é, da necessidade de justificar aos olhos da moral burguesa a própria vida anormal ou os próprios instintos sexuais excessivos e de fazê-la tolerá-los…” – V. Lenine

    Mas existe muito mais a dizer sobre este tema, e por isso Max, um dia quando tiver tempo seria interessante escrever um artigo sobre a prática do homossexualismo e da pedofilia pelo nacional-socialismo e o fascismo, isto só para começar…

    Quanto à questão da «Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais» – PETA (o nome já de si é ridículo), não é nada mais nada menos que mais uma empresa que factura bastante e tem como objectivo agir contra a Natureza e o Ser-Humano, numa tentativa de deformar os dois e submetê-los a vontades e experimentos sociais por forma a gerar gente mansa e estupidificada, que não se oponha aos verdadeiros problemas da sociedade conforme ficando assim dominadas por este sistema controlado pelo poder financeiro e clerical.

    Para terminar deixo aqui um interessante artigo sobre o tema:

    – A ideologia da Sodomia
    https://apaginavermelha.blogspot.com/2018/08/a-ideologia-da-sodomia.html

    (atenção que o texto é bastante longo)

    P.S.: A descriminação, violência, e perseguição, de pessoas homossexuais independentemente do seu sexo ou género, é crime e extremamente condenável; ninguém, nenhum governo, ou Estado, tem o direito de condenar a forma como duas pessoas adultas escolhem ter um orgasmo.

    No entanto, a verdadeira pessoa que se define como homossexual, independentemente do seu sexo ou género, não pode compactuar com movimentos e comportamentos reaccionários que afirmam defender os seus direitos quando na verdade fazem totalmente o oposto, prejudicando assim todas aquelas pessoas que se inserem na denominação LGBT.

    1. JF!

      “Max, quando se refere a «esquerda progressista» convém explicar que aqueles que se definem como de «esquerda» e «progressistas» na verdade não o são nem nunca foram”.

      Sim, é verdade. Hillary, Obama, Soros e companhia apropriaram-se de alguns temas da Esquerda para questões de propaganda; e hoje são vistos como parte integrante da Esquerda na vertente progressista. Mas estes indivíduos de Esquerda não têm rigorosamente nada. E nem de Direita. Esta escumalha está acima das ideologias política, utiliza as cores partidárias apenas para implementar a sua agenda globalizante e financeira.

      Os maiores partidos de Esquerda na Europa foram reduzidos a pura ficção: é triste ver estes movimentos, que têm uma assinalável herança, defender de forma acrítica a União Europeia, o Euro, a imigração, as intervenções no estrangeiro da Nato, a guerra na Síria, o regime da Ucrânia, e combater a Rússia. Tudo isso não é de Esquerda e nem de Direita.

      Chegámos ao absurdo de ver a Esquerda italiana apoiar o regime ucraniano enquanto a Direita apoia os separatistas de Donetsk contra o regime de Poroshenko.

      É bom lembrar estas cosias de vez em quando, bem visto. Vou ver o que encontro acerca dos outros assuntos!

      Acabaram os “Abraçoooooooos”: são muitas letras, é fadigoso. Agora haverá o “Fim”: simples e directo.

      Fim 🙂

      1. Reforço ainda mais o seu comentário de resposta, com outro exemplo claro, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que foi e é composto por gente que militou e apoiou Francisco Franco e a ditadura monárquica, fascista, e clerical, presidida pelo mesmo, inclusive muitos dos filhos e filhas dessa gente foram activos militantes pró-Franco e fascistas.

      2. Max discordo em parte:
        -O que anda o Steve Bannon alegremente a fazer pela europa e para mais sediado em Bruxelas?
        -Quantas guerras híbridas são necessárias para ver que existe um processo de destruição, desrupção, propaganda, e modificar modelos civilizacionais, etc : ligar o repetidor(qdo necessário) a francesa Total e outras+ Sarkozy+ nato e o baro(nato)- Líbia e Gaddafi= reservas de petróleo e de água mas ainda moeda própria para a África, e a lista continua.
        E quem financia em parte os emigrantes subsarianos para vir para a Itália p/ex?
        Outra pergunta não foi Itália a mais prejudicada com a Líbia(relações)? E agora como ninguém lá manda é tudo a ir para a Itália ou Espanha.
        Síria: emigração causada por daesh/isis whatever financiados por? Sim esses e os idiotas de serviço A. Saudita uma tal de Israel. Emigração, fuga de guerra ou estado de guerra.

        Primaveras para todos os gostos na África e médio oriente.
        A america latina enquanto estavam ocupados com Iraque(falhou)Afeganistão(falhou)na guerra contra o tal de “terror”.
        Lá pode cortar as amarras dos que se acham donos. Agora como é possível voltar 180° do México para baixo? Foi a fada madrinha ou dos dentes.
        Ficaram melhor ou estão/vão ficar melhor?
        Em sonhos,…quando a maioria deixa de ser senhor do seu destino mas ícones fabricados pelo DOJ(mitos) mandam lá o processo é semelhante a nível de
        (in)justiça e consequentemente politica. Olha o Correa, Lula, Kirchner etc. a lista é extensa…mas quem escreve isto deve ser doido!
        É só ir ao site do banco mundial (world bank) e ver a evolução da divida, retrocesso de tudo e privatização por privatização.
        Agora estão a tentar fazer o mesmo na Europa dividir para reinar.
        Mas continua
        Criar problemas com a China(caso Huawei) (novo)
        Na Rússia(bloqueio), que já vem dos queridos esquerdistas/progressistas Obama e Hillary Clinton
        Isto deve ser para rir.
        E enquanto isso os peões ficam uns contra os outros pois alguém tem que pagar a factura dos seus problemas de preferência o estranho, o diferente o que não pensa como eu ou nós grupo, o que não encaixa naquilo que não compreendemos(psicologia das multidões), porque quem realmente manda e altera o jogo está bem guardado.

        Agora é um movimento de “esquerda progressista/va” a dividir as pessoas em géneros?
        Que eu saiba essa tal de esquerda nunca foi muito disso(dividir), a Peta está ligada a grandes corporações e o labour australiano deve andar a beber leite de ornitorrico.
        Algo pessoal/ individual que diz respeito a cada um e assim deve ser não deve nunca ser algo ou assunto prioritário quando os problemas verdadeiros são outros e afectam todos é para desviar atenções com palermices que não servem ninguém senão quem quer semear mais confusão.
        Esquerda? Que esquerda? Onde?
        Ou uma fabricação para criar distracção?

        Abraço

        Nuno

        O sistema já está a falhar o capital especulativo levado ao extremo e agora como um animal ferido fica mais perigoso.

  2. Nunca ouvi falar tanto em sexo na minha vida! Deve estar havendo um apagão sexual no mundo, seja da forma for que a sexualidade se manifeste porque:
    1. Quando se fala demasiado de algo, duvida-se da sua ocorrência (Cachorro que ladra não morde),
    2. A busca por psicólogos, psiquiatras, analistas e congêneres no mundo inteiro acusa predominância destas preocupações nos(as) pacientes,
    3. A busca por remédios (Viagra…), estimuladores externos (filmes pornográficos, brinquedos sexuais…) e outras drogas supostamente afrodisíacas é cada vez maior.
    Então, pelo amor dos deuses, se há um problema, é a inaptidão diante da propaganda massiva.
    Se aqui, no meio do mato, eu converso com o garoto que daqui a poucas horas vai “pra naite ficà com as minas”, ele me diz que precisa de um tempo antes “pra turbiná”. Precisa?!
    Se converso com a dona de casa, ela me diz que precisa um dinheirinho para comprar uma calcinha mais “secsiii”, “pra dá vontade, né…” Eu pergunto: dar vontade em quem? “Em nóis”. Precisa?!
    Porque os procedimentos naturais da vida humana tem de virar esta COISA? Na minha limitada percepção deve ser porque assim viram mercadoria diversificada, e como tal o homossexualismo.
    Porque as pessoas são levadas a identificarem e rotularem suas preferências sexuais? E pior, gostarem de se identificar como isto ou aquilo? Se ao longo da vida a maioria dos(as) humanos(as) estiveram se experimentando em comportamentos diferentes, o que é absolutamente normal nas espécies, inclusive a nossa? Não sai da minha cabeça que isso intensifica os mais diferentes comércios. E já fico imaginando num cardápio de supostas opções oferecido a idiotas, fazendo turismo sexual (eu não fazia ideia dessa lista que II publicou), e respondendo a uma espécie de garçonete, qual o prato que o(a) cliente prefere experimentar no momento.
    Continuando sobre as expressões ofensivas, se alguém cai na asneira de me dizer uma coisa destas, vou perguntar ao(a) gênio(a) se ele(a) nunca viu na TV a propaganda do peru que alegremente recomenda o consumo da sua própria carne. E vou sugerir que re oriente suas energias defensoras contra: as touradas, as brigas de cães e galos, a tortura de animais em cerimoniais religiosos, a morte de animais para alimentação, sob tortura, o abandono de animais domésticos, a criação de animais em cativeiro, a caça para diversão, a tortura animal na condição de cobaias, etc, etc, etc. Uma vida inteira desses idiotas não é suficiente para tratar de tanta coisa digna de humanos dotados do que chamam humanidade.
    Pior que isso tudo só a escolha de uma pastora evangélica como ministra dos direitos humanos, das mulheres e da família, que já ensaiou a sua pastoral, dizendo que o mundo não muda pela política, mas pela religião, que lugar da mulher é em casa, e que sua função é gerar e criar filhos. Este monumento ao medievalismo é o mesmo que, na condição de assessora de um parlamentar da bancada evangélica, inventou o chamado kit gay, que o ex prefeito da cidade de SP e presidenciável pelo PT preparara para as escolas da cidade, tendo sido um dos fatores da sua derrota eleitoral no Brazil. E duvide-se do poder da palavra…principalmente quando do ouvinte já foi destruído o cérebro.

    1. Aquela louca que diz que a perfeita de S. Paulo na altura supostamente copiou algo que nunca existiu: “lá na Holanda lá na Europa…” ptz santa paciência “lá em Marte”
      min11:
      https://videopress.com/v/4bWTyuKN

      ou o ministro dos negócios estrangeiros itamaraty:
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernesto_Araújo
      o cardápio ou ementa é grande é só escolher…no restaurante Hospício do Sul
      é como aquela confusão lá encima.

      N

      ps: pois Maria vou vende tudo o que aí tenho e sayonara

  3. Carta de amor.
    Querido Max,
    sim, escrevo, hoje, uma carta de amor endereçada a ti.
    Tenho acompanhado II por muitos anos. Não sei exatamente quantos. A primeira mensagem que li e que me impressionou muitíssimo foi aquela em que tu fazes uma estimativa de quantas pessoas foram mortas por deus e quantas foram mortas pelo demônio, a partir do texto bíblico. Levo o humor muito a sério e essa postagem é, para mim, um grande exemplo de humor e coisas que dão o que pensar.
    Daí pra frente foram muitas e muitas mensagens e leituras que me moveram a pensar e me divertiram. Acompanhei aquelas crises de final de ano em que dizias coisas sérias e graves com o tom de: que sentido há em todo esse palavrório, em toda essa espécie de rebeldia de pantufas que se manifesta, tanto pelo proponente do (finado) blog quanto pelos seus comentadores? Acompanhei, então, teus sumiços. Imensos e, para mim, doloridos, cheios de apreensão e temerosos por tua saúde e bem estar. É com imensa alegria que recebo teu retorno e não poderia, agora, deixar de manifestar-me quanto a isso. Sempre me mantive a espreita, aguardando teu retorno.
    Ao ler o texto acima, fui tomado por uma onda de gratidão e amor. Não penso que tenha sido este texto em si o provocador de tal sentimento, mas é que aqui, algo se passou em mim, decorrente, por certo, da longa relação que mantemos esses anos todos. Uma relação de que, obviamente, estás inconsciente pois se dá com o que tens tornado público em II e todo o roll de emoções que me provocaram.
    Esclareço que não sou dado a amores platônicos e meu amor por ti não se enquadra nessa categoria pois é absolutamente concreto. Gostaria de dizer, também, que embora tenha atração física por homens, não se trata disso também, pois não te conheço fisicamente e, daqui dos cafundós do Brasil, onde vivo, sentir tal coisa seria, antes, um sintoma como o daqueles que se apaixonam pela Barbie ou pelo Elvis Presley… Além do mais eu sei, pelo tanto que te conheço, que não seria correspondido. Assim, meu amor é de uma ordem outra. E já que estamos deixando as coisas bem claras, querido, tenho uma revelação a fazer: quanto a meus sentimentos amorosos, sou promíscuo. Amo outros e… outras. Um amor que se estende a tantos, muitos, representantes de todos os reinos da natureza: minerais, vegetais, animais, fungi e monera. Grande parte deles também não sabem, como tu até agora, que os amo. Mas tu és especial, Max, e estás bem alto na minha seleta lista de amados. Seleta, sim, e muito, pois não sou nenhuma Branca de Neve ou Madre Teresa a aplicar o truque de amar a todos indistintamente. Não concordo com tudo que dizes. Por exemplo, a série de postagens sobre o 11 de setembro não me convence nenhum pouco. Como químico de profissão, encaro a explicação daquele russo sobre mini bombas nucleares com risinhos que não ultrapassam o desprezo. Bobagens desse tipo só servem para desviar das questões definitivas levantadas por Judy Wood.

    Mas, Max, em meio a tantos fluxos amorosos, consegui identificar, hoje, a linha política da tua elegante produção intelectual que mais me interessa: aquela que nos permite entender que temos sido tratados como mariposas pelas forças políticas dominantes. Acendem uma lâmpada e atraídos por seu brilho deixamos de ver todo o resto.
    Algumas lâmpadas:
    1. A tipologia de identidades sexuais acima é um bom exemplo. Confundida com pauta política ela nos desvia tanto das tristezas quanto das potências da questão sexual, a beleza das ações e dos encontros promovidos por essa força tão forte em nós colocada a serviço da dualidade vítima e agressor impulsionando denúncias, separações e punições direcionadas a indivíduos. Enquanto isso, uma espécie de militância azeita as engrenagens das instituições responsáveis pelo estabelecimento de uma noção abjeta de normal oposta a de condutas e modos de vida desviantes. religiões (pecado, danação, ira divina – se, como dizem, ele criou tudo, há muitos ratos escondidos nesse celeiro lógico), ciência (principalmente a de matriz do século XIX com sua tara por tipologias de amostras e ímpetos evolucionistas: mostrou-se historicamente, quando aplicada sobre nós, seres dos tais reinos da… natureza, a arte de minorizar, humilhar e eliminar que anima todas as guerras, declaradas ou não – notem que não sou contra Darwin ou coisas do tipo, falo de teorias, inclusive a de Darwin, quando aplicadas como motores lógicos da guerra.
    2. a pantomima das 3 ou 4 drogas ilegais que são mote da guerra às drogas. Lâmpada que nos cega para as drogas legais e sua indústria do dualismo saúde-doença, para os agrotóxicos, para a poluição industrial…
    3. a defesa do meio ambiente que transforma em evento de grande comoção uma ponta de cigarro ou sacola plástica atirada na calçada e libera toda a indústria de energia atômica, as próprias industrias de plástico, de qualquer crítica. Assim,tudo o que acontece a nossa volta deixa de ser tema de pensamento e de ação.
    4. escolas e a morte da vontade de conhecer
    5. fidelidade, ciúmes, apropriação, promessas de amor eterno sancionadas por contratos legais impedindo o fluxo amoroso e dos afetos.
    6. …
    Seguiria uma lista grande, mas finita, de lâmpadas produtoras de cegueira a infinitas coisas, seres e processos possíveis de alcançar com o braço, mas impossíveis de perceber.

    Gostaria de dizer muitas coisas mais, de dar detalhes de extensão, altura e profundidade dos meus sentimentos por ti, mas, para uma primeira vez, penso que está tudo suficientemente claro.
    Volto para o lado silencioso dos teus leitores. Não esqueça, todavia, que um coraçãozinho, este meu, pulsa e minhas fibras vibram nesse silêncio, tocados pela inquietação do teu pensamento e por tua generosidade.
    Com carinho e amor,
    Coisa

    P.S. não tenho nenhum pudor em tornar público esse meu amor. Não te sintas, entretanto, obrigado a correspondê-lo com algo mais do que já tens oferecido para nutri-lo. Sou profundamente grato pela profusão de gestos amorosos que diriges a mim. E esta carta não é uma manifestação de qualquer traço de falta, é de excesso.

    1. Olá Coisa!

      Bom, que posso dizer, esta apanhou-me de surpresa mesmo…

      Confesso que após ter lido fiquei na dúvida: é original ou é uma rasteira? Porque após ter publicado o artigo sobre os gays, a primeira coisa que pensei foi “Pronto, agora surge alguém que não entende e começa com os insultos”. Já aconteceu. Mas desta vez acontece o quê? Não apenas não chegam insultos mas uma carta de “amor”! Isso não é nada normal.

      Tenho as minhas boas razões para acreditar que não seja uma brincadeira de mau gosto. E isso pasma-me ainda mais.

      Coisa, eu agradeço de verdade, mas tenho que admitir: sou uma pessoa como muitas, não tenho nada que justifique o teu “amor” (uso as aspas porque acho ter entendido o sentido). Não é falsa modéstia a minha: andam na internet muitos outros que tentam descortinar o que se passa, muitos outros que fazem a mesma coisa não para ganhar com isso mas pelo prazer de compartilhar pontos de vista. Á direita, no Blogroll, há uma amostra destes outros. E sei que não poucos, entre estes muitos, são movidos por uma razão que é minha/nossa também: a tristeza perante as injustiças, a dor ao ver o imenso desperdício de recursos, humanos e não, a certeza de que existe algo bem melhor que é nos negado. Ou negado-nos, raio de idioma. São os mesmos sentimentos que pertencem também aos Leitores e que os levam a seguir este e outros blogues.

      Generoso? Não, não quero passar por aquilo que não sou. Tal como os Leitores, eu também utilizo o blog, aprendo com ele e com quem comenta. Repito isso há anos não como tentativa de ser falsamente modesto mas porque é pura verdade: tentar satisfazer a curiosidade dos Leitores e a minha obriga-me a procurar e isso enriquece todos, Max incluído.

      Tento usar a ironia? Sim, tento, é verdade, porque acho ser importante saber rir de nós e daquilo que nos rodeia. Isso tem uma função absolutamente fundamental que nada tem a ver com o riso: obrigar a observar tudo com um certo afastamento crítico para procurar falhas e pontos de vista alternativos. No paradoxo, na podemos encontrar a realidade diferente. Se depois com isso conseguirmos até o riso, isso é óptimo: quem vive sem rir desperdiça a sua vida. Pelo que escreves, acho que já sabes tudo isso.

      Fico muito feliz ao constatar que tu, que declaras ser bissexual, entendeste o meu ponto de vista sobre os gays. Acho isso deveras importante. Eu não julgo os gays porque a identidade sexual é algo pessoal, âmbito no qual eu não tenho o direito de entrar, tal como ninguém tem o direito de entrar no meu. Se eu sou gay e faço algo que não magoa alguém, qual o problema? Como já escrevi, uma das minhas melhores amigas é gay (lésbica, para ser mais claros). Mais: o meus dois cd que foram publicados em tempos foram escritos por mim e por um amigo que é gay. Nunca aconteceu nada entre nós porque eu sou hetero, mas uma amizade (que significa também respeito) não pode ser posta em causa por via da identidade sexual duma pessoa.

      Sério: ao ver que tu entendeste fiquei feliz e agradeço-te sinceramente (e fez-me pensar que se calhar deveria escrever algo para esclarecer duma vez por todas o assunto e evitar mal-entendidos).

      O que posso dizer? Não sei, acredita. Agradeço-te imenso porque não escondo que, entre as outras coisas, a tua carta é algo que faz bem ao nosso ego. Mais uma razão para continuar este trabalho. E aprecio a coragem de expor os próprios sentimentos perante o público.

      Obviamente cabe-me a tarefa de ser sincero. Sei que és pessoa inteligente porque pensas o que eu penso; sei que tens ainda alguns problemas porque não compartilhas tudo o que eu penso (9/11), mas é normal pois conheço só uma pessoa verdadeiramente perfeita (não vou revelar o nome porque também sou perfeitamente modesto).

      Mas és pessoa sensível, sem dúvida nenhuma. Gosto disso. A tua carta foi algo especial e ganhou o seu cantinho particular.

      Para todos os outros Leitores: juro, não fui eu que escrevi a carta nem paguei ninguém para publica-la! Aliás, tomem exemplo: assim trata-se um pobre blogueiro emigrante, coitadinho!

      Ohhh…mesmo ontem acabei com os “abraço”. Mas perante uma carta merece é necessária uma última excepção.

      Graaaande Abraçooo para Coisa!!! 🙂

      1. “Foi quando aprendi que palavras não servem para nada; qua as palavras nunca se encaixam nem ao que querem dizer. Quando ele nasceu eu soube que a palavra maternidade havia sido inventada por alguém que tinha que ter uma palavra para isso porque as mulheres que tinham tido crianças não se importavam se havia uma palavra para isso ou não. Eu soube que o medo havia sido inventado por alguém que nunca sentira medo; orgulho, por quem nunca tivera orgulho.” W. Faulkner

        Aí está, Max, o mote de minha carta.

        Procurei escrever algo que tivesse toda a cara de um arroubo passional para dizer tanto de minha admiração por teu trabalho quanto apresentar minha perspectiva da postagem a que responde. Quanto à admiração ela é verdadeira e construída por anos a fio de leitura de teus textos; uma admiração leve, muito leve, e boa. Quanto à reposta ela precisava ser muito clara e o recurso a uma explosão de paixão complicou bastante. Mas, relendo-a estou seguro de que tomei todos os cuidados para não criar mal entendidos e, ao mesmo tempo, mostrar que um homem que se sente sexualmente atraído por outros homens que correspondam a essa atração, não está impedido de amar homens que não correspondam; muito menos de ser correspondido com amor. Diferentemente do que possa ter dado a entender na carta, nunca tive atração sexual por mulheres (as “outras” de que falei são “as outras criaturas da natureza” – digo isso rindo muito) o que não me impede de amar mulheres. Um exemplo que temos à mão: Maria, frequentadora habitual de II, é uma mulher a quem eu deveria enviar uma dessas cartas de amor. E, aqui, permita-me voltar ao tom passional da carta: ao ler alguns escritos da Maria, preciso dizer que não foram poucas as vezes em que senti arrepios ou precisei lançar mão de alguma coisa para me abanar… essa aí sabe acender um fogo!

        O problema do formato que escolhi para me manifestar é que só funciona para leitores que apreciem ler devagar. Confiei que tu farias isso. Confiei e deu certo. Obrigado por tua leitura.

        Quanto a identidade sexual, não tenho nenhuma, embora depois de tudo que disse seja fácil enquadrar-me. Acontece é que uma identidade que se diz sexual, nunca se atém ao aspecto que anuncia. E, aqui, Max, preciso ser bem claro. Imagine nosso mundo quando haviam apenas algumas dúzias de alfabetizados. Imagine que tenham combinado de se encontrar em um convento no alto de uma montanha. Dali, podem olhar para a cidade abaixo e dizer de todos que lá estão: são analfabetos. Isso é verdadeiro, todavia, ao dirigir-me a alguém e dizer dele que é analfabeto crio uma nuvem que oblitera a percepção de sua inteligência, por maior que ela seja. O mesmo ocorre se acusamos injustamente alguém de assassino, ele vai se ver em maus lençóis para se livrar de uma afirmação como essa. São ardis. Além do mais, desprezo o uso de atributos de cor, sexo ou condição social para identificar pessoas. Assim, não utilizo nenhum termo identitário, nem para mim, nem para ninguém. Não foram as mulheres com filhos que criaram a palavra maternidade.

        A palavra amor, utilizei-a como alguém que ao executar uma receita aumenta a medida de um ingrediente de que gosta muito. Como é, para mim, um torrone com mais amêndoa e menos açúcar. Além do mais, nunca vi amor, no sentido em que emprego essa palavra, estragar nenhuma receita e nenhuma relação.

        Receba Max, daqui, o meu abraço afetuoso.

        Coisa

        P.S. volto para o lado dos quietos… sempre ficam coisas por dizer. Paciência.

        É generoso sim, mas não é bocó.

  4. Olha Max e Jf. é verdade. De tanto ouvir rotulados esses e aqueles de direita, esquerda, progressista, eu me surpreendo fazendo a mesma coisa, sem parar para pensar : mas o que significa progressista? Faz sentido falar em direita ou esquerda hoje, politicamente falando?
    Bom…nunca cheguei a considerar a hilária de esquerda, nem o Obama. Para isso teria de morar uns 10 anos nos EUA porque a convivência contamina.Mas, por aqui, no Brazil, confesso que incorro em erros que não deveria, seguidamente.

  5. Olá Nuno: não penses que, ás vezes, não tenho vontade de fugir daqui. Humanidade vou encontrar em toda parte Será que os Yanomanis me aceitariam? Mas recuo, covardemente, considerando que não tenho mais idade para adaptar-me a uma cultura tão diferente, estou por demais acostumada aos confortos da “civilização”. Aí meu pensamento se move para a Islândia, mas com que dinheiro?!. E mesmo em Portugal, com a tremenda diferença da minha aposentadoria em reais, e avida aí em euros, recuo mais uma vez. Deve ser a idade…

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