Parkland & Fort Meade: coincidências, óbvio

Um dia antes do massacre na escola da Florida, outro facto enigmático aconteceu na sede da Agência Nacional de Segurança, a famosa NSA, em Fort Meade, Maryland.

Três homens não identificados lançaram um SUV preto contra a entrada; os guardas dispararam. Algumas pessoas foram levadas para o hospital por lesões, mas, aparentemente, não de armas de fogo. Dos três ocupantes do veículo, dois estão “sob custódia da NSA”, o terceiro (o motorista) no hospital.

Afirma o comunicado da NSA:

A situação está sob controle e não existe ameaça à segurança. Não há indícios de que fosse algo mais do que um incidente isolado.

Em suma, nada para ver, circular.
O facto é que em 2015 ocorreu um “acidente” similar, quase o mesmo, sempre contra a NSA: dois homens armados, disfarçados de mulheres, tentaram entrar na sede da NSA (que também abriga o American Cyber ​​Command). Mesmo desfecho: tiroteio, um dos dois assaltantes morto, o outro, seriamente ferido. E nada mais é sabido.

De acordo com o site russo Strategika, esses eventos seriam a prova da guerra entre as várias “correntes” do Estado Profundo, talvez a CIA contra a NSA, que se intensificou após a eleição de Donald Trump. De acordo com fontes da inteligência, houve pelo menos cinco incidentes semelhantes nos últimos oito meses, silenciados na medida do possível: os órgãos de informação relataram acerca do último ataque com o SUV porque aconteceu na estrada pública e houve testemunhas.

Um rapaz “estável”

Nikolas Cruz

Mas eis que, poucas horas depois, a notícia do massacre na escola de Parkland, na Florida, enterrou o evento de Fort Meade.

Na página inglesa de Wikipedia já está o perfil do atentador: é Nikolas Cruz, assassino solitário, com transtornos psiquiátricos (depressão, autismo, hiperactividade), fortemente armado. Obviamente é um “extremista” que deseja a morte de islâmicos, negros, gays e mexicanos.

Mexicanos? Sério? Um indivíduo cujo apelido é “Cruz” é um supremacista branco que quer matar os mexicanos? Com certeza.

Em caso de dúvida, eis a opinião do Xerife Scott Israel (um apelido, uma garantia): Cruz é “muito,
muito perturbado”. Caso fechado. O que sobra são coincidência.

Por exemplo: Cruz já tinha sido sinalizado ao FBI como “elemento potencialmente perigoso”. Não uma mas duas vezes: em Setembro e em Janeiro. Doutro lado se um rapaz compra armas, ameaça os estudantes da escola donde foi expulso e escreve na internet “vou tornar-me o maior massacrador das escolas”, algumas leves dúvidas pode levanta-las. Por qual razão a FBI nada fez?

De acordo com os nossos protocolos, as informações fornecidas deveriam ter sido tratadas como uma potencial ameaça de morte. A informação deveria ter sido passada para o escritório do FBI em Miami, onde as medidas apropriadas deveriam ter sido tomadas. Estabelecemos que esses protocolos não foram seguidos.

Ah, ok, tudo bem. Eu também às vezes esqueço de levar o lixo para a rua, são coisas que acontecem.
Segundo Miami Herald, no passado mês de Novembro o Department of Children and Families (“Departamento das Crianças e das Famílias”) tinha visitado Nikolas: o jovem apresentavam cortes frescos em ambos os braços e afirmou que planeava sair para comprar uma arma. Foi julgado “suficientemente estável para não ser hospitalizado”.

Algumas semanas atrás, os homens do Serviço Secreto visitaram a escola para mudar os protocolos de segurança. E na manhã da última Quarta-feira, tinha havido na escola a explosão duma pequena bomba incendiária que tinha provocado o disparar do alarme e uma prova geral de evacuação.

Além disso, alguns professores da instituição tinham sido informados no início do semestre que teria tido lugar nos próximos tempos um exercício com um “atirador ativo” e que o exercício não teria sido anunciado. E no dia do ataque houve também um exercício anti-incêndio:

Todos nós pensamos que fosse uma prova de incêndio, então ninguém estava preocupado.

Não era um teste: era um rapaz de 19 anos, com AR-15, máscara anti-gás, vários carregadores e granadas. Depois do tiroteio, foi ao Walmart, onde comprou uma bebida, e depois ao McDonald’s. Atrás dele, 17 cadáveres.

Ipse dixit.

Fontes: Wikipedia, La Repubblica, Maurizio Blondet, The Verge, Globalist.it, Miami Herald 

10 Replies to “Parkland & Fort Meade: coincidências, óbvio”

  1. É verdade, não existe!

    Grave falta da língua portuguesa.
    E nem encontro uma definição para "pessoa que comete um atentado".
    Mas não há crise, vamos já introduzir a nova palavra:
    _____________

    a·ten·ta·dor

    1. Pessoa que comete um atentado, particularmente contra o Estado, uma autoridade ou civis.

    Classe – substantivo masculino
    Sinónimo – bombista

    Exemplo: "O atentador fez explodir a bomba"
    _____________

    Eis como o comentário de EXP acabou de melhorar o idioma português. Obrigado!

    Grande abraçooooooo!!!!

  2. HAHAHAHHAHAAA

    O que me fizeste rir. Muito bom.

    Max acabaste de ganhar um almoço, ou jantar num restaurante de comida Italiana, que é uma perola escondida num sitio inesperado de Portugal.
    O cozinheiro é Italiano e tem um sentido de humor que me lembra muitas vezes o teu.
    Nao sei como trocarmos o contacto sem ficar aqui exposto.

    O convite esta feito.

    EXP001

    1. 🙂

      Estou a pensar organizar um encontro entre Leitores, como já aconteceu uma vez. Se calhar mais para a Primavera, ainda está frio.
      Pena os Leitores do Brasil viverem tão longe…
      Mas obrigado!

      Grande abraçooooo!!!!!!

    1. Olá JJ!

      Não sei se foi de propósito ou se não. Mas certos timing são suspeitos. Nos EUA há uma guerra que explodiu após a eleição de Trump: é uma guerra interna, naquele que é chamado como "Governo Sombra", formado pelas forças que realmente governam o País.

      Temos o grupo militar, o grupo das inteligências (FBI, CIA), temos as pressões dos grupos de poder ligados à Finança. Neste aspecto a eleição de Trump levantou a tampa duma panela cuja pressão estava controlada pelo Partido Democrata e boa parte da Finança: Trump desequilibrou.

      Não é normal ter um ataque contra a NSA: ainda menos normal é ter uma cobertura tão escassa do evento. O ataque em si é bastante estranho: um SUV com três pessoas à entrada da sede? Qual o sentido?

      O massacre da Florida pode ter servido para "apagar" a notícia acerca da NSA. Hipótese descabida do ponto de vista moral (e, diga-se, sem uma única prova), mas os EUA nos habituaram a isso e muito mais…

      Com certeza na internet circulará também a ideia de que este foi um ataque orquestrado por quem deseja mostrar que as armas nas mãos dos cidadãos são um perigo e quer retira-las. Pontos de vista, eu não concordo: até o final do mandato de Trump o discurso está fechado.

      Abraçooo!!!!

  3. Segundo Miami Herald, no passado mês de Novembro o Department of Children and Families ("Departamento das Crianças e das Famílias") tinha visitado Nikolas: o jovem apresentavam cortes frescos em ambos os braços e afirmou que planeava sair para comprar uma arma. Foi julgado "suficientemente estável para não ser hospitalizado"

    Ao ler este trecho do artigo, ocorreu-me que o estado miserável em que se encontra o sistema de saúde Norte Americano também tem uma quota parte de responsabilidade no sucedido.
    É um sistema para 1% ou 10% ou vá lá 30% da população? Os restantes basicamente estão entregues a si próprios e os casos de intervenção precoce devem ser extremamente escassos e tratados numa lógica estatistica, fria.

    Atenção, o resto do texto é valido, apenas pretendo chamar a atenção para este aspecto em concreto e para os efeitos de longo alcance que a falta de um sistema de saúde funcional provoca numa população, num individuo.

    Bandido

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