O melhor navegador 2017

O navegador (também chamado de browser) é o programa essencial para poder aceder à internet.

Lógico, portanto, que seja um instrumento que deve ser escolhido com cuidado: para poder visualizar da melhor forma os conteúdos da web, para que que o processo seja rápido também e para que o browser não se torne um meio nas mãos de terceiro que desejem ter acesso ao nosso computador.

Os navegadores não são todos iguais e aqui foram escolhidos vinte entre os mais difundidos (na versão portátil) e dois que não têm versão portátil mas que estão entre os mais utilizados em absoluto.
A seguir, estes 22 navegadores foram submetidos a uma série de testes para tentar perceber quais fornecem as melhores prestações e, pelo contrário, devem ser evitados.

Os navegadores analisados foram os seguinte:

  1. Avast : Navegador chinês, disponível desde 2004, utiliza três motores: Trident (o mesmo do Microsoft Internet Explorer), Gecko (Mozilla Firefox ) e Webkit (antigamente o motor de Google Chrome). Até hoje foi descarregado 22 milhões de vezes.
  2. Chromium : “Irmão” de Google Chrome, é diferente deste principalmente por ser um projecto open source e por não transmitir dados do computador onde for instalado. Disponível desde 2008.
  3. Cyberfox : Desenvolvido pela australiana 8pecxstudios, é um fork (um ramo nascido da mesma origem) de Firefox, inicialmente pensado para as versões de 64bit (que Firefox ainda não disponibilizava). Utiliza o motor de Firefox (Gecko).
  4. Firefox : Disponível desde 2002, é o browser da casa americana Mozilla e utiliza o motor Gecko. É o segundo browser mais difundido no mundo.
  5. Green Browser : Navegador chinês, utiliza o motor Trident: activo desde 2003, no site da casa produtora (a Morequick) é publicitado como sendo o mais rápido e mais personalizável dos browsers.
  6. Iron : Projecto open source (desde 2015), é parente muito próximo de Google Chrome, do qual utiliza o novo motor também (o Blink); mas, tal como Chromium, mira a proteger a privacidade do utilizador. Produzido na Alemanha, está disponível desde 2008
  7. K-Meleon : É um dos browsers mais antigo pois nasceu em 2000. Hoje utiliza o motor de Mozilla (Gecko).
  8. Maxthon : Navegador chinês, disponível desde 2002, chegou a ganhar alguns prémios entre 2008 e 2010 em razão de alguns aspectos inovadores. Em 2016 peritos informáticos revelaram que Maxthon enviava dados do utilizadores para um servidor da China: homepage, websites visitados, pesquisa efectuadas e aplicações instaladas no computador. Utiliza dois motores: Trident (Internet Explorer) e WebKit (antigamente Chrome).
  9. Midori : Disponível desde 2007, Midori nasceu tendo como objectivo a criação dum browser para alguns sistemas operativos Linux (sobretudo em ambientes Xfce), mas é utilizável também nos sistemas Windows (apesar das prestações, neste caso, serem inferiores). Utiliza o motor WebKit (o antigo motor de Google Chrome).
  10. Opera : Aparecido em 1995, Opera tornou-se logo sinónimo de inovação no âmbito dos browsers por causa de soluções que depois foram adpotadas por outros navegadores também. Em 2014 Opera abandona o seu próprio motor (Presto) para criar um novo, o Blink (ao qual contribuíram também Google, Intel, Samsung). Em 2015 alcançou os 350 milhões de usuários e em 2017 a empresa norueguesa foi vendida à chinesa Qihoo 360 (a mesma empresa que criou o antivírus 360 Safeguard), apesar da sede operativa e de desenvolvimento manter-se em Oslo. 
  11. Palemoon : Nasceu em 2009 como fork open source do projecto Firefox. Entre as (poucas) diferenças, o facto de utilizar um motor open source, o Goanna (por sua vez um fork do motor de Firefox, o Gecko).
  12. Private Browsing : Não é propriamente um navegador mas uma opção que pode ser activada para implementar em alguns browser medidas para melhorar a protecção dos dados do usuários. O nome desta opção muda a segunda do browser utilizado: no caso de Firefox, Safari e Amazon Silk o nome utilizado é Private Browsing; no caso de Google Chrome é Incognito; para Internet Explorer e Microsoft Edge é InPrivate Browsing; no caso de Opera é Private Tab (ou Private Window). Neste test foi analisada a versão Private Browsing de Firefox.
  13. Qupzilla : É um browser open source nascido em 2010. Desenvolvido na República Tcheca, em 2016 adoptou o mesmo motor QtWebKit de Chrome (o Blink).
  14. SeaMonkey : É o projecto open source de Mozilla para oferecer no mesmo produto o navegador Firefox, o client e-mail Thunderbird, um editor HTML e um chat IRC (ChatZilla). Disponível desde 2006, utiliza o mesmo motor de Firefox (Gecko).
  15. Sleipnir : Curioso browser muito difundido no Japão (o País de origem). Utiliza um layout original e o motor Blink.
  16. SlimBrowser : Navegador nascido no Texas (EUA), utiliza o motor o velho motor de Internet Explorer (o Trident).
  17. Slimjet : Produzido pela mesma empresa do SlimBrowser, Slimjet utiliza o motor do Chrome (Blink).
  18. Tor : Navegador muito particular (seria mais correcto falar de “sistema Tor”), pensado especificamente para proteger a identidade do usuário e permitir ultrapassar os blocos da censura presente em alguns Países. Nascido em 2002, utiliza como base o navegador Firefox, embora o seu funcionamento na internet seja totalmente diferente. Tor não pode ser comparado com os outros navegadores sob vários ponto de vista: a inclusão nestes testes, portanto, é a título de curiosidade.
  19. Waterfox : Projecto open source baseado no Firefox, é pensado em particular para os sistema operativos de 64-bit (mas trabalha também naqueles de 32-bit). Hoje é utilizado por 6 milhões de usuário no mundo.

Todos em versão actualizada (a última disponível) e portátil.
A estes foram acrescentados:

  1. Vivaldi : É o navegador mais recente, tendo aparecido só em Abril de 2016 quase como um fork de Opera. Em Janeiro de 2017 tinha alcançado 1 milhão de usuários. Não existe uma versão portátil oficial, é previsto tal desenvolvimento nos próximos tempos. A versão aqui testada é uma versão portátil não oficial.
  2. Chrome : Nascido em 2008, o navegador da Google é hoje o mais utilizados no mundo (62% de usuários). É objecto de críticas por causa da recolha de dados dos utilizadores, nomeadamente: durante a instalação, com o programa RLZ identifier (Google afirma que este programa não está incluído nas versões descarregadas directamente do portal de Chrome), marcando o usuários com um identificador (ID), com o Google Update (dados acerca de quando Chrome é utilizado, detalhes acerca do sistema operativo, versão de Chrome). Não existe uma versão portátil de Chrome. A assim chamada “portátil” disponível” há anos na internet na verdade portátil não é pois altera o registro do sistema operativo no qual é utilizada (o exacto contrário do que deve fazer um autêntico portátil). Aqui é testada a versão “portátil”.
  3. Edge : É o produto da Microsoft, sucessor do infeliz (nas últimas versões) Internet Explorer. Disponível desde 2015, utiliza um seu específico motor, o EdgeHTML. Também neste caso não existem versões portátil, a versão aqui utilizada é a original “embutida” no sistema operativo Windows 10.

Todos os testes foram executado em idênticas condições:

  • sistema operativo e hardware de tipo médio: Windows 10 Pro 64-bit, Intel Pentium G2030 @ 3.00GHz, RAM 4,00GB, Placa Gráfica 1024 MBNVIDIA GeForce 210, temperatura 35ºC.
  • nenhum outro programa em uso
  • antivírus e firewall desactivados
  • nenhuma extensão instalada: todos os navegadores foram utilizados tal como foram descarregados e descompactados (ou instalados no caso de Google Chrome e Microsoft Edge).

Estas as versões e o respectivos tamanhos uma vez descompactados (ou instalados):

Importante

O funcionamento dum navegador depende de múltiplos factores: hardware utilizado, software instalado, tipo de conexão internet, etc. Além disso, como regra geral, os programas portáteis podem resultar um pouco mais lentos quando comparados com a homóloga versão com instalação. Se a diferença é impercetível na maior parte dos casos, para os navegadores a discrepância pode tornar-se mais significativa, sendo que as diferenças entre os browsers é muitas vezes jogada no fio de milésimos de segundo.

Por todas estas razões, os resultados aqui apresentados devem ser encarados como indicativos e não como absolutos.

Última nota: só após ter acabado o presente artigo e ter carregado tabelas e imagens reparei que o navegador “Avant” é por vezes indicado como “Avast”. Erro, lamento. Mas não pensarão que agora vou substituir tudo, não é?

Memória

O teste da memória indica qual o consumo da memória do browser no nosso sistema operativo. O teste foi realizado abrindo todos os navegadores para a mesma homepage anteriormente estabelecida (foi escolhida a página do motor de pesquisa Google, versão de Portugal) e verificando o consumo no task manager de Windows 10.

Avast praticamente funciona a ar ou quase; também SlimBrowser e Slimjet têm um impacto muito leve. Óptimos resultados no caso de Microsoft Edge, Iron, Vivaldi e Google Chrome. Na parte baixa da tabela encontramos Cyberfox, Firefox e Tor. Os piores: Private Browsingm Naxthon e Palemoon.

No geral, os navegadores com o motor Blink (Chrome e derivados) fornecem um consumo de memória inferior aos que utilizam o Gecko (Firefox e derivados). Os que ainda funcionam tendo como base o Trident (o antigo motor de Internet Explorer) têm consumos reduzidos: SlimBrowser é segundo nesta classificação, Green Browser fica na parte alta. Mas esta leveza pode ser justificada pela falta de opções intrínseca a estes navegadores: internet pede muito mais hoje aos browsers, abrir uma página simples como aquela de Google é algo básico.  

Acid3

Acid3 é o nome dado a uma suite de testes de compatibilidade com os padrões web estabelecidos pela organização W3C, com cem diferentes tipos de testes. Esse teste tem um nível muito alto de exigência para os navegadores em comparação com o seu antecessor, o Acid2.

A escala vai de 1 a 100, sendo que 100 é a pontuação melhor.
Estes os resultados:

Mais uma vez, e sempre no geral, os browsers que utilizam o motor Blink conseguem resultados melhores. Slim Browser, que bem tão tinha feito no teste anterior, aqui fica entre os piores.

Este teste é talvez a melhor demonstração de como as prestações do navegador possam ser influenciadas pelas condições do nosso computador: na verdade, todos os principais browsers alcançaram 100 em 2016, mas aqui a situação é diferente: Firefox e Chrome, só para dar um par de exemplos, falham.

HTML5

HTML5 (Hypertext Markup Language, versão 5) é uma linguagem para estruturação e apresentação de conteúdo para a World Wide Web e é uma tecnologia chave da Internet originalmente proposto por Opera Software. É a quinta versão da linguagem HTML, uma linguagem utilizada na construção de páginas na Web.. Esta nova versão traz consigo importantes mudanças quanto ao papel do HTML no mundo da Web.

O teste define a conformidade dos browser à linguagem HTML5.
A pontuação máxima é 555: quanto mais alta for a pontuação, maior é a conformidade.

Ao contrário do que aconteceu no teste anterior, aqui a classificação espelha de perto aquela “oficial” obtida. Aliás, em não poucos casos a pontuação neste teste é superior àquela conseguida oficialmente: isso não deve surpreender, pois tecnologia HTML5 está ainda em fase de desenvolvimento e implementação, pelo que é normal que a cada nova versão um navegador seja melhorado neste aspecto.

Iron (um derivado de Chrome), Opera, Sleipnir e o surpreendente Slimjet têm trabalhado bem, assim como Avant e Chrome. Os navegadores com o motor de Firefox (Gecko) parecem ter mais dificuldades em actualizar-se. Negativo o resultado de Edge que, todavia, é um produto em plena fase de desenvolvimento. Muito mal Green Browser, Slim Browser e Midori que, não acaso, utilizam motores de velha concepção. 

GUIMark 2

GUIMark 2 é uma série de testes com diferentes finalidades, mas todos focados nas prestações dos navegadores em ambiente HTML5.

O
primeiro teste é o Bitmap Gaming, projectado para simular um jogo. O
teste enfatiza o stress que sofrem muitos recursos que animam cada frame (um frame pode ser imaginado como uma caixa dentro da qual há um conjunto de elementos para o controle gráfico). Uma boa prova caso o navegador seja utilizado para jogos.

O segundo teste é o Vectro Charting, projectado para enfatizar os vectors API. Um API (Application Program Interface)
é um conjunto de instrumentos para construir programas (e os
navegadores são programas!) e para projectar o GUI (interface gráfica)
dos mesmos.

O terceiro teste é o Text Column, projectado
para stressar o layout do texto e os mecanismos de renderização em HTML e
Flash. Não simula um caso do mundo real, no entanto fornecer uma boa
estimativa de quão rapidamente uma página cheia de texto pode ser
calculada e apresentada.

Como sempre, em verde os resultados melhores, em vermelho os piores.

Complicado encontrar um padrão no teste Bitgame Gameing: no geral, quase todos os navegadores apresentam resultados perto do valor 58, poucos o que se afastam disso: Maxthon, Edge, SlimBrowser e Midori. O velho motor Trident de Green Browser nem consegue completar o teste.
Os mais rápidos em absoluto são Waterfox, Chorme QupZilla, K-Meleon e SeaMonkey.

Diferente o cenário no caso do teste Vector Charting: aqui os navegadores baseados no motor Gecko prevalecem sem dúvida: Cyberfox e Firefox e Waterfox acima dos outros. Péssimos Microsoft Edge, Maxthon (mais uma vez…), SlimBrowser, Midori e, obviamente, Green Browser.

Parecida a situação do teste Text Column: aqui também o motor Gecko ultrapassa os restantes. Firefox acima dos outros, muito bem Palemoon e Private Browsing (que, lembramos, não é um navegador mas um instrumento para aprimorar a privacidade dos navegadores). Nas notas negativas, além do óbvio Green Browser: Chromium, Sleipnir e os browser com motores antigos.
    

Browserscope Security

Browserscope é um projecto open source cujo fim é testar os navegadores: para isso prevê uma série de testes divididos em várias categorias. É um óptimo instrumento, utilizado por profissionais também.

Aqui foi utilizado o teste Security que, como deixa entender o nome, verifica a segurança dos browsers. O teste de segurança controla a forma como os navegadores utilizam as API’s
JavaScript que permitem interações seguras entre sites e se seguem as
práticas recomendadas para bloquear interações
prejudiciais. Mais alto o valor, maior o nível de segurança.

Além de Tor, os navegadores mais seguros são os que utilizam o motor Blink (o de Chrome e Opera). O motor Gecko de Firefox parece ter ficado um pouco atrás, o que é mal considerado o assunto do teste; nem com a aplicação Private Browsing as coisas melhoram.

Nas últimas posições: SlimBrowser e os já habituais Green Browser e Maxthon.

Speed

Provavelmente este e´o teste menos significativos entre todos aqui apresentados. As configurações do nosso sistema operativo e a qualidade da conexão internet complicam em demasia as coisas. Se depois pensarmos que a maior parte dos navegadores pode ser “melhorada” com as extensões (que abrandam e muito a velocidade), então percebe-se que esta classificação só pode dar uma vaga ideia da velocidade dum browser e nada mais.

O que podemos dizer é que esta classificação é pouco mais do que uma curiosidade: mostram a velocidade no computador utilizado nos testes e os resultados podem variar grandemente num outra máquina qualquer.

Os navegadores com motor Gecko (Firefox e derivados) são sem dúvida os mais rápidos quando comparados com os que utilizam Blink (Opera, Chrome e derivados). Muito estranha a velocidade relevada no caso do Microsoft Edge, que já vem embutido (e nem pode ser desinstalado…) no sistema operativo utilizado no teste.

Maxthon, Midori e SlimBrowser os piores, enquanto Green Browser nem tem recursos para participar no teste.

Peacekeeper

Peacekeeper é um serviço online para medir e comparar as prestações dos vários navegadores. Infelizmente, não será mais desenvolvido, pelo que nas futuras ocasiões não voltará a ser utilizado, substituído pela suite completa (e mais profissional) Browserscope.

Peacekeeper repete muitos de quanto acima apresentado, portanto pode ser considerado um teste redundante. É outra forma para espreitar mais uma vez no mundo dos navegadores.

Como é possível observar, há um navegador marcado em amarelo: isso porque não é normal que Tor obtenha o máximo da pontuação, sobretudo considerando que não suporta o webglSphere (o que faz parte do conjunto de testes de Peacekeeper). Uma vez repetido o teste, o resultado não muda, com Tor sempre a obter o máximo das pontuações: definitivamente algo não bate certo.

Quanto ao resto: os navegadores com motor Gecko parecem (o condicional é obrigatório neste caso) melhores dos que utilizam o mais recente Blink. Péssimo o resultado de Edge que não suporta um par de codecs (um codec é um dispositivo que codifica e decodifica os sinais).

Mas este teste deve ser aceite com benefício da dúvida e não será considerado na avaliação final.

Conclusões

As excepções


Comecemos pelas duas excepções do teste:

  • Private Browsing
  • Tor.

Private Browsing
Como afirmado,
não é propriamente um navegador mas uma opção que pode ser implementada
em alguns browser para melhorar a privacidade dos usuários.

É
fundamental entender o que a mesma Mozilla explica:

Private
Browsing não torna a navegação: o provedor de serviços de Internet ou
os próprios sites ainda podem rastrear quais páginas são visitadas.
Private Browsing também não protege de keyloggers or spyware que podem
estar instalados no vosso computador.

Então faz o quê? Faz isso:

Nenhuma página visitada é adicionada à lista no menu Histórico ou na lista de endereços da barra dos endereços.
Nenhum dado de pesquisa ou do preenchimento automático será guardado.
Nenhuma nova senha será salva.
Nenhum arquivo baixado será listado na janela dos downloads.
Os
cookies, que são aquelas coisinhas que armazenam informações sobre
sites visitados, e os dados de alguns plugins Adobe Flash serão salvos.
Nenhum arquivo temporário da Internet (arquivos em cache) ou arquivos que os sites salvam para uso offline serão salvos.

Pergunta:
vale a pena activar o Private Browsing? Depende. Em alguns casos é
cómodo ter sites que se lembram de nós e dos nossos hábitos. Em outros
casos, por exemplo navegando “a roda livre”, pode tornar-se útil.
Depende das circunstâncias.

Em qualquer caso,
Private Browsing não parece afectar o desempenho de Firefox: aumenta (e
não pouco) a utilização da memória do nosso computador, mas nos testes a
influência sobre a qualidade da navegação não fica afectada. No teste
de velocidade, até foi ligeiramente mais rápido do que o Firefox normal
(provavelmente poupa uns poucos recursos nos “bastidores” do navegador).

Tor
É um navegador muito particular, pensado por uma utilização específica: é o browser que mais protege a nossa privacidade. Como já lembrado, foi inserido no teste como simples curiosidade: dadas as suas características, não pode ser comparados com os outros navegadores “normais”. Mas deste programa (e da sua correcta utilização) voltaremos a falar.

A evitar

Começamos pelo pior: quais navegadores não devem ser utilizados? Sem dúvida os navegadores com motores antiquados:

  • Green Browser
  • Midori
  • SlimBrowser
  • Maxthon
  • Edge
  • Chrome

Não faz nenhum sentido utilizar um produto que não consegue fornecer as mais recentes melhorias, com prejuízos em termos de prestações.

A seguir podemos acrescentar Maxthon: pena, porque este browser tem uma gráfica simpática, é muito
personalizável, dispõe de extensões próprias e poder estar integrado com
outros serviços da Maxtohn (e-mail, cloud, etc.). Mas os contras
superam os prós: evidencia problemas com o HTML5, com a questão da segurança e também da privacidade. Veremos se as coisas irão melhorar com a próxima versão, a 5, que vai ser publicada já nestes dias.

Depois há Edge. Também a Microsoft não brinca quando for altura de recolher dados dos usuários, mas em qualquer caso Edge demonstra ser ainda imaturo. Dado que as actualizações procedem com bom ritmo, pode ser que em breve melhore de forma substancial.

Além disso há o eterno problema de Chrome: não existe uma verdadeira versão portátil, mas sobretudo permanecem não resolvidas as sérias questões da privacidade. Há válidas alternativas, portáteis, com as mesmas prestações e sem uma recolha de dados tão massiva.

As segundas escolhas

Há uma série de navegadores que se calhar não brilham mas que até podem ser utilizados como
browser principal do nosso sistema sem muitos problemas. Em qualquer caso são óptimos como navegadores secundários.

São estes:

  • Avant
  • Cyberfox
  • Iron
  • K-Meleon 
  • Palemoon
  • Qupzilla
  • Sleipnir
  • Slimjet
  • Vivaldi
  • Waterfox

Avant
O navegador chinês não se portou mal nos testes: afinal esteve quase sempre perto dos melhores (quando não foi o melhor mesmo). Oferece muitas opções (correio, leitura feed Rss, dividir o navegador em duas partes separadas), possibilidade de personalização, instrumentos para a protecção da privacidade entre outros. E deixa a possibilidade de escolher qual motor utilizar: o do velho Internet Explorer, o de Chrome (o WebKit, não o mais recente Blink) ou aquele de Firefox. Só duas coisas não convencem: a privacidade (o outro browser chinês, o Maxthon, tem uma péssima reputação neste sentido) e o facto de ter entrado em crash um par de vezes no meu computador. E como segunda escolha é um pouco pesada (374 MB). 

Cyberfox
É um óptimo navegador mas desde a publicação do Firefox 64bit deixou de fazer muito sentido. Em teoria é mais “leve”, tendo removido algumas funções secundárias do Firefox original (como a telemetria), mas as prestações são praticamente idênticas. Pode tranquilamente ser utilizado como navegador principal.

Iron
Parente próximo de Chromium (com o qual compartilha o apecto e as funcionalidades), leve e razoavelmente rápido, mereceu o primeiro lugar nos testes Acid3, HTML5 e Segurança, enquanto nas restantes provas nunca desfigurou: nada mal. Em teoria é um projecto open source, mas a verdade é que o código fonte não foi disponibilizado ao longo de muitos anos: só em 2015 o código foi tornado público. Esta atitude não joga em favor dos programadores. Se a ideia for utilizar um derivado de Chrome, melhor Chromium.

K-Meleon
Um óptimo navegador para quem procura leveza: pesa muito pouco no sistema operativo (tamanho e consumo da memória entre os mais baixos), está baseado no mesmo motor de Firefox, oferece bastante recursos e é muito rápido. Os problemas? Uma interface básica e que pode parecer “complicada”. Além de que o desenvolvimento é inconstante: ao longo de alguns anos parecia estar parado, até que no ano passado foi publicada a nova versão. Excelente como segundo navegador, ideal como browser para computadores e sistemas operativos velhinhos. 

Palemoon
É resultado o mais rápido entre todos os navegadores. Mas também é o que mais memória consome. O que não é nada bom. Pena, porque quanto ao resto é um óptimo produto que, como Firefox (do qual é parente próximo), oferece muitos recursos. Pode ficar como navegador predefinido? Sem dúvida. Mas acho existirem produtos ligeiramente superiores (ou talvez seja só uma questão de gostos).

Qupzilla
Não consegue destacar-se entre os outros navegadores. Isso não significa que seja um mau produto, pelo contrário: no Bitmap Game teste ficou entre os melhores e parece ser um dos mais seguros também. Mas não é particularmente rápido (ficou entre os últimos), gasta bastante memória (problema conhecido ao desenvolvedor também), pode carregar um número extremamente limitado d e extensões e nem é tão pequeno quanto seria possível esperar-se (200 mega). Sugerido como navegador de reserva.

Sleipnir
O navegador japonês foi a minha grande desilusão destes testes: esperava muito mais. Para já é aquele com o tamanho maior (439 mega!); depois, utilizando o mais recente motor de Chrome (o Blink) pensava fosse muito mais rápido. Em vez disso é bastante lento. Uma pena porque é o browser mais original entre aqueles testados, provavelmente o mais elegante, oferece bastante recursos (por exemplo: uma óptima gestão dos separadores abertos, a integração com um serviço cloud de sincronização), a possibilidade de mudar a renderização (várias versões de Internet Explorer, Chrome, Firefox, Safari, Opera, Android), etc. Enfim, esperemos que nas próximas versões consiga emagrecer e ficar mais rápido…

Slimjet
É da mesma casa que produz o péssimo SlimBrowser: só que Slimjet utiliza o motor do Chrome (Blink) e as diferencias são evidentes. ACID3, HTML5 e Segurança. Além disso, tem dimensões razoáveis (nem 200 mega) e utiliza muita pouca memória. É também razoavelmente rápido e utiliza as extensões de Chrome. Óptima escolha como navegador de reserva: e se fosse open source nem ficaria mal como browser principal.

Vivaldi
Porta-se muito bem. É pesado (mais de 400 mega), mas o impacto no sistema é limitado. Tem muitas possibilidades, algumas originais (como os temas gráficos disponíveis sem recorrer a extra, como acontece no Chrome ou no Firefox), outras úteis (a possibilidade de tomar notas de vários tipo -texto, URL, screenshot, anexos, etc. – durante a navegação). Oferece muito e nos testes não desfigurou, pelo contrário, demonstrando ser já um navegador seguro (mas aparentemente não muito rápido). Como browser pré-definido? Talvez seja um pouco cedo: tive um par de crash durante a utilização e, circulando na net, li que o mesmo aconteceu com outros que o testaram. Provavelmente será só uma questão de tempo antes de Vivaldi entrar na lista dos “top”.

Waterfox
Brilha nos três testes GuiMark e na velocidade (mas é um pouco mais lento de Firefox). Quanto ao resto, é um outro navegador que em nada se destaca, sendo idêntico ao Firefox (mas sem a telemetria). Notas positivas: é open source e o desenvolvedor afirma que Waterfox é compatível com Windows Xp. Bom como navegador principal; como secundário acho existirem soluções mais leves.

Aconselhados 

Se esperam originalidade, então melhor parar por aqui: os navegadores aconselhados são os do costume ou quase. Doutro lado, haverá uma razão se estão entre os mais difundidos do planeta, não é?

  • Chromium
  • Firefox
  • Opera
  • SeaMonkey

Chromium
Gostam de Chrome? Então instalem Chromium: as mesmas funcionalidades sem os problemas de privacidade. O novo motor Blink está em alta e nesta versão não fica atrás quando comparado com Chrome. Único problema é não suportar todos os codec porque, por uma questão ética, o projecto Chromium decidiu não instalar de default os codecs que não sejam “livres”. E o codec H264 (o que falta para obter uma melhor pontuação no teste Acid3) não é livre. Mas aqui está a boa surpresa: existe uma versão portátil específica pensada para os utilizadores de Windows 10-64bit (aqui foi testada  aversão genérica) que, entre outras pequenas melhorias, suporta todos os codecs, obtendo assim a mesma pontuação do Chrome. Obviamente, Chromium tem à disposição todos os extras de casa Google.

Firefox
Ok, ok, já não é o que era, é pesado, gasta memória e os desenvolveres do motor Gecko parecem tem ficado um pouco aquém em termos de segurança. O que é muito mau. Mas é ainda um navegador extremamente rápido, estável, robusto, cheio de recursos. E pode contar com a maior lista de extras do mercado, de modo a poder personaliza-lo ao máximo segundo as exigências de qualquer um. E é open source.

Opera
Este navegador sofreu algumas profunda alterações nos últimos anos, abandonando o motor original Presto para adoptar o Blink. Há quem diga que “antes era melhor”, eu pertenço ao grupo de quem consegue nele o melhor browser em circulação. Pesa relativamente pouco (pouco mais de 150 mega, enquanto Firefox e Chrome estão tranquilamente na casa dos 400), utiliza pouca memória, consegue a pontuação máxima no teste Acid3 (nem Firefox nem Chrome conseguem), no teste HTML5, na Segurança… sobra a questão da velocidade, verdade, onde Opera obtém resultados médios. Mas compensa com outra mais valia que nenhum outro navegador oferece: VPN grátis e ilimitada. Depois oferece muitos recursos e a possibilidade de utilizar todas as extensões de Chrome. Na minha opinião: o melhor.

SeaMonkey
E que tal um navegador leve (101 mega), um dos mais rápidos do mercado, personalizável (também com os extras), com embutidos client e-mail (com filtro anti-spam), editor HTM, e chat IRC? E mais: open source? Talvez seja mesmo SeaMonkey a escolha mais inteligente.

Ipse dixit.

3 Replies to “O melhor navegador 2017”

  1. O Opera é uma navegador por excelência, na minha opinião o melhor da actualidade.

    Quanto ao Firefox, tornou-se extremamente lento para quem usa Linux, sendo a justificação o facto dos utilizadores instalarem extensões no navegador; como tal eis que surge o Opera como alternativa, muito mais rápido, seguro, com VPN gratuita e ilimitada.

    Porém para os usuários do Linux, o Opera só peca num pormenor. Por vezes em certas actualizações do navegador os vídeos deixam de ser reproduzidos, o que é completamente ridículo, mas após expor a situação no forum do Opera eles resolvem a questão, que passa por esperar pelo lançamento de nova actualização.

    Quando isto acontece, e como uso o Linux, tenho instalado o Vivaldi como segundo navegador.

  2. Recentemente testei outro navegador alternativo chamado MUSTANG. É o mais rápido que já testei até hoje. Meu top 3 é:

    1: Mustang
    2: Slimjet
    3: Opera

    Mas já estou indo testar o Seamonkey agora pra ver os resultados.

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