O genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos – Parte I

Como de costume, no dia 27 de Janeiro de cada ano é celebrado o Dia da Memória para comemorar os
judeus deportados e mortos pelo regime nazista.

Facto curioso: é o único “Dia da Memória”, apesar dos não poucos exemplos de genocídio ao longo da História. Os meios de comunicação realçam pontualmente o martírio do povo judeu, acusando de anti-semitismo e racismo qualquer pessoa que simplesmente coloque não dúvidas mas perguntas, por exemplo acerca da legitimidade das acções de israel ou da ideologia sionista.

Pelo contrário, outros e mais extensos genocídios foram completamente removidos da consciência comum, ou, pior ainda, justificados de várias maneiras. Para tamanho e método de execução, não é minimamente possível comparar o genocídio dos judeus com aquele dos nativos americanos: apesar das dificuldades em obter números certos, não há dúvidas que desde a chegada dos primeiros europeus até o final do séc. XIX, 50 milhões de nativos morreram por causa das guerras, perda do ambiente onde viviam, mudanças no estilo de vida, doenças. Mas outros estudos apontam para 100 ou até 114 milhões de vítimas.

De acordo com o estudioso David Carrasco, em 1500 cerca de 80 milhões de pessoas ocupavam o Novo Mundo: em 1550 apenas 10 milhões de indígenas ainda sobreviviam. No México, havia cerca de 25 milhões de pessoas em 1500 enquanto em 1600 não sobravam mais de que um milhão de indivíduos.

Particularmente trágico foi o destino dos nativos da América do Norte: aqui morreram menos indígenas em termos absolutos, mas o impacto foi de longe mais devastador dado que o total inicial de nativos era bem mais reduzido. Em 1890 não sobravam mais de 250.000 indivíduos, 80 % (cerca de 1 milhão) da população original foi simplesmente exterminado.

“Dia da Memória” também para os nativos americanos? Não há.

Como

O genocídio dos nativos que povoavam a América do Norte (e que são normalmente conhecidos como índios), como vimos, começou alguns anos após a descoberta do Continente e terminou no limiar da Primeira Guerra Mundial, desenvolvido ao longo dum amplo período de tempo e dificilmente definível.

Os meios do genocídio têm sido vários: do massacre de inteiras comunidades por parte de exércitos regulares ou mercenários até a propagação intencional de doenças endémicas como a varíola. Lembramos as palavras do general britânico Jeffrey Amherst durante a revolta de Pontiac em 1763:

Fazem bem a tentar contaminar os índios por meio de cobertores em que dormiram doentes de varíola ou por quaisquer outros meios para exterminar esta raça abominável

Entre os outros métodos de genocídio havia também:

  • destruição do habitat
  • caça intensiva ao bisonte, fonte de sustento dos nativos
  • escravização e extermínio através do trabalho
  • massacres voluntários
  • provocar confrontos entre tribos e grupos étnicos
  • incendiar intencionalmente os frutos da terra
  • transmitir de forma involuntária novas doenças (contra as quais os nativos não tinham anticorpos)
  • libertação deliberada de varíola como arma biológica (além dos já citados cobertores, também oferta de comida contaminada)
  • esterilização forçada
  • actos voluntários de provocação e sacrilégio contra membros duma tribo para desencadear uma reacção violenta
  • guerra aberta, com o uso de tecnologias modernas, tais como metralhadoras
  • assassinatos secletivos de líderes carismáticos
  • assassinatos deliberados de crianças indígenas capturadas
  • propagação deliberada de alcoolismo entre os nativos
  • transferências com marchas forçadas em péssimas condições climatéricas e higiénicas

Muitos foram também os índios que morreram em guerras entre potências europeias que ocuparam o solo americano (Espanha, Império Britânico, França) e, posteriormente, durante a guerra de independência das colónias americanas. Nestes casos, os índios que tinham escolhido servir o lado perdedor (e, infelizmente, a maioria fez essa escolha como no caso dos Franceses ou permanecendo leais ao Império Britânico) sofriam as consequências.

Os colonos não perdiam nenhuma oportunidade para provocar os índios para que estes cometessem actos violentos, atraindo-os para brigas, violando os seus territórios de caça, exterminando o bisonte, vendendo-lhes álcool. Os povos indígenas destas terras tinha uma longa tradição guerreira e uma psicologia baseada no sentido de comunidade, portanto um mal feito a um membro duma tribo era para eles um acto contra a comunidade toda e desencadeava a reacção índia contra o “inimigo branco” (e essas reacções violentas contra os colonos eram na verdade muito mais perniciosas para os índios).

Outro pretexto que foi utilizado contra os índios foi acusá-los de “tradicionalismo irracional”, isso é, a hostilidade deles em recusar submeter-se a costumes e tradições que não lhes pertenciam e reivindicar direitos sobre enormes porções de terra (que, de facto, sempre lhes tinham pertencido).

A tudo isso era adicionada a ideia de que a história humana é feita de choques de civilizações e, portanto, uma sociedade mais “avançada” e mais poderosa tem o direito legal de utilizar qualquer meio contra culturas mais “fracas”; assim os índios, considerados inferiores aos anglo-saxónicos, não tinham o direito de impedir o desenvolvimento do futuro Estado americano.

Outro aspecto que pesa sobre a questão do genocídio na América do Norte é que os índios, ao contrário de outros casos semelhantes, não abdicaram passivamente dos direitos deles mas reagiram enfrentando corajosamente a violência dos colonizadores com continuas tentativas de libertação, compensando com astúcia e habilidade a enorme diferença de forças no campo, conseguindo não poucas vezes derrotar os adversários.

Como muitas vezes acontece, infelizmente, aqueles que reagem à violência com violência são vítimas do hipócrita pensamento pacifista, pelo que não é raro ver os nativos americanos no papel de “maus”, de guerreiros sanguinários; e “normal” e “justificada” parece a reacção dos colonialistas. Até poucas décadas atrás, Hollywood alimentava este quadro com produções historicamente absurdas nas quais os índios eram invariavelmente os maus da fita.

Porquê

Nos presentes dias deveria ser analisada a razão pela qual um evento tão trágico (e bem pior de outros “holocaustos”) recebe muito pouca atenção por parte das supostas “mentes abertas” da civilização moderna. E isso apesar dos índios ainda representarem uma das faixas mais desfavorecida da população dos Estados Unidos.

O rendimento médio semanal duma família indígena é de 30 Dólares (média nacional: 130 Dólares); a expectativa de vida é de 42 anos (média nacional: 67 anos); uma taxa de suicídio e de mortalidade infantil respectivamente 5 e 10 vezes a média nacional; 45% dos habitantes das reservas estão desempregados e 42% deles são analfabetos.

Ao mesmo tempo, os territórios das reservas são ricos em matérias-primas: 80% do urânio, 40% do petróleo, 75% do carvão extraídos em todos os EUA vêm das reservas, mas a exploração desses recursos é a prerrogativa de vinte grandes empresas, enquanto aos índios são reservadas apenas pequenas comissões.

Para aqueles que procuram uma fuga das reservas, a situação não melhora: tristes realidades dispersas na degradação urbana, poucos recebem ofertas para um emprego estável, a maioria vive marginalizada e desprezada, os descendentes das antigas tribos tornam-se alvo de drogas, alcoolismo e criminalidade.

Ou um nasce inteligente ou não há nada para fazer

Não é possível não realçar o enorme contraste com a comunidade judaica, cujos membros têm agora
importantes posições institucionais em muitos órgãos políticos e económicos, tanto ao nível nacional quanto naquele internacional; são donos de bancos, corporações, multinacionais, rádio, jornais e televisão.

Se compararmos a área-símbolo da comunidade judaica internacional, ou seja o Estado de israel, com as pobres e exploradas reservas indígenas, o contraste é impressionante.

E aqui pode ser encontrada a razão do esquecimento geral, pois tudo pode ser reconduzido a um mero cálculo económico e geopolítico por parte das potências imperialistas: lembrar o genocídio dos índios em nada favorece nem gera lucros, enquanto o genocídio judeu é útil para tais fins.

Todas estas razões são necessárias não apenas para entender o porquê do genocídio dos nativos americanos ficar “atrás” em relação a outros; mas também para entender que o holocausto dos indígenas da América do Norte ainda não acabou.

Ipse dixit.

Relacionados:
O genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos – Parte I
O genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos – Parte II
O genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos – Parte III
O genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos – Parte IV

Fontes: no último artigo da série.

38 Replies to “O genocídio dos povos indígenas dos Estados Unidos – Parte I”

  1. Pertenço a espécie do cinismo crônico, do holocausto indígena ao funcionamento do maior banco alemão na atualidade.Como não tenho mais palavras para descrever o cinismo da espécie humana, valho-me do desabafo colhido por Gilson Sampaio, no seu blog porque eu poderia dizer o mesmo:
    TERÇA-FEIRA, 3 DE MAIO DE 2016
    O QUE ESCREVER, QUANDO O QUE SE QUER É CHORAR?
    feicibuqui do Francisco Costa
    Há o compromisso de escrever, a vontade de escrever, mas o desânimo bloqueia idéias, trava os dedos, deixa na impaciência inútil do que espera e sabe que a pessoa amada não virá.
    Toda a farsa do golpe está desmontada.
    Antes havia uma errônea interpretação, proposital, para justificar um estupro político, mas depois de ontem, quando o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União afirmou literalmente que não houve pedaladas em 2015, já não há mais erro de interpretação, mas invenção, calúnia, mentira.
    Eduardo Cunha, diante do qual Marcola e Beira Mar são inocentes escoteiros, continua dando as cartas políticas, indicando nomes para ministérios, pretendendo ter de seu, via um laranja, o diretor da Polícia Federal.
    Malafaia ganhará cargo chapa branca, a Universal estará em um dos ministérios, muito provavelmente o de Ciência e Tecnologia, o que é a negação da ciência, substituindo os estudos da Genética e da Evolução, que permite o desenvolvimento de fármacos na guerra contra os micróbios, do melhoramento genético do gado e dos cultivares, o ataque ao câncer… Pela fábula dos bonequinhos de barro.
    Tudo começou em 2009, quando a Cia deu cursos de “Direito Político” a uma carreada de Procuradores do Ministério Público e Juízes de aluguel, introduzindo a estranha figura de crime lícito e crime ilícito, até então inexistente no nosso sistema legal.
    E o que é isso?
    Os norte americanos impõem uma política de terror, no Oriente Médio, onde vale tudo por petróleo, o que exigiu deste Estado terrorista a adaptação das suas leis, para conviver, dirigir e justificar isso.
    Crimes lícitos são aqueles que justificam o sistema, fortalecendo-o, passando a funcionar como um fundo de reserva, fortalecendo a posição do criminoso, politicamente, e que pode eventualmente ser usado se os criminosos ficarem em situação adversa.
    Isto justifica os presos e indiciados na Lava Jato e no STF, como justifica os “não vem ao caso”: Aécio, FHC, Álvaro Dias, Aloysio Nunes, Michel Temer, Eduardo Cunha… E mais todos os fascistas artífices do golpe.
    É isto que justifica as fortunas imensas de sheiks, califas e omãs, no Oriente Médio, receptadores das migalhas multinacionais, para dominarem sobre povos miseráveis, para bem recepcionarem os caças do império vomitando a morte.
    A outra arma norte americana, também usada no Oriente Médio, é a mentira e a manipulação da opinião pública, via mídia.
    Bastou Sadhan Houssein ter arroubos nacionalistas, querer estatizar a exploração, o refino e a comercialização do petróleo para o mundo ficar sabendo que o Iraque estava desenvolvendo a produção de armas atômicas de grande poder destrutivo, armas químicas letais e biológicas, capazes de por em risco toda a humanidade.

  2. CONTINUAÇÃO:Por mais quem Sadhan e toda a cúpula iraquiana negassem, isso justificou a invasão norte americana, matando mais de cem mil civis, destruindo toda a economia daquele país, para constatarem que não havia sequer instalações para pesquisas de armas nucleares, químicas e biológicas, que não havia cérebros (cientistas) iraquianos com conhecimentos suficientes para empreender essas pesquisas, mas o petróleo passou para as mãos das chamadas Sete Irmãs do Petróleo e empreiteiras norte americanas reconstroem o país, remuneradas pelos royalties que deveriam atender aos mutilados, órfãos e viúvas da guerra.
    No Brasil usam a mesma tática, criando pedaladas inexistentes em 2015, depositando fortunas na reputação de Lula, apontando ditaduras comunistas, bolivarianas e babaquices que tais, alimentando um povo propositalmente iletrado e pronto para ser dominado.
    Para exercer o poder local, mantendo os povos nas correntes da alienação, do comodismo, da apatia, servem-se, lá, das lideranças fundamentalistas religiosas, racistas, xenófobas, misóginas… Em fanatismo tanto que capaz de justificar massacres de “infiéis”, por degola ou tiros, ou de suicídios, transformando seres humanos em homens bombas, em nome de Alá, leia-se Exxon, Shell, Chevron…
    Aqui o golpe fará de miúdos vermes intelectuais, malafaias, felicianos, cunhas, maltas… Pastores de um infeliz rebanho doando trabalho, sangue e dízimos, em nome de Jesus, leia-se Exxon, Shell, Chevron…
    Lá um Talibã consolidado, aqui, um Cristalibã consolidando-se, variações de uma mesma barbárie.
    Mas resta um consolo: rigorosamente não há um só inimigo do império que não tenha sido fabricado por ele, nenhuma liderança inimiga que não tenha sido cúmplice, serviçal da Cia, a começar por Sadhan e Bin Laden.
    Os sistemas trazem em si as forças que o destruirão, é a lei natural, que o diga o velho barbudo.
    Passei a juventude resistindo a uma ditadura americanófila e agora, já no usufruto da terceira idade, quando me imaginei morrendo com um bom livro nas mãos, ameno, para conforto, ou científico, para atender a minha infinita curiosidade, talvez na estufa, entre folhas e flores, no atelier, brincando com azuis e amarelos, na construção dos verdes, quem sabe cometendo mais um conto ou um poema, surpreendo-me na trincheira, ainda que virtual, reagindo não mais a uma ditadura de americanófilos, mas de norte americanos casualmente nascidos aqui, cometendo o desplante de se dizerem brasileiros.
    Justo quando me pensei um velhinho lúdico e brincalhão obrigaram-me ao ódio novamente.
    Que assim seja!

    1. Maria!

      Uma pergunta: então?
      Deixamos de lado a questão "é golpe/não é golpe": vamos assumir que seja. Claro que neste caso estamos perante o pior acto que possa ser imaginado contra um Estado e, portanto, contra os cidadãos todos, sem exclusão.

      Estou farto do ler nos blogues brasileiros as choramingas diárias: "É golpe, é uma vergonha, coitada da Dilma, Lula é o nosso herói, etc.". Estamos todos aqui, agarrados aos computadores, para tentar descrever quanto má é a Direita (mas é preciso?). Mas além do correr dos dedos no teclado, o que há? Repito: assumindo que de golpe se trata, esta é a máxima ofensa que pode ser feita contra um povo.

      Aqui no blog, o último artigo sobre o Brasil teve nada menos que 73 comentários, nos outros blog há épicas batalhas entre os fieis dos vários partidos, seria de esperar que algo mais acontecesse, que os cidadãos fizessem ouvir a voz deles em Brasília também, se calhar organizando um movimento, falando com os políticos, algo do género. É isso que acontece? Duvido.

      Já sei, já sei: a culpa é dos media que estão todos do lado da Direita, há a CIA, há a Maçonaria, talvez os Reptilianos, sem esquecer os Portugueses. Desculpas. Álibis. Nada mais do que isso. Porque quando um povo quer mudar algo, consegue. Paga um preço elevado, mas consegue. Pode morrer mas morre não como escravos, lutando para algo.

      Aí ao lado há o exemplo das Madres de Plaza de Maio: elas conseguiram, porque foi também com o esforço delas que o regime foi derrotado. E era o regime da Direita mais infame, onde todos, mas mesmo todos os media estavam do lado da junta militar, sem excepção. Era o regime apoiado pela Igreja católica, com amizades na CIA. Pus o vídeo dos Invisible para mostrar como logo após o golpe não um cantor politicamente empenhado (estes geralmente fazem cair os colh… ehm, são um pouco aborrecidos) mas um simples grupo de Rock Progressivo não se dobrava; e seria possível encher não um mas vários blogues com exemplos de resistência activa. Aí ao vosso lado, na Argentina.

      Se este for um golpe, porque não há reacção? Esperam o quê?
      Porque o povo argentino conseguiu contra um inimigo bem pior e o Brasil o máximo que pode é encher os blogues de lamentações que só outros do mesmo partido irão ler?

      O que falta ao Brasil?
      (continua)

    2. (continua)

      A propósito, curta parêntese:
      "As minas destroem as florestas", ecologia, 5 comentários;
      "Argentina: até a Democracia, ida e volta", os vossos vizinhos, 3 comentários;
      "Síria, Ucrânia: dois massacres, duas atitudes", a manipulação dos media. 6 comentários;
      "Energias renováveis? Sim, mas…", energias renováveis, 2 comentários, dos quais um teu.

      Resumindo: a maioria dos Leitores "liga-se" só quando alguém mexe no PT, na Dilma, o resto pode ir para a sanita. Também isso diz algo (corolário: mas eu o que estou a fazer aqui se consigo "mexer" os Leitores apenas 1 vez por ano?).

      Então, Maria e Leitores brasileiros, como é?
      Continuemos a esconder a inacção atrás dos outros? Globo Tv, CIA, Maçonaria, Sionistas e Reptilianos? Ou admitimos que pode haver algo mais, algo que por uma vez não vem "de fora" mas está presente "no dentro"? E não falo só da nova classe média brasileira que, não esquecemos, é também fruto do trabalho de Lula.

      É uma pergunta retórica a minha, porque já tenho a resposta: tomem isso como apenas um desabafo 🙂

      Grande abraçoooooooooooooooo!!!

  3. Max eu percebo perfeitamente a idignação de Maria.
    Eu tive que aturar uma midia (ainda não havia internet), do mais abjecto, é ver para crer. De tanto bater e remeter algo que querem vender, só dá vontade de dizer basta* ok a terra passa a ser quadrada e o dizimo devia ser obrigatório*.
    Como estava lá vivendo com familiares e amigos sim, sim, só para parar de chatear. Que estão errados estão!
    São má gente? Não.
    Formatados pela nossa da divina enganação? claro.
    São felizes assim? uns poucos sim (e alguns inclusivé com a infilicidade dos restantes) a maioria nem tem tempo sequer para pensar nisso e a outra maioria passa fome váris vezes por dia/semana/mês vida etc.

    O que passa por dentro é a falta de um forte sentido organizacional para detetar problemas e acabar ou minimiza-los. Algo forte e não nacionalismos exacerbados ou jingoismo. Não é esquerda/direita e ismos é senso comum ou devia ser.
    Somos seres sociais(no mundo) com pequenas diferenças e objectivos comuns, a felicidade enquanto estamos no reino dos vivos(embora tentem sempre dividir). Será que não dá para ver que estando tudo interligado a coisa funciona melhor de uma forma positiva o bem comum influncia o bem individual.
    Cada vez vejo mais (promoção)individualimo e materialsmo, pois vão ser mais felizes assim? Para mostrar ou para viver.
    ps: saudades do Mujica

    Nuno

    1. Olá Nuno!

      Subscrevo na integra.
      Todavia, não posso não realçar como seja mesmo em regimes opressores e onde os media são censurados que surgem organizações que optam para a mudança. É isso que deveria acontecer no Brasil também, é isso que não vejo. O que vejo são forças de Direita que quer impedir a mudança, voltando para trás, e uma Esquerda que quer manter a sua posição de poder. Em nenhum dos dois casos há mudança e o Brasil fica assim refém dos dois -ismos.

      Abraçoooooooooo!!!!!

      (vou ver ronde fica Mujica)
      (Iowa???)

    2. Não é a esquerda que quer manter o poder. É a direita que não quer largar o osso, digo, o tutano, e com o devido apoio do capitalismo norte-americano corruptor, sim. O pouco de esquerda que tivemos em Brasil foi muito mais produtivo que o tanto que as direitas anteriores fizeram (quase nada!) pelo povo mais humilde. O amor que o povo tem ao Lula e à Dilma é por terem sido eles os que, após 21 anos de terrível ditadura militar (patrocinada pela cia, sim, como outras tais na América Latina) olharam para o pobre e resolveram dar um gás na moralização (principalmente Dilma Rousseff). Os eua nunca toleraram socialismo no mundo. Segundo eles, nenhum país tem o direito de defender suas próprias riquezas naturais, pois a maior potência bélica do planeta é dona absoluta de tudo e de todos. Aqui temos a rede globo que nasceu amparada por gov. militar e que anestesia o povo de baixa cultura, graças aos governantes apoiados pela tal rede de tv, que tb possui jornais. Virou um círculo vicioso, o veneno está tão entranhado que muitos não enxergam nada além do nariz. Para piorar a situação, temos rebanhos neo-religiosos guiados por lobos orientam até o voto dos inocentes. Nada que vocês não saibam, afinal.

  4. Deve ser por que o povo quando se une tudo consegue, deve ser por isso que o planeta inteiro está cada dia melhor. Desculpe Max, mas não é por aí.

    Há muita gente se mobilizando e tentando reverter o processo, mas porque será que você não recebe tais informações? Tudo bem, pode não ser a contento, concordo, mas a sociedade brasileira está definitivamente dividida. Existe gente se articulando dos dois lados.

    O pior que vejo, são aqueles trabalhadores que chamamos de trabalhadores braçais, estes sequer imaginam que estão aguardando votação mais de 50 projetos de lei que mudarão radicalmente a vida do trabalhador brasileiro. Querem mexer nas aposentadorias e pensões. Muitos são projetos semelhantes ao que vem ocorrendo na Europa. Tudo para muito pior, exatamente igual ao que aí ocorre. Temer tem se articulado com a FIESP e as coisas vão ficar espantosamente piores. Estes trabalhadores, cuja parcela significante é de pentecostais, não sabem de nada sobre estes projetos. Ninguém toca no assunto. E estes pedem a cabeça de Dilma simplesmente por que seus "líderes espirituais" – Cunha entre eles – assim desejam.

    O PT de fato se mancomunou com a escória da raça humana: banqueiros (daqui e de lá), PMDB, Paulo Maluf, Sarney, Cunha (a princípio), Calheiros… Orquestrou com movimentos sociais, empresariado, centrais sindicais, bolsa família… Privatizou, vendeu, concedeu… Pensava que seguindo o roteiro dos gananciosos teria garantido salvo conduto para governar, mas pelo que aprendi neste mundo, sei que a ganância nunca terá limites. O vício da ganância exige sempre doses maiores. O pessoal do PT não tem mais como satisfazer essa turma de viciados sem queimar definitivamente o filme com aqueles à quem traiu, seus eleitores. Temer tem se articulado para abarrotar o estoque do governo com alucinógenos que deixarão ligadões toda esta corja imunda. A droga oferecida que alegra estes doidões será a mesma que assola a Europa, austeridade. Lady Austeridade causa ereção até em nonagenários como Soros, Rockefeller e Rotschild.

    Se o PT é ruim, e de fato o é, o que vem por aí será muitíssimo pior. Por isso, ruim com Dilma, muito pior sem ela.

    1. Se está ruim tem que mudar, não pode haver medo de mudanças. Poderia ser com Dilma, Aécio ou qualquer outro que levasse o país a este ponto, vejam os indicadores sociais e econômicos (eles não são ideológicos). Infelizmente ou felizmente não temos como prever se será pior ou melhor ou se ao menos "será".
      Não há esquerda ou direita, há apenas interesses econômicos e quem paga por tudo isso é o cidadão de bem que trabalha e paga seus impostos. Impostos estes que servem para alimentar uma máquina de corrupção, sem (quase) nada revertido a população.
      Não sejamos "idiotas úteis"!!
      Eduardo.

    2. Bingo!@Eduardo.
      Se eu não gostasse tanto do vosso e em parte meu país, nem ligava tanto, mas dói. Devem ter, um país continente quase auto suficiente no principal. E não saem do mesmo…
      Quem dera a qualquer país da Europa ter a 5°maior superfície abundância de água, agropecuária, petróleo, gás (o unico lugar em que o etanol funcionou bem, para consumo interno) e pode-se continuar com muito mais.
      Os interesses económicos, claro.
      A serviço de quem ou que grupos?

      Nuno

    3. Eduardo; Temer & Cunha, com sinceridade, você acha que daí pode surgir algo menos nocivo do que o governo petista? Nada me dá medo, exceto Temer & Cunha. Você acha que caindo Dilma haverá mudanças (sim de fato elas ocorrerão), benéficas para o país? Pense bem. Não me diga que já estamos no fundo do poço, por que o poço pode se tornar ainda bem mais fundo, creio que você deve ter noção disso. O que ocorre na Europa é um exemplo claro. Os personagens que querem se apoderar do país não são sequer mais do mesmo, são a escória da vida pública brasileira. Não sei como não temer pelo futuro do Brasil com todo este cenário, com tudo que se articula nos bastidores.

      E sobre ideologia, nada do que escrevi um pouco mais acima pode ser definido como discurso ideológico. Agora só não entendi o "idiotas úteis", pois no meu entender, isso cabe pra os dois lados deste episódio. Não vejo nem um lado isento ou idôneo nestas movimentações. O PT por que de fato iludiu seu eleitorado e agora tenta voltar atrás com ações que lembram promessas de campanha, e o outro lado simplesmente por que, para mim, terá a capacidade (e se duvidar a obrigação) de aplicar algo muito nefasto para a saúde do país.

      Desculpe pelo meu pessimismo, mas é assim que sinto as coisas e o que tenho assistido pelo planeta me permite ser muito pessimista.

    4. Anonimo (infelizmente não sei seu nome),"idiotas úteis" são todos aqueles que lutam por pseudosalvadores, que defendem com "unhas e dentes" sistemas e pessoas que comprovadamente são nocivos à coletividade e na grande maioria das vezes nem sabem o que dizem.
      Entendo e respeito seu pessimismo, Cunha (esse já foi afastado), Temer, Aécio, Dilma, Lula, Renan, são todos iguais. Mas se não dermos o primeiro passo jamais "subiremos a escada". Ficar como está para ver como fica não me parece a melhor solução.
      Posso parecer um "idiota sonhador", mas o fluxo é que faz as coisas acontecerem, a estagnação cria monstros.
      Eduardo.

    5. Ruim com Dilma foi só para os grandes corruptos, a horda de políticos do tipo raposas velhas! Dilma deixou a Polícia Federal e o Ministério Público livres, totalmente livres, para investigar a corrupção e punir os criminosos. O lixo que estava sob os tapetes agora estão à mostra e o mal cheiro já chegou em todos os locais do mundo! Acontece que agora ficamos na retórica, graças talvez à má vontade dos que deveriam julgar sem favoritismo aos tais maus políticos e corruptores.

  5. Acontece por todo o lado:
    – legislação é feita à medida das multinacionais… milhões de empresas familiares vão à falência.
    .
    Mais, já há muito tempo:
    – quando se fala no (legítimo) Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones… nazis-económicos – desde há séculos com a bênção de responsáveis da Igreja Católica – proclamam logo: «a sobrevivência de Identidades Autóctones provoca danos à economia…»
    [nota: os nazis-económicos (nazis-à-USA) provocaram holocaustos massivos em Identidades Autóctones]

    1. Braço direito do temer, o breve! O líder do governo federal na Câmara dos Deputados é investigado também por homicídio. Pasmem!

  6. Õ nosso Max se superou quando diz: "quando um povo quer mudar algo, consegue"… Piada de mau humor… Para não se alongar, povos sempre foram condicionados em seus interesses pelo poder e sua dominância, seja por religião, política ou economia. Jamais, disse jamais, algum povo conseguiu, por mais de algumas poucas horas, não ser cooptado pelos segmentos dominantes na busca de suas verdadeiras necessidades.
    Continuaremos na mesma, e tendo três possibilidades de vida: sermos canalhas, alienados ou "loucos". Os dois primeiros, fomentadores da dominância e os últimos desprezados justamente por conseguirem enxergar esse mesmo sistema de fora para dentro.
    Minha geração "aprendeu" que índios eram inimigos e do mal. Brincávamos de Forte-apache onde o propósito era pegar um soldadinho branco e matar um índio. Era a doutrina, em forma de brinquedo didático (muito didático) à serviço do condicionamento humano.

    1. "Piada de mau gosto"?

      "Minha geração "aprendeu" que índios eram inimigos e do mal. Brincávamos de Forte-apache onde o propósito era pegar um soldadinho branco e matar um índio. Era a doutrina, em forma de brinquedo didático (muito didático) à serviço do condicionamento humano."

      E como é que agora Chaplin pensa de forma diferente? Aliás, como é que a maioria das pessoas hoje vê os índios de forma diferente? Foi uma operação sionista? Chaplin, por favor…

      As pessoas mudam, aprendem. E os povos são formados por pessoas. Ergo: os povos mudam. Pode ser preciso tempo, e muitíssimo até, mas mudam. A História está cheia de exemplos, é só procurar.

      Abraçooooooooooooo!!!!!!!!!!!

    2. Está feito o desafio! Me mostre quais os povos que conseguiram, verdadeiramente, se autodeterminarem ao longo da história.

  7. O PRINCÍPIO DOS PRINCÍPIOS CIVILIZATÓRIOS É O DA SUPREMACIA ONDE JUDEUS SÃO OS ESCOLHIDOS E OS NÃO-JUDEUS SÃO SEUS SEGUIDORES!
    ESSA A MAIOR DAS PROPAGANDAS CUJOS AUTORES SÃO OS PRÓPRIOS BENEFICIÁRIOS!

  8. Olá Max: acho que não precisaria dizer mais, dados todos os comentários acima…desculpem-me tanta prolixidade, da minha parte!
    E te digo algo muito forte: se sabes, como sabes, o que fiz na minha juventude, deves imaginar o que esteja eu fazendo nesse momento. E podes crer, não sou a única. Mas nunca fui vencedora, e sei que existe razões de sobra para voltar ao fracasso. As razões? Lê atentamente o que os comentaristas acima mencionaram, e saberás.
    Só tem uma coisa que eu gostaria de acrescentar: há uma profunda incoerência no inconsciente coletivo das pessoas, por um lado acreditam nas instituições, por outro, não sabem o que fazer quando as instituições se revelam apenas ferramentas do sistema que as oprime. Então, lutam contra os protagonistas nas instituições, e não conseguem se opor às instituições em si, que precisariam ser implodidas. A consequência desastrosa disto é acreditarem que mudando os protagonistas, a coisa melhora. Assim sendo, seus movimentos sempre ocorrem dentro da ordem instituída, são movimentos pacíficos. Eu penso diferente, preciso desenhar!?

    1. Maria!!!

      Claro que imagino o que andas a fazer 🙂
      Mas pergunto: quantos seguem o teu exemplo?

      O facto de nunca ter sido vencedora nada conta. Para já não concordo mesmo com a ideia de tu teres sido sempre perdedora, mas este é um discurso pessoal e aqui não interessa. Depois acho que quando se defende um valor, algo positivo, algo em prol não apenas da nossa pessoa mas a favor de todos, nunca se pode falar de "derrota". É um percurso, do qual podemos não ver o fim, mas para o qual contribuímos. Frustrante? Sim, pode ser. Mas necessário.

      Quanto ao recurso à violência. Complicada, é sempre uma escolha complicada. Não sou pacifista, mas é claro que a violência deve ser sempre a última escolha. O Brasil chegou a esta condição? Se assim for, então é extremamente grave, também porque demasiadas vezes as "revoluções" são feitas por conta de quem nem imaginemos: o risco existe sempre.

      Um povo tem o direito de levantar-se, utilizando todos os meios para libertar-se da escravidão? Sim, tem. É uma questão de auto-defesa e de preservação.

      Um povo tem o direito de levantar-se para favorecer uma das partes envolvidas num choque na arena política? Não, de todo. Quando para mudar é preciso sufocar a expressão duma parte dos cidadãos (que exprimiu-se com o livre voto), então faliu toda a estrutura que justifica a existência de qualquer das das partes políticas. Assim iniciam os totalitarismo, as ditaduras.

      Pessoalmente acho que o Brasil deveria nesta altura pensar seriamente em livrar-se de toda a corja, constituída não apenas pelos partidos mas também pelas instituições. Chega a altura em que é preciso um reset. É um "Ok, correu mal, agora pegamos numa folha em branco e vamos recomeçar". Chega uma altura em que as forças políticas parlamentares têm apenas a função de manter a mesma classe política, as mesmas estruturas podres: tornam-se um travão, até um inimigo do cidadão. Se bem interpretei o teu discurso, concordo contigo.

      Problema: quem? Entendo: quem está disposto a mexer-se?
      As políticas dos últimos anos facilitaram o aparecimento da classe média. Aqui encontras o maior obstáculo. Não é a CIA, não são os Portugueses, não são os sionistas: o problema principal está no interior do Brasil, algo que estou a repetir até a náusea (e sempre levo na cabeça).

      A classe média representará sempre a principal defesa da ordem constituída. A classe média representa aqueles cidadãos que foram extraídos da pobreza e aos quais foram entregues as migalhas que sobram da classe dominadora. São migalhas, um simulacro de bem estar, mas estão dispostos a morrer e a matar por elas.

      Quem facilitou sobremaneira o surgimento da classe média no Brasil? Não pergunto a ti, Maria, mas aos Leitores brasileiros que tenham a curiosidade de entender como é que o País deles chegou até este ponto. Em particular, para os Leitores de Esquerda: Fidel Castro criou uma classe média? Lenine criou uma classe média? Não? O Capitalismo, pelo contrário, cria uma abundante classe média.
      Mais nada.

      Grande abraçooooooooooo!!!!!

    2. Maria… as minhas desculpas pela intromissão.
      É verdade que a incoerência é uma característica do colectivo, mas não é menos verdade que a hipocrisia e o cinismo alimentam a incoerência.
      No que respeita à actual situação do Brasil, estou um pouco como o Max (o que escreve muito bem Português e não é Português… estou a brincar)não vai ser com Dilma e Lula que o Brasil vai avançar.
      Aliás, depois de tudo isto, se os "Brasileiros fizerem" com que Dilma e Lula permaneçam na liderança do País por mais "um monte de anos"… é a mesma coisa que assinar uma procuração com plenos poderes para eles fazerem o que bem lhes desse na "real gana".

      Cordiais cumprimentos

  9. Quase todos os comentários estão a favor do PT (disse "quase"): mas sinceramente não vejo como com Dilma possa haver mudança.

    Dilma representa não a mudança mas a manutenção dum esquema de poder baseado na contraposição entre Direita e Esquerda; quem for de Direita nunca mudará para abraçar o PT e o mesmo acontece com quem for de Esquerda. Isso é mais do que óbvio. Mas o que significa isso?

    Significa que o Brasil continuará dividido e fácil presa de forças desestabilizadoras, tanto interiores quantos exteriores; continuará vítima da corrupção endémica, do clientelismo, dos media com informação partidarizada, etc.

    Como escrevi num comentário anterior, no Brasil há forças de Direita que querem impedir a mudança, voltando para trás; e há forças de Esquerda que querem manter a actual posição de poder. Em nenhum dos dois casos há mudança e o Brasil fica refém dos dois -ismos. É uma situação ideal para manipular o Pais. Descer na rua e envergar uma bandeira do PMBD, do PSDB, do PP ou do PT é a maneira melhor para exacerbar as divisões internas e manter a actual fraqueza política do País.

    O que seria preciso é um movimento popular que possa afastar-se dos -ismos partidários. Porque se acham que Dilma poderá mudar o País contra a vontade exterior, então estão redondamente iludidos. Em primeiro lugar porque Dilma continuará a fechar os olhos perante alguns dos males mais profundos do Brasil (doutro lado está habituada: tinha feito o mesmo na Petrobras); em segundo lugar porque numa altura em que a Esquerda sul-americana está a perder força (ver os casos de Venezuela e Cuba, apesar da última não ficar no Sul) ninguém vai permitir que o Brasil escolha um outro rumo.

    A não ser que haja alguém capaz de unir os cidadãos com uma proposta "nova". E "nova" significa fora dos actuais esquemas partidários, porque imóveis, obsoletos e funcionais à manipulação estrangeira. Só com a força da maioria do povo pode ser possível alguma coisa, e mesmo assim não seria simples.

    Agora, ficando assim como estão, com as bandeirinhas vermelhas e continuando a culpar os Portugueses e a colonização de 200 anos atrás… boa sorte!

    Abraçooooooo!!!!

    1. Max, porque insiste com esta história de culpar os tugas? Apenas um, um único "gajo" fez tal comentário e foi devidamente criticado. Quanto aos ianques intrometidos, ninguém aqui é tolo para por a culpa de nossas mazelas unicamente nas costas deles (sabemos da nossa capacidade empreendedora), mas é inegável a participação do governo americano em inúmeras canalhices mundo afora. O blog mesmo tá repleto destas sujeiras. E as escutas estão aí para que ninguém tenha dúvidas. Desculpe mas já é hora de dar um tempo neste assunto.

      Este papo de acusar Portugal pela atual situação é do mesmo nível que acusa nordestinos de não saberem votar, apenas por terem dado maioria dos votos à Dilma. Nós, mais ao sul, é que sabemos votar. Assim de cabeça, lembro: Paulo Maluf, Sérgio Cabral, Moreira Franco, Zé Serra, Orestes Quércia, Reinaldo Pita, Garotinho, Alckmim e muitos mais. Muitos destes comprovadamente ladrões. O sul definitivamente é que sabe votar.

    2. Olá Anónimo!

      Acho que não segue o blog há demasiado tempo, não é? Porque caso contrário lembraria não do único gajo mas de vários gajos, todos brasileiros, que acusaram os tugas.

      Eu tuga não sou, pelo que poderia tranquilamente ignorar pois nem aquece nem arrefece. Mas acho fantástico que alguém tente justificar os males do presente unicamente com acontecimentos que acabaram 200 anos atrás.

      Sei que há Leitores que conseguem observar o seu País com destaque e imparcialidade. Todavia, a "vício" de culpar os outros é presente e de forma espantosa: tanto para fazer um exemplo, é exactamente o contrário do que se passa em Portugal (onde exageram no sentido oposto).

      Mas atenção, pois não há só tugas: há os EUA, a Maçonaria, os sionistas, os Illuminati, o NWO… tudo isso tem apenas uma consequência: generalizar e impedir que sejam tomadas medidas contra aqueles problemas que podem ser geridos e já, porque não dependem do exterior.

      Inútil falar de quanto maus são os máximos sistemas do planeta, no médio prazo torna-se um álibi para justificar a nossa falta de acção. Ao mesmo tempo, espalha um sentido derrotista ("Está tudo pré-determinado, inútil tentar algo") que pessoalmente odeio. Já há os órgãos de informação que tentam anestesiar, não vamos facilitar-lhes o trabalho, justo?

      Abraçoooooo!!!

    3. Max, admiro e sigo teu trabalho praticamente desde o início. Sei de quantos, vez por outra, aqui aparecem para apontar o dedo em riste contra os tugas. Creia, brasileiros em sua vasta maioria gostam muito dos portugueses. Não há como ser diferente, destes descendemos para o bem e para o mal.

      Quando aparecem destes seres amargos, repare nos likes & dislikes e, sobre tudo, nas respostas sobre seus comentários.

      No mais estou com o Chaplin: o sionismo é um mal, muito embora seja apenas mais um.

      Quanto as generalizações concordo plenamente com o sentido que você dá, mas não é por isso que aquelas tramas deixam de existir. Mais uma vez me refiro à tudo que aqui tenho aprendido. E olha que não é pouca coisa.

      Abraçooooo!

  10. Excelente post, muito obrigado por relembrar no seu blog este Genocídio levado a cabo pelos europeus.

    Aproveito para deixar a indicação de dois filmes muito bons sobre o tema:

    "Jerónimo – Uma lenda Americana" (Geronimo: An American Legend)
    "O Meu Coração Jaz em Wounded Knee" (Bury My Heart at Wounded Knee)

    E um excelente livro de fotografias sobre as Tribos e Índios da América do Norte:

    "The North American Indian", autor – Edward S. Curtis

    1. Procure ver também o filme "A Missão" de 1986, com Robert De Niro, Jeremy Irons, Ray McAnally.

  11. Se não percebemos sequer o quanto enxergamos o mundo pela ótica dos colonizadores e dominantes, como começaríamos reverter essas relações?

    1. Caro Max e os que compartilham de que o sionismo é apenas um dos males. Eis a chave do sistema da conquista do mundo. IMPEDIR A IDENTIFICAÇÃO PLENA DO CERNE DA DOMINÂNCIA. As grandes organizações, de âmbito mundial, leia-se corporações multinacionais e instituições estatais nacionais, alinhadas com os princípios sionistas, por opção ou por imposição, não são necessariamente sionistas, mas são submetidas aos seus estabelecimentos de ordens. O sionismo é apenas um ciclo desencadeado no séc. XIX, e derivado de outros grandes movimentos que serviram como elos para aproximação de vários grupos. Protestantismo, Puritanismo, Partidarismo, Iluminismo,Republicanismo, Liberalismo, Capitalismo, além de inúmeras sociedades paralelas e ocultas, fomentados pela falsa cabala judaica, determinantes, em seu conjunto, nas definições civilizatórias.
      Fico impressionado como, mesmo aqui, não se consegue enxergar isso…

  12. Oi Angelo, intrometa-se quando desejar nos meus pitacos, só me ajuda a pensar. Correto penso ser o que dizes, eu tenho alguns poréns, tanto para ti como para o Max. Pessoalmente deploro e acho graça, não sei o que vem primeiro, das pessoas no Brasil, e não só, referirem-se à direita e esquerda. O que aparece nem é de direita, e também não de esquerda…e explico o meu ponto de vista. Direita não é porque a oligarquia brasileira é escravagista, seria ótimo que fosse de direita, mas não é. E a maioria que se chama democrática e é chamada de direita pelos oponentes é apenas de mentalidade fascistóide, com todos os preconceitos que a índole fascistóide carrega, mas não se reconhece como tal. Por outro lado o pessoal que se diz de esquerda, no máximo é a favor de justiça social, só isso. Mas jura que é de esquerda, inclusive os intelectuais analfabetos ou alfabetizados. Quanto aos políticos, pior ainda: partidos são grupelhos de interesse provisório e fluído, também fora do meu país, sinal da ruína dos sistemas democráticos no mundo inteiro. Então, apoiar Dilma ou Lula, como eu apoio, significa apenas escolher o lugar de um mínimo de justiça social, um mínimo de garantia de Estado soberano, um mínimo de outra alternativa na composição de forças internacionais. O ideal de uma outra vertente, que eu chamaria libertária, não é impensável, inclusive tentada em níveis muito locais e delas eu participo ativamente, mas é impensada enquanto orientação nacional. E pior, dentro de uma conjuntura Lula Dilma, existe muito mais chances que pensar/viver o impensado do que dentro da conjuntura que se avizinha. E muito obrigada pela tua contribuição me permitir, cada vez mais explicitar e justificar meu ponto de vista, que é apenas a vista de um ponto, o meu.

Obrigado por participar na discussão!

This site uses User Verification plugin to reduce spam. See how your comment data is processed.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

%d bloggers like this: