Os falsos mitos da Jihad

Da Jihad islâmica já falámos no passado, mas o termo continua a ser utilizado por todos os media de
forma errada: parece que uma parte do mundo islâmico se encontra numa Jihad (entendida como “guerra santa”) contra o Ocidente. Mas assim não é e nem poderia ser.

Claro, os media têm a função de espalhar o medo e criar um inimigo: por isso pegam num termo árabe, descontextualizam-o e apresentam o nosso pesadelo diário.

Todavia, a nossa função é aquela de não cair no medo e tentar entender quem são os nossos verdadeiros inimigos (não é preciso ir muito longe, muitas vezes é suficiente pegar num espelho). Portanto, vamos acrescentar mais alguns pormenores acerca desta “terrível” Jihad.

A Jihad

Como relatado no citado artigo anterior, o termo Jihad não significa “guerra santa” mas sim “esforço”. E há duas Jihad: a Grande (ou Maior) Jihad e a Pequena (Menor) Jihad.

A Grande Jihad, que é de longe a mais importante, é o percurso que interessa exclusivamente o fiel muçulmano, pois trata-se dum esforço espiritual interior para contrariar os impulsos do ego. Simplificando, a Grande Jihad significa seguir os cinco pilares do Islão:

  1. Namaz (recitar as orações)
  2. Sawm (executar o jejum durante o Ramadão)
  3. Shahada (dar testemunho de fé)
  4. Zakat (dar esmola)
  5. Hajj (realizar a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida).

A Pequena Jihad, vice-versa, é um esforço militar de auto-defesa (no Corão nunca é prevista a difusão do Islão com a guerra).

Existem depois outras interpretações da Jihad, dadas pela teologia muçulmana:
  • pronunciar-se contra um governante opressivo (Sunan de Abu Dawud, Livro 37, Número 4330);
  • ir para o Hajj, a peregrinação a Meca: para as mulheres, esta é a melhor forma de Jihad (Sahih de Bukhari, Volume 2, Livro 26, Número 595);
  • cuidar dos pais idosos. 
  • estudar os textos sagrados
  • perdoar uma pessoa que agiu mal
  • participar activamente na comunidade
  • parar de fumar.

Tudo isso é Jihad. E, como é possível constatar, em nenhuma dessas definições aparece o conceito de “guerra santa” tal como tem sido descrito no Ocidente ao longo de anos, como se a Jihad fosse uma espécie de Cruzada ao contrário, um conflito com o objectivo de converter o mundo inteiro ao Islão através da espada.

Pelo contrário, o Corão coloca a defesa das pessoas, da comunidade e de todos os Muçulmanos como base fundamental de qualquer ação militar. Neste sentido, é permitido o uso da força exclusivamente como legítima defesa, para proteger a liberdade dos Muçulmanos de poder praticar a fé deles e contra a opressão de qualquer tirano ou para punir um inimigo que quebrou um juramento (traição).

Em contrapartida, uma acção militar que tenha como objectivo obrigar os infiéis à conversão, conquista de outras Nações ou territórios para ter um ganho económico, não pode ser considerado como Jihad (Corão, Sura II, versículo 256).

A Jihad como acção defensiva é certamente a vertente mais violenta mas existem regras muito rígidas que não podem ser evitadas:

  • deve ser proclamada por um líder religioso
  • deve sempre ser defensiva, por isso é a outra parte que deve começar as hostilidades
  • os inocentes não devem ser assassinados
  • antes de chegar ao conflito, qualquer outra forma pacífica deve ser tentada
  • mulheres, crianças e idosos não podem ser feridas ou mortas
  • é proibido envenenar os poços de água (guerra química primitiva)
  • as mulheres não devem violadas
  • não deve ser proporcionado prejuízo à propriedade alheia (casas, etc)
  • os inimigos devem ser tratados com justiça

Considerando esses pontos, ficam claras as diferenças entre a verdadeira Pequena Jihad e as acções militares ofensiva que vários grupos extremistas como os terroristas radicais do Isis ou de Boko Haram. Simplesmente, estes não são jihadistas e nem respeitam os preceitos do Corão.

As 72 virgens

Praticamente todos os Muçulmanos acreditam que a legítima defesa do Islão envolve recompensas no Além. A base desta crença foram as palavras de Maomé antes da batalha de Badr:

Eu juro por Aquele que detém nas mãos a alma de Maomé que Deus fará entrar no Paraíso todos os que hoje combatem e serão mortos com sofrimento na dura prova matam os inimigos vai lutar e morrer no sofrimento procurando o consentimento de Deus, avançando e não recuando.

A recompensa seria constituída, na óptica ocidental (e, verdade seja dita, também entre os Muçulmanos menos cultos), por 72 virgens, rios de leite e mel, abundância de fruta fresca e outras amenidades.

Na verdade, o Corão nunca fala de 72 virgens mas de Huri (e nem cita o número): espíritos parecidos com mulheres jovens (cuja natureza seriam o açafrão, o âmbar, a cânfora, etc.), manifestações físicas de ideais, que não envelhecem, que servem como companheiras fiéis, transparentes até a medula dos seus ossos.

Portanto, algo diverso das 72 prostitutas da imaginação popular.
E no Paraíso há também espíritos masculinos, os ghilmān (Corão, Sura LII, v. 24). Pelo que, um mártir arrisca…

O martírio

E a propósito de mártires.

A maioria dos estudiosos islâmicos rejeita o martírio pela simples razão que o suicídio é pecado no Islão, tal como no Cristianismo. E os estudiosos concordam acerca do facto que as operações de martírio (como fazer-se explodir) são equivalentes ao pecado de suicídio. Além disso, a morte de civis é um pecado e a Sunna (o “caminho recto”) não permite nem uma coisa nem outra.

A ilegalidade das operações dos homes-bomba é clara:

Qualquer pessoa que deliberadamente se atire dum monte para se matar, vai ficar no Fogo [no Inferno islâmico, ndt], caindo nele eternamente e aí permanecendo para sempre; e qualquer um que beba veneno para matar-se vai traze-lo com ele para bebe-lo no Fogo, onde permanecerá para sempre; e qualquer um que se mate com armas de ferro trará consigo facadas no abdómen para o Fogo, onde permanecerá para sempre. (Bukhari 7: 670)

É claro que as nossas ideias acerca de Jihad, virgens e martírio pouco ou nada têm a ver com os preceitos originais do Corão ou das interpretações dos mais distintos teólogos muçulmanos. Como consolação, há diversidade nos pontos de vista interiores ao mesmo Islão.

‘Abd Allāh Yūsuf al-‘Azzām, por exemplo, é um fundamentalista palestiniano, inspirador das teses de Osama Bin Laden e de Ayman al-Zawahiri (o sucessor de Bin Laden). Yūsuf al-‘Azzām é uma figura importante porque, contrariando os preceitos originais, tem radicalizado algumas vertentes islâmicas. Por exemplo, admitindo a Jihad ofensiva:

A jihad contra os infiéis é de dois tipos: a Jihad ofensivo (onde o inimigo é atacado no seu território) […] e a jihad defensiva. (Abdullah Yusuf al-‘Azzām, Defesa das terras islâmicas: a primeira obrigação de acordo com a )

Como vimos, algo contrário aos ensinamentos do Corão e não só.
Afirmar que a Jihad ofensiva, a “guerra santa”, é um dos pilares do Islão é como dizer que na base do Cristianismo está a Inquisição.

Os mártires do Islão são indivíduos manipulados, que ficam longe dos ensinos originais do Islão, os mesmos que regulam a vida da esmagadora maioria dos Muçulmanos. Um “kamikaze jihadista” é muito simplesmente uma pessoa que não conhece o Islão.   

Mas acerca disso há algo importante que tem que ser realçado.

Os Wahabistas

‘Abd Allāh Yūsuf al-‘Azzām, após o doutoramento no Egipto, foi para a Jordânia, donde foi expulso por causa da sua visão radical. Mudou-se então para a Arábia Saudita onde foi bem acolhido pelo Rei Faisal. Não é um acaso: a casa real saudita, tal como todas as monarquias do Golfo, é wahabista (e Bin Laden, membro da casa real saudita, era Wahabista, tal como os Talibãns do Afeganistão).

O Wahabismo é o ramo mais atrasado do Islão, há muito indicado como fonte do terrorismo internacional (European Parliament identifies Wahabi and Salafi roots of global terrorism; Terrorism: Growing Wahhabi Influence in the Unites States); é acusado de ter provocado divisões no seio do Islamismo (considera os não-wahabistas como apóstatas: na prática são apóstastas a enorme maioria dos Sunitas e todos os Xiitas, quase todos os Muçulmanos); é acusado da destruição de monumentos históricos (exactamente o que faz o Isis), construções islâmicas não wahabistas e não islâmicas.

Obviamente, os wahabistas (Arábia Saudita, Oman, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar, Barhein) são os melhores aliados ocidentais no Oriente Médio. São eles os Árabes que investem as maiores quantias de dinheiro nas Bolsas do planeta. Não admira que as nossas ideias acerca do Islão sejam um pouco “confusas”.
E o Isis também é wahabista.

 O Achtiname de Muhammad

Para completar o discurso acerca da Jihad e o Islão, eis um documento muito antigo, o Achtiname de Muhammad, também conhecido como o Pacto ou Testamento do profeta Maomé: trata-se dum documento escrito pelo profeta islâmico Maomé.

Achtiname é uma palavra persa que consiste em duas partes: آشتی (Ashti) que significa paz e نامه (Nameh), que significa Livro ou Carta; portanto, Ashti + Nameh آشتینامه tem o sentido de “Livro ou Carta da Paz”.

Segundo a tradição dos monges de S.ta Catarina do Sinai, Muhammad frequentava o mosteiro deles e tinha excelentes relações e discussões com os padres. Com o Achtiname, o Profeta concedia pessoalmente no ano 626 d.C. direitos e privilégios  todos os Cristãos,  “distantes ou próximos”.

De facto, o documento consiste de várias cláusulas sobre temas como a protecção dos Cristãos que vivem sob o domínio islâmico, bem como dos peregrinos a caminho de mosteiros, a liberdade de culto e de movimento, a liberdade de nomear os seus próprios juízes e de possuir e manter as suas propriedades, a isenção de taxas e do serviço militar e o direito à protecção em caso de guerra. O documento é assinado com a palma da mão do profeta.

Conhecido no Ocidente desde 1557, com os relatos do monge francês Greffin Affagart, foi mais tarde publicado em Latim por Gabriele Sionista em 1630 com o nome de Testamentum et pactiones inter Mohammedem et Christianae fidei cultores. E o Achtiname não é o único documento no seu género: como exemplo, pode ser citada a Carta de Maomé aos Cristãos de Najrān (Arábia Saudita). 

O seguinte texto é baseado na tradução de Anton F. Haddad, de 1902, considerada a melhor.

Esta é uma carta que foi escrita por Muhammad Ibn Abdullah, o Mensageiro, o Profeta, o Fiel, e que é enviada a todas as pessoas como palavra de Deus [Allah, ndt] para as Suas criaturas.

Pois Deus é o Poderoso, o Sábio.

Esta carta é dirigida aos embaixadores do Islão, como uma aliança dada aos seguidores do Nazareno [Jesus era reconhecido pelo profeta Muhammad como seu igual e os Muçulmanos costumam indica-Lo como Nazareno, ntd], no Oriente e no Ocidente, para aqueles próximos e longínquos, árabes e estrangeiros, conhecido e desconhecidos.

Esta carta contém o juramento dado a eles [os seguidores do Nazareno, ndt] e aquele que desobedece ao que está escrito será considerado um rebelde e um transgressor da fé. Será considerado como aquele que corrompeu o juramento de Deus, ou a Sua vontade, que rejeitou a Sua autoridade, desprezado a Sua religião, e tornou-se digno da Sua maldição, seja ele um sultão ou qualquer outro crente do Islão.

Sempre monges, fieis e peregrinos se reúnam, seja numa montanha ou num vale, toca ou lugar frequentado, ou simples, ou igreja, ou em locais de culto, na verdade Deus está sobre eles e os protege, e Ele protege a propriedade e a moral deles, até de mim mesmo, dos meus amigos e dos meus assistentes, porque estão sujeitos à minha proteção. Eu isento-os de actos que os possam perturbar; encargos que são pagos por outros como juramento de fidelidade. Eles não devem entregar nada dos seus rendimentos, mas o que lhes agrada, não devem ser ofendidos ou perturbados, ou forçados ou obrigados. Os seus juízes não devem ser modificados ou impediu de realizar os seus ofícios, nem os monges perturbados no exercício da sua ordem religiosa, ou pessoas de clausura serem presos na casa das suas celas. Ninguém está autorizado a pilhar os peregrinos, ou destruir ou arruinar uma das suas igrejas ou casas de culto, ou tomar qualquer das coisas que são estas no interior destas casas e levá-lo para a casa do Islão. Quem tirar delas, vai ser aquele que corrompeu o juramento de Deus, e, na verdade, desobedece ao Seu Mensageiro.

As taxas não devem ser colocados sobre os seus juízes, monges, e sobre aqueles cuja ocupação é a adoração de Deus; nem qualquer outra coisa pode ser tomada deles, quer seja dum bem, um imposto ou uma lei injusta. Em verdade, eu vou manter a unidade deles, onde quer que estejam, no mar ou em terra, no Oriente ou no Ocidente, no Norte ou no Sul, porque eles estão sob a minha proteção e o meu testamento dá-lhes a minha segurança contra todas as coisas que são abominadas. Nenhum imposto ou dízimo devem ser recebidos por aqueles que são dedicados à adoração de Deus nas montanhas, ou daqueles que cultivam a Terra Santa. Ninguém tem o direito de interferir com o negócio deles, ou tomar qualquer acção contra eles. Na verdade, isso é para qualquer outra coisa e não para eles; em vez disso, nas estações do cultivo, deve ser dado um Kadah por cada Ardab [cerca de cinco toneladas e meio, ndt] de trigo como um fundo para eles, e ninguém tem o direito de dizer que isso é demais, ou pedir-lhes para pagar impostos. Para aqueles que possuem propriedades, os ricos e os comerciantes, as taxas que podem ser aplicadas não deve exceder doze Dirham [moeda da época, ndt] por pessoa por ano.

Não pode ser obrigado ninguém a iniciar uma viagem, ou ser forçado a ir para a guerra  ou ao uso das armas por conta dos Muçulmanos, qualquer um tem que lutar pelas suas razões, não as dos outros. Os seguidores do Islão não devem fazer disputa ou discutir com eles, mas regular-se segundo os versos gravados no Corão. Eles não devem ser forçados a transportar armas ou pedras; mas os Muçulmanos devem proteger-los e defendê-los contra os outros. Se uma mulher cristã for casada com um Muçulmano, o casamento não deve ter lugar a não ser após o consentimento dela, e ela não deve ser impedida de ir à sua igreja para a oração. As suas igrejas devem ser honradas e não deve haver nenhum obstáculo na construção de locais de culto ou reparação do seus conventos.

Cabe a cada um da nação do Islão não contradizer e respeitar o juramento até o Dia do Juízo e do Fim do Mundo. 

Sem dúvida é algo muito distante dos fanáticos utilizados nos combates ou nas acções terroristas: o Islamismo é uma religião tolerante, mais do que o Cristianismo do Novo Testamento (para não falar do Hebraísmo).

Do Corão:

Sura II, 62 Os fiéis, os judeus, os cristãos, e os sabeus, enfim todos os que creem em Deus, no Dia do Juízo Final, e praticam o bem, receberão a sua recompensa do seu Senhor e não serão presas do temor, nem se atribuirão. 

Sura III, 199 Entre os adeptos do Livro [Cristão, Hebraicos e Muçulmanos, ndt] há aqueles que crêem em Deus, no que vos foi revelado, assim como no que lhes foi revelado, humilhando-se perante Deus; não negociam os versículos de Deus a vil preço. Terão sua recompensa ante o seu Senhor, porque Deus é Destro em ajustar contas.

Sura V, 47 Que os adeptos do Evangelho julguem segundo o que Deus nele revelou, porque aqueles que não julgarem conforme o que Deus revelou serão depravados.

Esta último é particularmente interessante porque nela Maomé admite que os Cristãos possam continuar a seguir os preceitos do Evangelhos: podem encontrar algo semelhante no Cristianismo?

Sura XXIX, 46 E não disputeis com os adeptos do Livro, senão da melhor forma, exceto com os iníquos, dentre eles. Dizei-lhes: Cremos no que nos foi revelado, assim como no que vos foi revelado antes; nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos submetemos. 

Portanto, o Corão encara Cristãos e Hebraicos como fiéis que erram, pois não seguiram o caminho ditado pelo Livro (a Torah e os Evangelhos, mais no geral: a Bíblia). Isso ajuda a entender o Achtiname e todos os documentos similares de Maomé: mesmo errando, Cristãos e Hebraicos são pessoas que receberam a palavra de Deus e, portanto, não podem ser perseguidos. O único que pode julgar e, eventualmente, intervir é Deus, não o homem.

Isso não deve surpreender pois, como já afirmado, existem outros documentos parecidos: a citada Carta aos Cristãos de Najrān (contida nas Crônica de Seert) e a Constituição de Medina são outros exemplos de como a tolerância religiosa esteja na base do Islão (desde que este não seja a versão wahabita…).

Infelizmente, como demasiadas vezes aconteceu na História, os princípios religiosos foram e ainda são interpretados de forma instrumental, com as consequências que podemos observar. Pouco ou nada sobra dos ideais evangélicos na nossa sociedade e também no caso do Islão a situação é muito complicada. Juntamos a isso a ignorância ou a preguiça da maioria das pessoas que acreditam só naquilo que relatam os media e eis que o inimigo está encontrado.

Hoje, um jornalista pode escrever num diário dos Estados Unidos que “a Jihad no sentido de expansão territorial sempre foi um aspecto central na vida muçulmana” e ninguém encontra nada a dizer: apesar desta ser uma idiotice de todo o tamanho, é tranquilamente aceite como sendo “verdade histórica”.

Ipse dixit.

Fontes: no texto.

26 Replies to “Os falsos mitos da Jihad”

    1. Sim, tinha encontrado algo também acerca disso. Até vi na televisão um ministro inglês dizer que tinha chegado a altura de controlar mais porque os terroristas etc. etc..
      Tudo normal, na senda do previsível.

      Abraçooooo!!!!!

    1. Falo da renúncia à fé islâmica. Falam horrores sobre o que pode ocorrer com os apostatas na fé islâmica. Esta sempre foi uma dúvida minha.

      Expedito.

    2. Ah, ok, entendi.

      A apostasia não é punida no Corão que, pelo contrário, define a liberdade religiosa:

      Sura II, vers. 256: Não há imposição quanto à religião.
      Sura XVIII, v. 29: E diz: a verdade emana de vosso Senhor. Então, quem quiser que creia, e quem quiser que renegue a fé.

      Bastante claro. Mas o debate existe e é complicado pelo facto da acusação de apostasia ser utilizada para eliminar adversários políticos, mesmo que sejam islâmicos: é o caso de escritor egípcio Nasr Abu Zaid ou do intelectual do Bangladesh Taslima Nazrin. Portanto, a apostasia como arma política.

      O problema é mais forte nos Países menos tolerantes: a Arábia Saudita e o Irão. Do lado extremo encontramos a Indonésia, onde existe a Pancalisa (liberdade para as 5 religiões) e onde é possível encontrar famílias misturadas de muçulmanos, cristãos, hindu etc.

      A apostasia comporta a morte nos Países intolerantes, que são aqueles onde o Estado se funde com a religião (teocracia): como afirmado Arábia Saudita, Irão e podemos também acrescentar o Sudão. Aí o apostata arrisca, sem dúvida: a Arábia, por exemplo, nem retificou a Declaração dos Direitos Humanos.

      Claro que também o extremismo islâmico (Isis) prevê a pena de morte para os apóstatas, mas isso não admira. Neste caso, os fundamentalistas manipulam o Corão lembrando a luta de Maomé contra os pagãos e colocam a apostasia como sendo parte desta luta.

      É manipulação porque esquecem o contesto histórico de Maomé, porque a apostasia não tem nada a ver com o paganismo e porque, como vimos, o mesmo Maomé foi muito claro quanto ao assunto. O resultado é que segundo estes extremistas é correcto matar um cristão, uma pagão, um apostata mas até um muçulmano não particularmente devoto.

      O problema da apostasia não se coloca nos Países islâmicos onde exista uma Constituição secular (a maioria dos Países, para boa sorte). Mas o assunto volta à tona neste período porque a propaganda extremistas (mais uma vez: Isis & C.) nem quer ouvir falar de apostasia.

      Não acaso, aos Países citados antes (Arábia, Irão e Sudão) temos que acrescentar aqueles onde o extremismo é mais forte: Afeganistão e Paquistão. Todos este são os Países onde é aplicada a Sahria, onde não há separação entre religião e direito.

      Historicamente, a apostasia não foi um problema desde o tempo do Califa Omar (581-644 d.C.) que não aplicava a pena de morte nem contra os inimigos do Islão. Por isso também nunca foi aceite tranquilamente no Islão.

      Os mais recentes casos de pena de morte por apostasia:
      – 2011, Youcef Nadarkhani (Irão), apostasia
      – 2013, Raif Badawi (Arábia Saudita), apostasia (na verdade: homicídio político, pois Raif era um blogger crítico contra a casa real)
      – 2014, Meriam Yehya Ibrahim Ishag (Sudão), apostasia e adultério
      – 2014, Samira Saleh al-Naimi (Estado Islâmico), apostata (na verdade: homicídio político, pois Samira era jornalista e defensora dos direitos humanos).

      Abraçooooo!!!!

  1. Parece que turcos derrubaram caça russo hoje. Putin fala em ter sido apunhalado. Até quando vão fingir sobre o que ocorre no oriente médio?

    Expedito.

    1. Pois, difícil que Putin deixe passar isso sem nada fazer.

      Ainda não é claro onde estivesse o avião (na Síria? Na Turquia?), mas acho que não interessa muito: é claro que não podia ser um avião do Isis (que não tem aviação) e nem curdo (idem), pelo que quem ordenou para disparar (o presidente da Turquia) fez isso bem sabendo o que o meio poderia ser ou russo ou iraniano. Parece-me também esquisito o facto da aviação turca não ter reconhecido um avião russo (que tem uma estrela vermelha bem visível) nos 5 minutos durante os quais tentaram contacta-lo (tal como dizem).

      Também é muito curioso o facto dos Turcos abaterem o avião dum País empenhado contra o inimigo comum. Teoricamente comum, entendo…

      Trata-se de provocar Moscovo de todas as formas possíveis, esperando que seja a primeira a atacar e justificar assim uma retaliação da Nato. Putin pode ser não ser um génio, mas de certeza não é tão parvo assim.

      Abraçoooo!!!!

  2. Do elogio do mulo até a Otan dando sinal verde para ataque ao avião russo, os EUA decididamente chegaram a conclusão que a solução para salvar o império só pode ser guerra total…mas Putin não quer (ainda)
    Com a palavra Pepe Escobar:
    "Mais uma vez, a Rússia foi direto ao ponto. Bombardear a rede de transporte – os comboios de caminhões carregados de petróleo contrabandeado, não a infraestrutura instalada do petróleo. Assim, com o tempo, os contrabandistas de petróleo terão de cair fora dobusiness.
    A razão chave pela qual o governo Obama jamais antes pensara nessa possibilidade é a Turquia. Washington precisa de Ancara, membro da OTAN, para continuar a usar a base aérea de Incirlik. E há a sensibilíssima questão de quem lucra com a operação de contrabando de petróleo do Daesh.
    Gursel Tekin, do Partido Socialista Turco já provou que o petróleo contrabandeado pelo Daesh é exportado para a Turquia pela BMZ, empresa de navios controlada por ninguém menos que Bilal Erdogan, filho do “Sultão” Erdogan. No mínimo, é violação da Resolução n. 2.170 do Conselho de Segurança da ONU. À luz da mensagem de Putin – de que irá à caça de qualquer entidade envolvida no processo de facilitar a operação do Daesh, o clã Erdogan bem fará se tratar de providenciar alguma desculpa bem boa."

  3. Wahhabi é um termo usado de forma pejorativa. Arábia Saudita não é "Wahhabi", é "Madkhali". O Estado Islâmico é Salafista, em seus textos e fatwas percebe-se a influência Salafi, Ibn Taymiyya, Ibn Qayyim e Muhammad ibn Abd al-Wahhab, além das quatro escolas Islâmicas (Hanafi, Hanbali, Shafi'i, Maliki).

    Basicamente o EI busca fazer ressurgir os primórdios do Islã em sua forma mais "pura", com práticas que atualmente não são mais observadas. Rejeitando qualquer inovação (bid'ah). É um regresso ao estilo de vida de Maomé e seus Companheiros. Prova disso é a restauração do Califado, destruído na Primeira Guerra Mundial, regrado pela Sharia.

    Os cristãos e judeus, só gozam de proteção em terras muçulmanas se pagarem o imposto (Jizya), caso contrário podem ser combatidos, uma vez que são considerados "kuffar", tudo é claro com embasamento no Corão.

    1. Olá Anónimo!

      Pelo que sei, o Madkhalismo encontra-se em plena fase descendente, ao ponto que o maior número de fiéis fica fora dos Países muçulmanos (nomeadamente na Europa).

      [fonte:
      http://www.brookings.edu/~/media/research/files/papers/2012/5/02%20libya%20ashour/omar%20ashour%20policy%20briefing%20english.pdf%5D

      Os Wahabismo é também uma corrente minoritária no seio do Islão e limitada a poucos Países, todos na zona do Golfo: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrain, Kuwait.

      A maior parte dos sunitas do Qatar, por exemplo, são Wahabistas (46.87% de todos os cidadãos do País), assim como 44.8% dos cidadãos dos Emirados, 5.7% do Bahrain e 2.17% do Kuwaits.

      [fonte:
      http://gulf2000.columbia.edu/images/maps/GulfReligionGeneral_lg.png%5D

      Acerca da casa real saudita: acho poderem existir poucas dúvidas acerca do relacionamento entre Arábia Saudita e wahabismo. A aliança entre os seguidores de Ibn Abd al-Wahhab (o fundador do movimento wahabista, 1703 – 1792) e os sucessores de Muhammad ibn Saud (a Casa de Saud) provou ser uma aliança bastante durável: os ensinamentos de Mohammed ibn Abd al-Wahhab são hoje patrocinados pelo Estado e constituem a forma oficial do islamismo sunita na Arábia Saudita do 21º século.

      [fontes:
      http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/saudi/analyses/wahhabism.html;
      http://historyofislam.com/shaykh-ibn-abdul-wahhab-of-najd/
      http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/09/04/AR2006090401107.html%5D

      Acerca da taxa. Verdade, os não muçulmanos pagam a Jizya, mas não pagam outra taxa, o Zakat, que é só para os Muçulmanos.

      Acho que os povos originários da América Latina teriam preferido pagar uma taxa para manter-se vivos e em boa saúde. Mas os Cristão não tinham a mesma ideia: tomaram todas as riquezas deles e, como bónus, exterminaram-os.

      Abraçoooooo!!!!!

    2. Aí que está a confusão, o Madkhalismo é taxado de Wahhabi, pois é um termo pejorativo utilizado principalmente pelos Xiitas. Os Sauditas patrocinam o Madkhalismo, o Madkhalismo dá o suporte e as condições necessárias para os governantes no Oriente Médio e na Europa governem sobre os muçulmanos, pregam que o muçulmano não deve se rebelar contra seus governantes (chamam de khawaarij aqueles que discordam), que jihad não é obrigatória, que o muçulmano não precisa observar os 5 pilares do Islã, mesmo que este cometa kufr poderá ser salvo, etc. Se não fosse isso, os governantes Sauditas e a maioria dos governantes seculares, militares já teriam sido varridos há muito tempo.

      Não sei se os povos da América Latina teriam a opção do Jizya, creio que só se aplica ao Povo do Livro. No caso deles seria conversão, exílio ou morte.

      Abraço!!

    3. Desculpe Anónimo, não entendo: a aliança entre wahabismo (aquele fundado por Mohammed ibn Abd al-Wahhab) e a casa saudita começa já no XVIII século…

      Os Madkhalistas são um grupo de salafistas extremistas, seguidores de Rabi al-Madkhali, que fundamentalmente afirmam ser os únicos que entenderam o Islão, enquanto todos os outros erram. São salafistas como os Wahabistas, mas ainda mais radicais.

      Pode explicar? É que eu também estou aqui sobretudo para aprender, obrigado!

      Abraçoooooo!!!!!

    4. Quotes from Quran

      Qur'an (8:12) – "I will cast terror into the hearts of those who disbelieve. Therefore strike off their heads and strike off every fingertip of them"

      Qur'an (17:16) – "And when We wish to destroy a town, We send Our commandment to the people of it who lead easy lives, but they transgress therein; thus the word proves true against it, so We destroy it with utter destruction."

      Qur'an (4:76) – "Those who believe fight in the cause of Allah…"

      Quran (9:38-39) – "O ye who believe! what is the matter with you, that, when ye are asked to go forth in the cause of Allah, ye cling heavily to the earth? Do ye prefer the life of this world to the Hereafter? But little is the comfort of this life, as compared with the Hereafter. Unless ye go forth, He will punish you with a grievous penalty, and put others in your place."

      Quran (2:191-193) – "And kill them wherever you find them, and turn them out from where they have turned you out. And Al-Fitnah [disbelief or unrest] is worse than killing…
      but if they desist, then lo! Allah is forgiving and merciful. And fight them until there is no more Fitnah [disbelief and worshipping of others along with Allah] and worship is for Allah alone. But if they cease, let there be no transgression except against Az-Zalimun (the polytheists, and wrong-doers, etc.)"

      Quran (3:56) – "As to those who reject faith, I will punish them with terrible agony in this world and in the Hereafter, nor will they have anyone to help."

      Quran (3:151) – "Soon shall We cast terror into the hearts of the Unbelievers, for that they joined companions with Allah, for which He had sent no authority".Quran (4:89) – "They but wish that ye should reject Faith, as they do, and thus be on the same footing (as they): But take not friends from their ranks until they flee in the way of Allah (From what is forbidden). But if they turn renegades, seize them and slay them wherever ye find them; and (in any case) take no friends or helpers from their ranks."

      Quran (5:33) – "The punishment of those who wage war against Allah and His messenger and strive to make mischief in the land is only this, that they should be murdered or crucified or their hands and their feet should be cut off on opposite sides or they should be imprisoned; this shall be as a disgrace for them in this world, and in the hereafter they shall have a grievous chastisement"

    5. Quran (8:12) – "I will cast terror into the hearts of those who disbelieve. Therefore strike off their heads and strike off every fingertip of them" No reasonable person would interpret this to mean a spiritual struggle.

      Quran (8:15) – "O ye who believe! When ye meet those who disbelieve in battle, turn not your backs to them. (16)Whoso on that day turneth his back to them, unless maneuvering for battle or intent to join a company, he truly hath incurred wrath from Allah, and his habitation will be hell, a hapless journey's end."

      Quran (8:57) – "If thou comest on them in the war, deal with them so as to strike fear in those who are behind them, that haply they may remember."

      Quran (8:67) – "It is not for a Prophet that he should have prisoners of war until he had made a great slaughter in the land…"

      Quran (8:59-60) – "And let not those who disbelieve suppose that they can outstrip (Allah's Purpose). Lo! they cannot escape. Make ready for them all thou canst of (armed) force and of horses tethered, that thereby ye may dismay the enemy of Allah and your enemy."

      Quran (8:65) – "O Prophet, exhort the believers to fight…"

      Quran (9:14) – "Fight against them so that Allah will punish them by your hands and disgrace them and give you victory over them and heal the breasts of a believing people."

      Quran (9:29) – "Fight those who believe not in Allah nor the Last Day, nor hold that forbidden which hath been forbidden by Allah and His Messenger, nor acknowledge the religion of Truth, (even if they are) of the People of the Book, until they pay the Jizya with willing submission, and feel themselves subdued."

      Quran (9:73) – "O Prophet! strive hard against the unbelievers and the hypocrites and be unyielding to them; and their abode is hell, and evil is the destination."

    6. Olá Pai Natal!

      Há só um problema nisso: quem são os "Unbelievers", os que não acreditam?
      Não são os Muçulmanos, os Hebreus e nem os Cristãos.

      Na altura em que Maomé construiu o seu poder, os Muçulmanos encontravam-se divididos e o principal objectivo do profeta era reunir a nação árabe sob uma única religião monoteísta: pegou na Bíblia, introduziu algumas óbvias modificações, e eis que nasceu o Corão.

      Sendo assim, percebe-se também a razão pela qual Maomé não podia ordenar de massacrar os Hebreus ou os Cristão: na óptica dele, era gente escolhida por Deus para receber a Sua palavra (a "gente do Livro"). Allah é Deus, o mesmo do Antigo Testamento e dos Evangelhos, não há diferença.

      O que Maomé não podia permitir era a idolatria, porque esta tinha minado a unidade da Nação árabe. Os passos mais violentos do Corão (como aquele reportados) são referidos a estes indivíduos, os principais inimigos do ponto de vista do profeta.

      Traduzir os "Unbelievers" (literalmente: os que não acreditam") são os Cristão e os Hebreus também é impossível, porque então metade do Corão deixaria de fazer sentido: em algumas partes Maomé diz para respeita-los, em outras para massacra-los?

      Cristão e Hebreus acreditavam, não eram Unbelievers. Só que, na óptica do profeta, erravam a interpretação da palavra de Deus (Allah, que é a mesma coisa).

      Abraçooooooo!!!!!!

    7. prezado max, compatriota linguístico

      "Allah é Deus, o mesmo do Antigo Testamento e dos Evangelhos, não há diferença"

      permita-me oferecer uma visão alternativa: o deus do antigo testamento não é o mesmo do novo testamento. não é a toa que jesus, o nazareno, falava que seus concidadãos adoravam a satanás, vulgo jeovah (a propósito, vide o recente filme de ridley scott, que demonstra, talvez inadvertidamente, quão iracundo, irascível e sanguinário é a figura de jeovah: exodus).

      jesus se referia ao pai celestial, ou "paizinho" como dizem alguns linguistas.

      já sobre allah: Joseph P. Farrell tem uma visão interessante sobre ele. o judaísmo e o islamismo seriam cultos irmãos, que buscam nos empurrar para o apocalipse, com muita dor, sangue e quetais…

    8. Sem problemas, Max. Todos estamos aqui para aprender.

      O Madkhalismo é sem dúvida o que está por trás do regime Saudita, Wahhabismo é um termo sem base, mito, é usado principalmente de forma pejorativa. Arábia Saudita não é "Wahhabi", é Madkhali, e está longe dos ensinamentos de al-Wahhab. A Casa de Saud, atualmente, faz o contrário do que os Salafistas pregam. Se a Arábia Saudita fosse Salafista, jamais teria feito uma aliança com a América. Isso só é possível graças ao Madkhalismo. Se você confrontar Salafismo x Madkhalismo, perceberá qual se enquadra nos países do Golfo, e qual é financiado mundo a fora. Farei um comparativo mais detalhado logo mais. Abraços!

  4. Quotes from Hadith

    Muslim (1:30) – "The Messenger of Allah said: I have been commanded to fight against people so long as they do not declare that there is no god but Allah."

    Bukhari (52:73) – "Allah's Apostle said, 'Know that Paradise is under the shades of swords'."

    Bukhari (11:626) – [Muhammad said:] "I decided to order a man to lead the prayer and then take a flame to burn all those, who had not left their houses for the prayer, burning them alive inside their homes."

    Muslim (1:149) – "Abu Dharr reported: I said: Messenger of Allah, which of the deeds is the best? He (the Holy Prophet) replied: Belief in Allah and Jihad in His cause…"

    Muslim (20:4645) – "…He (the Messenger of Allah) did that and said: There is another act which elevates the position of a man in Paradise to a grade one hundred (higher), and the elevation between one grade and the other is equal to the height of the heaven from the earth. He (Abu Sa'id) said: What is that act? He replied: Jihad in the way of Allah! Jihad in the way of Allah!"

    Bukhari (52:177) – Allah's Apostle said, "The Hour will not be established until you fight with the Jews, and the stone behind which a Jew will be hiding will say. "O Muslim! There is a Jew hiding behind me, so kill him."

    Bukhari (52:256) – The Prophet… was asked whether it was permissible to attack the pagan warriors at night with the probability of exposing their women and children to danger. The Prophet replied, "They (i.e. women and children) are from them (i.e. pagans)."

    Bukhari 1:35 "The person who participates in (Holy Battles) in Allah’s cause and nothing compels him do so except belief in Allah and His Apostle, will be recompensed by Allah either with a reward, or booty ( if he survives) or will be admitted to Paradise ( if he is killed)."

    Tabari 7:97 The morning after the murder of Ashraf, the Prophet declared, "Kill any Jew who falls under your power."

    Ibn Ishaq/Hisham 484: – “Allah said, ‘A prophet must slaughter before collecting captives. A slaughtered enemy is driven from the land. Muhammad, you craved the desires of this world, its goods and the ransom captives would bring. But Allah desires killing them to manifest the religion.’”

    Ibn Ishaq/Hisham 992: – "Fight everyone in the way of Allah and kill those who disbelieve in Allah."

    1. Ṣaḥīḥ al-Bukhārī: persa.
      Muhammad ibn Jarir al-Tabari: persa.

      Não acaso, o Irão (antiga Pérsia) é xiita e aplica uma das formas de Islamismo mais violentas, contrariando a maioria dos Sunitas.

      Mas há aqui um dado curioso: dum lado estamos sempre prontos a defender o Irão dos ataques ocidentais (EUA e israel em primeiro lugar), depois pegamos na religião daquele povo para afirmar que são bárbaros e sedento de sangue ocidental e hebreu.

      Abraçooooooo!!!!!

    2. Ia esquecendo: os Hadith (Ibn Ishaq/Hisham) não são reconhecido em todo o mundo islâmico, alguns recusam-os. No Irão e na vertente wahabista, obviamente, são reconhecidos.

  5. Não são apenas os muçulmanos extremistas que querem que as mulheres adulteras sejam apedrejadas até à morte. Todos eles querem. Isto dito por um muçulmano "moderado".

    Aqui têm os muçulmanos a respeitar os paises que os acolhem:

    Aqui têm os filhos dos muçulmanos a adoptar a cultura europeia.

  6. Um sucesso total. É o que se pode concluir ao analisar tudo que se passa na Europa com a chegada dos refugiados. Tudo como planejado. O choque de civilizações veio para que a xenofobia ganhe corpo. O europeu médio vive amedrontado, cultivando seu horror contra o diferente. Nunca pára pra pensar sobre quem fez os arranjos e está alcançando seus objetivos em espalhar o terror e a antipatia mútua. O europeu nunca cobra "seus representantes" sobre os acontecimentos. Nunca questionou sobre a liderança intocável, inquestionável, da comissão europeia. A Europa está prestes a assinar um tratado famigerado que vai por seu povo de joelhos perante as virulentas corporações deste planeta e pouquíssimo faz para capar com estas prepotências. Nunca demonstrou interesse no que se passava e se passa sob as bençãos ocidentais em África, América Latina e O. Médio. Agora é tarde.

    Preferimos garimpar vídeos pela rede que certifiquem nossos pensamentos estreitos. Há de tudo neste mundo, inclusive religiosos imbecis de todos os matizes, como também, cristãos, judeus e muçulmanos sinceros. A semelhança de parte destes muçulmanos que pela Europa anda com parte dos europeus que foi fazer carreira em outras terras é absurdamente gigantesca. Espoliação e dominação não é primazia de raça ou credo religioso, religioso fanático, lógico. A liderança fantoche europeia continua conclamando ao povo pela acolhida ao refugiado e pouco se ouve de questionamentos, como pouco se ouve da parte do povo europeu e mundial de cobranças sobre o que seus países andam fazendo em terras alheias, sobre o que tem feito a medíocre liderança de seu país para mudar o cenário mundial que está a beira de uma catástrofe. Se esta liderança de titica tem contribuído para a desgraça que se aproxima. Vamos acordar, o sistema esta totalmente corrompido. Esta podre. Eles estão com o detonador nas mãos e nós, tontos, vamos continuar com estas estúpidas querelas de novelas televisivas: teu deus é sanguinário, o meu é do bem. A bomba para desmoronar tudo isso vai atingir talvez a Europa, talvez a Ásia, para logo após encontrarem um passaporte de terrorista muçulmano na Patagônia. E vamos acreditar.

    Expedito.

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