A fosfoetanolamina sintética

Diz o Leitor Ferreira:

Gostaria de ver um post seu sobre a fosfoetanolamina sintética

E eu também! Só que nada sei do assunto, o que é triste. Não é por nada, mas aqui está um dos meus pontos fracos: Química. Não é tão ruim como a Matemática, mas anda lá muito perto, sem dúvida…

Mas o assunto é interessante, pelo que tentamos entender alguma coisa.

A fotosfoetanolamina, esta desconhecida.
Começamos com encurtar o nome: FS, a versão sintética, ok? A questão FS é quase totalmente desconhecida fora do Brasil. Pelo que: vamos ver o que dizem no Brasil acerca disso. E vamos ver alguém que apresenta boas ideias.
Vamos ver e ouvir.



Excelente vídeo, não pelos tons mas pela clareza.
Primeira questão: a FS não é um medicamento e nem pode sê-lo até passar pelo processo de reconhecimento que, como vimos, é bem preciso.

O que é a fosfoetanolamina?

E já que falamos do assunto: mas afinal o que raio é esta fosfoetanolamina?
Diz a sábia Wikipedia:

A fosfoetanolamina é um composto
químico orgânico presente no organismo de diversos mamíferos, convertido
usualmente em outras substâncias que formam as membranas das células.
Do ponto de vista bioquímico, trata-se de uma amina primária envolvida
na biossíntese de lipídeos. Além dessa função estrutural de formar a
membrana celular, ela possui ainda uma função sinalizadora, ou seja, a
fosfoetanolamina informa o organismo de algumas situações que as células
estão passando.

É mesmo esta função sinalizadora que interessa na eventual cura contra o câncer. Mais logo veremos a razão. Mas continuemos.

A
fosfoetanolamina foi sintetizada pela primeira vez por Cherbuliez (não
perguntem que é) e colaboradores em 1970 e
actualmente é produzida em escala industrial pelo laboratório Santa Cruz
Biotechnology dos EUA em Dallas, Texas. Depois Wikipedia acrescenta:

No
Brasil, a fosfoetanolamina não possui registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) e, por esse motivo, não possui bula e nem
pode ser comercializada.

deixando quase entender que
nos EUA navegam num mar de FS vendida nas farmácias. O que não está
correcto, pois no site da Santa Cruz Biotechonology está escrito de forma clara:

Não destinada a diagnósticos ou usos terapêuticos. 

A Santa Cruz Technology vende a FS como produto químico útil nas pesquisas, não como medicamento. E pode ser adquirida a partir de qualquer ponto do globo: não há nenhuma conspiração que torne esta substância indisponível.
Ainda Wikipedia:

Pode ter função antitumoral, ou seja, ação antiproliferativa, e estimular a apoptose [é um tipo de “auto-destruição celular”, ndt].

E aqui, como muitas vezes acontece, Wikipedia põe a pata na poça. A expressão “pode ter função antitumoral” é demasiado genérica e pode criar falsas expectativas. Além da FS ter apresentado resultados satisfatórios na leucemia dos ratos (não nos humanos, onde nunca foi testada para este fim), foi experimentada apenas in vitro ou nos ratos; isso é, em laboratório e em condições muito particulares (na prática: com um microscópio).

A única experiência conduzida fora dos tubos de ensaios que encontrei é aquela de 2011, realizada na USP pela equipa do Dr. Gilberto Orivaldo Chierice. A experiência, relatada no Brazilian Archives of Biology and Technology, foi conduzida utilizando ratos, como afirmado, com carcinoma de Ehrlich (que é um câncer típico dos ratos, não dos humanos); no final da pesquisa, a equipa escreveu o seguinte:

Considerando-se que o tumor de Ehrlich é um tumor […] dos ratos, os presentes dados indicam o papel também promissor da PETN [a FS, ndt] no controlo da neoplasia humana.

Portanto, estamos perante um resultado promissor, não dum tratamento.

Promissora, mas…

Existem muitas substâncias promissoras neste sentido:

  • a Universidade de Copenhaga no mês passado publicou os resultados acerca duma proteína da malária (exacto, a doença) que parece funcionar contra 90% dos tumores;
  • o medicamento MPDL3280A parece promissor nos casos mais graves de câncer da bexiga;
  • promissor parece também a hormona LHRH analógico no caso dos tumores no peito;
  • o Peptide RJLB 14 é uma substância promissora experimentada em Cuba contra o câncer (a propósito: não é Cuba a terra da liberdade, longe das ferozes multinacionais do fármaco? Também aí os procedimentos são os mesmos, com uma pesquisa durada 14 anos e ainda não acabada);
  • até determinadas bactérias parecem desenvolver uma acção eficaz contra o câncer

E a lista poderia continuar.

Todas estas substâncias oferecem óptimos resultados em laboratório, em alguns casos espectaculares também: mas entre um resultado promissor e um medicamento eficaz há muitos anos de pesquisa.
Todas estas substâncias promissoras não são boicotadas pelas multinacionais do fármaco: mais simplesmente, estão a seguir o mesmo percurso já indicado antes. Estudos, experimentação, testes em laboratório, com animais, depois com seres humanos, etc.
  
Agora: muitas vezes criticamos a indústria farmacêutica pela atitude irresponsável com a qual comercializa produtos que depois têm efeitos colaterais perigosos, mortais até. Isso acontece porque demasiadas vezes a lobby das farmacêuticas consegue exercer uma pressão tal que o lucro das empresas fala mais forte do que a Ciência. De repente, na internet encontramos blogues e sites que pedem que a FS, um composto químico nunca testado nos homens, seja vendido regularmente nas farmácias. É uma atitude bastante estranha: é a mesma estrada batida pelas farmacêuticas para fazer aprovar medicamentos duvidosos para encher os seus cofres.

Por qual razão é uma atitude estranha? Por esta razão:

elaborado pelo Dr. Felipe Ades

Este é o percurso que uma substância tem que percorrer antes de poder ser considerada “medicamento”. Faz sentido? Sim, faz todo o sentido, pela simples razão que não desejamos ser intoxicados ou mortos por substâncias que não foram devidamente experimentadas e nem desejamos tomar medicamentos inúteis sem efeito algum. É para isso que existe este percurso.

E acreditem: as casas farmacêuticas estariam bem felizes de vender toneladas de FS, como cura ou ainda melhor como eventual profilaxia, para realizar lucros fantásticos. Mas não podem, simplesmente porque ninguém sabe, entre outras coisas, se a FS:

  • actua de verdade contra o câncer fora do laboratório
  • contra quais tipos de câncer eventualmente actua
  • os níveis de toxicidade
  • como é sintetizada no organismo humano
  • quais os eventuais efeitos secundários
  • com quais excipientes pode ou não pode funcionar.

E isso nem é tudo, são apenas alguns exemplos.
Tanto para ter uma ideia, a FS em condições normais deve ser acompanhada por um rótulo com indicações do tipo:

  • Provoca queimadura severa à pele e dano aos olhos
  • Em caso de contacto com a pele (ou com o cabelo): Retire imediatamente toda a roupa contaminada. Enxágue a pele com água / tome uma ducha
  • Use luvas de proteção / roupa de proteção / proteção ocular / proteção facial
  • Contate imediatamente um centro de informação toxicológica ou um médico

e outras coisas simpáticas: não estamos a falar dum rebuçado, esta é uma substância que deve ser utilizada com precaução.

Uma situação bem esclarecida pela mais importante instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, a Fio Cruz:

Em função de informações equivocadas que estão circulando na
imprensa, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) esclarecem
que o medicamento feito a partir da substância química fosfoetanolamina,
apresentado como uma alternativa terapêutica para diversos tipos de
neoplasias (câncer) por cientistas do Instituto de Química da
Universidade de São Carlos (USP), ainda necessita de uma série de
estudos para ser considerado eficaz ou seguro para o uso clínico. Em
novembro de 2013, a Vice-presidência de Produção e Inovação em Saúde da
Fundação realizou uma reunião com a equipe da USP para conhecer o
projeto de desenvolvimento do medicamento. Na ocasião, o grupo
manifestou a intenção de identificar um laboratório para a produção, em
escala industrial, de cápsulas contendo o sal de etanolamina, que já
teriam sido utilizadas em pacientes com diversos tipos de neoplasias e
teriam apresentado bons resultados.

A Fiocruz ressalta que, para determinar se a substância é ou não uma
alternativa terapêutica para o combate a neoplasias ou qualquer doença,
são necessários, primeiramente, estudos precedidos de aprovação do
Comitê de Ética (Conep), com protocolo de pesquisa clínica aprovado pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Portanto, ainda não é
possível levantar considerações ou garantias, sem uma série de estudos
pré-clínicos e clínicos, sobre a eficácia e a segurança terapêutica do
uso clínico de cápsulas com sal de etanolamina no combate ao câncer.
E se…?

Mas consideremos um absurdo: o que aconteceria se o FS estivesse disponível nas farmácias desde já?

Partimos do básico: qual a dose necessária para “tratar” o câncer? Alguém sabe isso? Não, ninguém, nem Orivaldo Chierice. Na internet circula também um vídeo onde fala o produtor (ilegal) das pílulas de FS distribuídas gratuitamente; no vídeo é entrevistado também um agente imobiliário que afirma ter sido tratado com tais comprimidos. É esta uma prova? Não, de todo. E entender a razão é simples.

Há muitos anos conheci um homem que tinha sido atacado pelo câncer em fase terminal. Após ter recebido a notícia, o homem entrou em desespero e começou a beber aguardente (grappa, pois ainda me encontrava em Italia) ao ponto de ficar bêbedo dia e noite. Após uns meses, novas análises e surpresa: o câncer tinha desaparecido! O homem pensou logo que o mérito fosse da aguardente.

Agora, sendo esta histórica verídica, estou eu autorizado a preparar um vídeo no qual afirmo além de qualquer dúvida que a aguardente cura o câncer? A preparar pílulas de aguardente sintética, convidando também a viúva do homem (que depois morreu com cirrose, como é óbvio) em qualidade de testemunha? Posso gritar que há uma conspiração das multinacionais do fármaco que não podem patentear a grappa e deixam as pessoas morrer de câncer? A resposta é óbvia. Mas é exactamente isso que se passa no vídeo, o qual nem fala das pessoas que tomaram os comprimidos e se calhar morreram na mesma; ou dos efeitos secundários que estas sofreram.

Esquema de funcionamento da fosfoetanolamina sintética

Continuemos.
Imaginem que as pílulas de FS tenham efeitos secundários devastadores. De quem a responsabilidade? Porque alguém tem que ser culpado, justo? A responsabilidade seria de quem aprovou a comercialização do medicamento, claro. Assim, os “conspiracionistas” pretendem que alguém ponha a assinatura num documento que permita a venda dum “medicamento” que nunca foi submetido a testes nos homens. Há entre os Leitores alguém disposto a assumir a eventual responsabilidade pela morte de pacientes? Mas quem é o louco (e criminoso) que arriscaria isso?

É óbvio que uma pessoa com câncer em fase terminal esteja disposta a tudo, tal como os parentes deles: o que há para perder? Perante a morte a racionalidade desaparece e uma pessoa encara o desconhecido e os riscos implícitos se isso pode significar uma possibilidade de sobrevivência, por remota que seja. Pessoalmente, se estivesse nestas condições, faria exactamente o mesmo.

Mas tentamos ver os dois lados da moeda: o que pensaria o Leitor dum Estado, o seu Estado, que permite a livre venda dum medicamento com eficácia e efeitos secundários (sobretudo estes: a morte é um efeito secundário bastante pesado…) totalmente desconhecidos? Do qual nem se conhecem as doses terapêuticas? Quantos que hoje acusam o Governo de recusar a “cura” atirar-se-iam contra o mesmo Governo no caso dum medicamento que ou mata ou não tem os efeitos esperados? Quantos começariam com teorias conspiracionistas, do tipo “afinal o medicamento vendido não é idêntico ao original porque as multinacionais bla bla bla…”?

Dum Governo, qualquer Governo, é esperada máxima responsabilidade, sobretudo quando o assunto for a saúde dos cidadãos. Responsabilidade significa também vender um medicamento após ter tido determinadas certezas.

A má vontade

Dr. Gilberto Orivaldo Chierice

Ao lado destas considerações há outras, derivantes dos acontecimentos que veem envolvida a Universidade de S. Paulo (USP), o grupo de pesquisadores, a ANVISA (a agência reguladora do Ministério da Saúde do Brasil que viabiliza a comercialização dos medicamentos).

A ANVISA afirma que nunca foi formalmente contactada, enquanto o Dr. Chierice (líder da equipa de pesquisa) diz o contrário. É a palavra dum contra aquela do outro, difícil estabelecer onde fica a verdade.

De acordo com Chierice, a substância não chegou ao mercado por “má vontade” das autoridades. Ele disse que procurou a Anvisa quatro vezes e foi informado que faltavam dados clínicos:

Essa é a alegação de todo mundo. Mas está cheio de remédios neste país que não têm dados clínicos. 

É uma resposta bastante estranha. O Dr. Chierice, que pode apresentar ampla experiência na área, bem sabe como devem funcionar as coisas. O facto de existir exemplos infelizes não significa que seja preciso continuar na mesma senda, sobretudo se o assunto for algo particularmente delicado como uma doença que mata.

O Dr. Chierice fala de má vontade das autoridades, mas não apresenta dados:

Nos últimos tempos nós fazíamos cerca de 50 mil cápsulas por mês. Isso
equivale, a 60 cada pessoa, a 800 pessoas ou próximo de mil pessoas por
mês. Agora quantas pessoas foram beneficiadas eu não sou capaz de dizer
porque muitas delas, que eram pacientes terminais, estão aí, vivas.
Então não sei dizer quantas pessoas foram curadas.

“800 pessoas ou próximo de mil”, “não sei dizer quantas pessoas foram curadas” são repostas esquisitas tendo em conta que são dadas pelo principal investigador da substância com décadas de experiência. Dum profissional espera-se mais do que isso, sobretudo numa área delicada como esta (e considerando também o facto do mesmo Dr. Chierice ter demonstrado que, quando quer, sabe fazer os testes e analisar os resultados. Perguntem aos ratos).

Assim como esquisito é o facto da equipa ter distribuído o “medicamento” sem colectar dados que pudessem apoiar a sua bondade perante os media e as autoridades. Porque depois o mesmo Dr. Chierice afirma em resposta à pergunta “Essa substância é a cura do câncer?”:

Eu acredito que sim, eu acredito que sim.

Mas acredita com quais dados? Quais testes? Aqueles sobre os ratos? Experimentar um fármaco nos ratos é a mesma coisa de que prova-lo nos humanos? Duvido, com todo o respeito para os ratos que são animais simpáticos.

Como afirma o Doutor: “50 mil cápsulas por mês. Isso
equivale, a 60 cada pessoa, a 800 pessoas ou próximo de mil pessoas por
mês”. Oitocentas pessoas por mês é uma amostra mais do que significativa: por qual razão a equipa do Dr. Chierice não analisou os resultados? Já que as pílulas foram distribuídas de forma gratuita, custava tanto pedir um mínimo de colaboração por parte dos pacientes? Algo simples, como tomar nota dos sobreviventes ou da dose subministrada. Isso não poderia substituir os ensaios clínicos, mas teria posto o Dr. Chierice na condição de fazer hoje afirmações baseadas em alguns factos. Pelo contrário, temos de ficar satisfeitos com algo como “não sei quantas pessoas foram curadas”.

Repito: parece-me bastante estranho. Até porque se a substância for efectiva contra o câncer, seria muito simples para a equipa do Dr. Chierice contactar uma outra autoridade, desta vez não brasileira (dadas as acusações de “má vontade”) e começar os testes já. O câncer não é uma exclusiva brasileira, mas abrange todo o mundo e há milhares de pesquisadores envolvidos, públicos e privados (também em Cuba, como vimos).

Se a FS for efectivamente uma cura, então estamos perante a maior descoberta do século, que sem dúvida dá direito ao Nobel: todas as instituições mundiais estão corrompidas pelas multinacionais do fármaco ao ponto de recusar o tratamento? Também aquela de Havana? Da China? Da Rússia? Uma conspiração global para deixar morrer as pessoas de câncer e impedir que as farmacêuticas realizem lucros fabulosos? Ainda com esta história alucinada da mega-conspiração mundial que quer controlar a população com o câncer? Mas por favor…

O outro pesquisador

Última nota acerca  da patente da substância que é de propriedade do grupo de pesquisa do Dr. Chierice: Salvador Claro Neto (BR/SP) , Gilberto Orivaldo Chierice
(BR/SP) , Antônio José Reimer (BR/SP) , Sandra Vasconcellos Al-Asfour
(BR/SP) , Renato Meneguelo (BR/BA) , Marcos Vinicius de Almeida (BR/SP).

E mesmo este último afirma:

A única coisa que eu quero é deixar claro que se for verdadeiro, falso,
se funciona ou não, que seja concluída a pesquisa até a fase final, de
forma auditada e imparcial. Se não for, tudo bem, a gente vende esse
produto como reagente de laboratório. Se for, a gente dá uma opção para
as pessoas. […] Nunca forneci o composto para parente meu e eu tenho alguns que estão em
quimioterapia. Eu sou cético probabilístico, para mim o que vale é a
palavra final da Ciência. Não estou dizendo que não funciona, estou
vendo as evidências. Porém, não imponho nada que pudesse colocar alguém
em uma situação de risco. Se eu dou para um parente, não estou fazendo o
correto.

Reparem: este é um dos pesquisadores e donos da substância. Facto curioso: ninguém entre os apoiantes da FS se lembra de relatar o parecer do Professor Marco Vinicius de Almeida. Porque será?

Então, ainda convencidos de que seja normal fornecer aos cidadãos uma substância nunca antes testada? Que alguém faça uns testes, no Brasil ou em qualquer outra parte do planeta, para pôr um ponto final (num sentido ou no outro) nesta que não deixa de ser uma questão muito importante (ao que parece, o Governo do Brasil deu o OK em Outubro para começar os tais testes: uma boa notícia, sem dúvida. Agora temos que aguardar).

Ipse dixit.

Fontes: no texto.

15 Replies to “A fosfoetanolamina sintética”

  1. Apenas um dado a mais:
    "Há hipóteses, entretanto, em que a necessidade de registro é afastada pela própria lei, como a seguir se verá. Com efeito, dispõe o artigo 24, da Lei 6.360/76: "Estão isentos de registro os medicamentos novos, destinados exclusivamente a uso experimental, sob controle médico, podendo, inclusive, ser importados mediante expressa autorização do Ministério da Saúde". Assim, não obstante, em princípio, seja descabido o fornecimento de medicamentos que não possuem registro na ANVISA, em situações excepcionais, em face de risco de morte, se tem relativizado tal restrição."
    Dado que a máfia farmacêutica prima pela cronificação das doenças e os testemunhos de curados, fica a pergunta: em fase terminal quem deixaria de tomar?

    1. Olá Gilson!

      É mesmo este o ponto: as farmacêuticas estariam bem felizes de vender toneladas de FS:

      "em fase terminal quem deixaria de tomar?"

      Ninguém, claro. E se a FS funcionasse, as casas farmacêuticas conseguiriam se não cronicizar, pelo menos dilatar os tempos de subministração (isso sem contar com a possibilidade de eventuais estudos que levassem a criação dum medicamento de profilaxia). Lucro acima de tudo.

      Mas o que interessa para nós e o tratamento. Efectivo ou não? Se for possível iniciar a experimentação sob controle médico, podendo até ser importada a FS mediante expressa autorização do Ministério da Saúde, então acho que esta seria a maneira mais rápida para tirar as dúvidas.

      Afinal, como lembrado no artigo, estamos a falar de pessoas com câncer em fase terminal, isso é, desesperadas e com poucas ou nenhuma espectativa: acelerar ao máximo os tempos para poder dar uma resposta definitiva é o dever de todos. Útil também no caso da resposta ser negativa, para eliminar falsa esperanças.

      Grande abraçooooooo!!!!!

  2. Tem muito disse me disse nesta história.

    e

    Afinal, os testes alegados como realizados nestes dois vídeos têm alguma valia? Não sou médico nem pesquisador, mas há desinformação demais sobre o assunto. A Globo em determinada reportagem falou em falta de tal DL-50 (dose letal) e os responsáveis dizem que tais testes foram realizados, assim como outros. Basta assistir aos vídeos. Quem tem razão? Os responsáveis alegam que no início da pesquisa ainda não existia a ANVISA e que os métodos utilizados eram os exigidos pelo ministério da saúde, mais tarde fala-se em uso dos métodos da ANVISA. Inclusive fala-se em testes com humanos. Afinal, que testes ainda estão faltando? Quais de fato foram realizados.

    Agora pelo lado do conspirador cabe a pergunta: se o remédio é tão barato como afirmam (R$ 0,10), vai dar para ter lucro, aposentar máquinas caríssimas em hospitais prejudicando quem as fabrica e jogar próxima da extinção a especialidade em oncologia? Sem esquecer de alguns remédios caríssimos que afirmam dar combate à doença.

    O governo quer dar "início" as pesquisas. Um produto que relatam existir desde início dos anos 80. Ou o produto não é comercialmente interessante, ou então, não deve funcionar mesmo.

    Porque a USP não vem a público declarar os motivos do seu desinteresse, depois de tantos anos dando suporte à substância? Se já houve declarações estas deveriam ser mais enfáticas, principalmente agora, neste turbilhão que envolve o assunto.

    Que tudo seja feito na maior transparência e o interesse humanitário prevaleça.

    Expedito.

  3. Quase a totalidade das doenças resumem-se à acidose e à hipoxia, resultantes dos hábitos alimentares e estilos de vida modernos, destruimos a melhor arma que existe para TODOS os males, o sistema imunitário, depois queixamo-nos dos nossos próprios erros.
    Algo que vem esquecido (ou não interessa) nisto tudo é a GCMAF que tem um enorme papel no funcionamento do sistema imunitário.
    Como esquecidos ficaram os trabalhos dos Nobel Otto Heinrich Warburg e Linus Pauling.

  4. As pessoas vivem a procura de curar suas enfermidades, quando deveria prevenir.
    Sabemos que as doenças são resultado do desequilibrio espiritual, mental, que se manifesta no fisico, atraves da acidez do organismo. Celulas cancerigena sobrevive em ambientes acidos.
    Que teu alimento seja teu remedio, que teu remedio seja o seu alimento.

    valeu Max.

    Ferreira

    1. Uma criança de 1 ano não tem nem uma culpa de ter câncer, nem mesmo possui um desequilíbrio espiritual.

  5. Max, mais uma vez tenho que descordar de você, com todo respeito, moro no Brasil e venho acompanhando (há seis meses) o crescimento desta onda de discussão da fosfo (fosfoetanolamina sintetica) seja estes artigos e vídeos:

    https://caminhoalternativo.wordpress.com/2015/10/21/mafia-sionista-farmaceutica-em-guerra-contra-o-tratamento-do-cancer-com-fosfoetanolamina-sintetica/

    https://caminhoalternativo.wordpress.com/2015/10/26/novas-revelacoes-sobre-a-fosfoetanolamina/

    https://caminhoalternativo.wordpress.com/2015/10/29/o-pesquisador-gilberto-orivaldo-chierice-explica-o-trabalho-de-pesquisa-com-a-fosfoetanolamina/

    https://caminhoalternativo.wordpress.com/2015/10/31/consideracoes-legais-sobre-a-fosfoetanolamina/

    https://caminhoalternativo.wordpress.com/2015/11/04/o-lobby-contra-a-fosfoetanolamina-sintetica-ganhou-mais-um-aliado-a-academia-brasileira-de-ciencias/

    https://caminhoalternativo.wordpress.com/2015/11/06/tratamento-inedito-reverte-leucemia-incuravel-de-bebe/

    A diferença entre a FS e outros compostos é o dinheiro. O dr. Gilberto quer que a FS seja distribuida de graça. Depois de tudo isso ainda faço a você uma pergunta. Por que um pesquisador que dedicou quase toda sua vida profissional a pesquisa da FS não merece credibilidade? Por que este combate a FS? Ao acusador cabe a prova, Dr. Gilberto afirma que todos os estágios de testes foram feitos. Só não deram a ele acesso aos resultados. Por que? A fosfoetanolamina é uma substancia presente em nosso organismo. Afirmação do Dr. Gilberto. Posso estar sendo exagerado, me desculpe, mas as vezes vejo que voce, Max, toma como parametro só os media (aqueles financiados pelos mesmos que tem interesse em deturpar a coisa) não só neste caso mas em outros também. Procure meios alternativos para realmente ver os dois lados da moeda.

    1. Olá Anónimo!

      Seja bem vinda a discordância, ora essa!
      Como você diz, e bem, eu tenho como referência os media e as publicações científicas. Apostar na credibilidade dos meios alternativos é manobra muito arriscada: acerca da FS encontrei blogues que juram na sua eficácia mas não se percebe bem com quais bases. Mas o meu é também um blog alternativo, por isso não se pode fechar a porta (e por isso vou logo ver os links, obrigado!).

      Agora, há uma coisa que não bate certo: o Dr. Gilberto quer que a FS seja distribuída de graça? Muito bem, se está convencido (e se tem provas), é uma coisa que lhe faz honra, disso não há dúvida. Todavia, é preciso realçar como, no meio de toda a confusão, a FS esteja a ser distribuída só a poucas pessoas (poucas centenas, se percebi, que talvez sejam poucas milhares nesta altura) enquanto o câncer é um problema mundial.

      Eu fiz uma proposta: porque não contactar Ministérios da Saúde ou casas farmacêuticas de Países onde a assim chamada "máfia farmacêutica" estiver menos presentes? Fiz o exemplo de Cuba, parece-me bom.

      Ter o Ministério dum País que legalize a venda do FS seria óptimo para o Dr. Chierice, o medicamento e todos os doentes que sofrem. E os testes aí feitos seriam a prova definitiva da bondade da substância.

      Até quando o Dr. Chierice ficar nesta luta com a Anvisa eu não consigo entende-lo. Repito: se isso for verdade estamos perante da descoberta do século, a cura das curas, o Nobel direitinho. E o Dr. Chierice pára porque a Anvisa diz "não"? E fica satisfeito com a distribuição de poucas milhares de unidade?

      Um exemplo: aqui na Europa ninguém sabe nada da FS. Procurei e nunca encontrei uma carta, um artigo, algo oriundo do Dr. Chieirce ou da equipa dele para explicar ao mundo todo os benefícios da sua descoberta. Uma simples carta não a mim mas a um jornalista empenhado (Paolo Barnard em Italia ou Pepe Escobar no Brasil são só alguns exemplos) teria o efeito duma bomba, com uma eco assinalável. Isso tornaria a FS um problema mundial, não algo regional como é agora.

      Mas não, o Dr. Chierice continua empenhado numa luta do tipo "eu fiz os testes" "não, não fizeste" "eu fiz isso, eles que não", etc.

      Não fosse o assunto demasiado sério, seria motivo de gargalhadas, não acha?

      "Por que um pesquisador que dedicou quase toda sua vida profissional a pesquisa da FS não merece credibilidade?"
      Pelas mesmas razões que acabei de escrever. A credibilidade não se ganha após uma vida passa a estudar a FS, mas lutando para que um bem de tamanha medida possa chegar a todos os lados, não apenas a algumas centenas ou milhares de pessoas.

      "Por que este combate a FS?" por minha parte não há nenhum combate contra a FS. Acho só que deveria seguir o caminho que todos os fármacos seguem. Não tenho vontade nenhuma da assumir um medicamento que não sei se faz bem, se faz mal ou quais consequências possa trazer. A não ser que esteja desesperado, óbvio.

      "Ao acusador cabe a prova"
      Não: ao Dr. Chierice cabe provar a sua afirmação segundo a qual a FS combate o câncer. E se não consegue isso no Brasil, tem que mexer-se para gritar ao mundo o que se passa.

      Agora vou ler os links 🙂

      Abraçooooo!!!!!

    2. Leia os artigos e assista aos videos, e depois continuamos. Aviso, aqui no Brasil o gado é bem treinado, penso que o Dr. Gilberto ficou preso em uma rede (gado treinado)
      Que o mantiveram em um ciclo vicioso. Por isso, começou a fazer a FS ele mesmo. Imagine, Max, ter nas mãos a salvação de muitas vidas e sem recursos ($$$$$$) e apoio não poder chegar a elas. Os medias não mostram, mas não são poucas as pessoas curadas, sim curadas, aqui essa FS do Dr. Gilberto é mais comum do que os medis mostram, morei em São Paulo-SP por 40 anos e nunca tinha ouvido falar na FS, agora moro no interior de Minas Gerais, Depois de tomar conhecimento da FS E pesquisar, comecei a comentar com amigoa e parentes. Só aqui na cidade onde morro já conheci 2 pessoas que se trataram com a FS e estão curadas. E em visita a SP, fiquei sabendo de algumas outras através de parentes que tem amigos tratados. Max a ciosa é muito maior do que é mostrado, é por isso que há essa campanha contra. Digo a voce esse assunto merece grande atenção. Eu não sou pesquisador cientifico, mas sou pesquisador de conhecimento, e posso afirmar que neese mato tem muitos coelhos. Assista os videos com atenção e veras o que estou tentando mostrar-lhe! Abraço.

  6. ZIMDUCK, vacina anti brucélica, AUTO-HEMOTERAPIA, óleo de copaíba, o uso da alcalinização no combate ao câncer, com simples bicarbonato de sódio…. E a lista não pára. Todos, tratamentos ou substâncias potencialmente curativas e/ou que evitariam muitas doenças. E isso, óbvio, não interessa ao lobby da indústria da doença. Quem investiria milhões de dólares pra comprovar que processos não patenteáveis, e que de tão baratos e fáceis são quase de graça, provocariam a perda de uma imensa clientela cativa por suas doenças tratáveis mas não curáveis???

  7. ZIMDUCK, vacina anti brucélica, AUTO-HEMOTERAPIA, óleo de copaíba, o uso da alcalinização no combate ao câncer, com simples bicarbonato de sódio…. E a lista não pára. Todos, tratamentos ou substâncias potencialmente curativas e/ou que evitariam muitas doenças. E isso, óbvio, não interessa ao lobby da indústria da doença. Quem investiria milhões de dólares pra comprovar que processos não patenteáveis, e que de tão baratos e fáceis são quase de graça, provocariam a perda de uma imensa clientela cativa por suas doenças tratáveis mas não curáveis???

    1. Olivares, tudo pode ser patenteado: tudo. Se há uma coisa que a nossa sociedade ensinou é que quando houver uma possibilidade de lucro, mesmo que baixa, as empresas nunca tiram atrás o pé.

      Esta cosia dos remédios "que não se podem patentear" não tem cabimento nenhum. O que é que não se pode patentear? O bicarbonato de sódio? Se fosse útil na luta contra o câncer (e não é, digo isso por experiência pessoal) já teria surgido uma empresa a vender o seu bicarbonato enriquecido especial contra o câncer.

      É ou não é verdade que a Monsanto patenteou o seu milho? É ou não é verdade que é por causa disso que há uma luta contra contra os transgénicos (porque não há só o milho)?

      Abraçoooo!!!!

    2. Desculpe, mas não existe patente sobre produto da natureza, mas sobre o mecanismo de se sintetizar uma substãncia. No caso o Dr da fosfo detém a patente do porcesso de pordução, não da substânica em si. Note que existem outras fosfos no mercado, mas sem a estrutura molecular e pureza obtida pelo Dr. Milho transgênico não é novo milho, mas sim milho modificado, assim detem´eles o diereito de uso deste milho modificado, Não criaram outra planta do milho natural.

  8. Peço desculpa por não trazer nada de novo aqui para a discussão, contudo, gostava de dizer que tenho família no Brasil e já tinha conhecimento destas cápsulas.
    Acho lamentável que em Portugal não exista uma única reportagem, ou uma simples notícia de jornal sobre este assunto, ou pelo menos eu nunca vi.
    Pelo que sei, a máquina farmacêutica está a atrasar ao máximo o desenvolvimento deste medicamento.
    Um abraço…

Obrigado por participar na discussão!

This site uses User Verification plugin to reduce spam. See how your comment data is processed.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

%d bloggers like this: