Nova ordem: “A Rússia é o futuro”

Pessoal, atenção por favor: mudança de direcção.
As novas ordens são as seguintes:

  • Rússia é bom, Rússia é o futuro, Rússia é trendy.
  • EUA? O passado, foi bonito, mas agora chegou a altura de dizer “adeus”. Com uma lágrima de tristeza, mas sempre adeus é.

Antes um dato importante que pode ajudar a entender o que se segue: as sanções, como previsto por todos os economistas sérios, não tiveram o efeito esperado. As reservas do banco central foram parcialmente utilizadas para aliviar a crise e agora o Produto Interno Bruto (PIB!) voltou a subir. Com boa paz de Obama.

E agora vamos ver o porque das novas ordens.
O sócio do simpático George Soros e co-fundador da Quantum (uma sociedade de investimento com escritório em Curação e sede nas Ilhas Caymans: é o fundo onde em 1969 a família Rothschild apostou 6 milhões de Dólares, recebendo como prémio alguns anos mais tarde todo o Banco de Inglaterra), Jim Rogers, afirma:

É altura de desinvestir nos EUA e de investir na Rússia. Dentro de alguns anos, haverá alguns ajustes e muitos ficarão machucados, enquanto que a Rússia tem fortes bases e dívida pública a quase zero.

Wow… e quem publica coisas assim? Russia Today ou Sputnik? Nada disso: Forbes e Reuters.
Wow nº 2… e continua o simpático Jim:

Estou muito optimista sobre o futuro da Rússia. Certamente um dos mercados de ações mais atraentes do mundo nos dias de hoje para mim é a Rússia.

Rússia, Rússia, Rússia.. o coitado de Obama grita aos quatro ventos que a ameaça vem de Moscovo e estes dizem ter chegado o momento de abraçar o Zar? É o que parece. E faz um certo sentido, considerando alguns pormenores:

  • a dívida pública russa é quase zero, em comparação com outros Países do mundo
  • a economia russa, como vimos, sofreu as sanções, mas está a recuperar
  • a produção industrial voa
  • com a queda das importações, a balança dos pagamentos é fortemente positiva
  • os capitais começam a voltar, graças a alguns Países europeus que oficialmente respeitam as sanções mas que na verdade verdadeira…
  • a Rússia continua a ficar sentada acima de mais de 30% dos recursos totais do planeta

Vitória de Putin? Não, idiotice dos mercados ocidentais que seguiram as ordens da Casa Branca e só mais tarde fizeram duas contas, percebendo quem tem as cartas melhores na mão.

E para acabar, ainda o simpático Jim Rogers:

Algo aconteceu no Kremlin. A velha maneira de fazer as coisas na Rússia mudou na minha opinião.

Agora: seria interessante perceber o que significa aquele “dentro de alguns anos, haverá alguns ajustes e muitos ficarão machucados”. Tentamos adivinhar? E tentamos: pode significar que em breve uma outra bolha irá explodir (tomem nota: poderia ter o sabor de baunilha, Vanilla em inglês)? Pode significar que esta bolha irá provocar grandes prejuízos? E que só quem pode contar com uma riqueza real (nada de papel) terá a possibilidade de ficar relativamente imune?

É uma ideia. Aliás, é mais do que uma ideia, porque os tipos como Rogers não é gente que fale tanto para deixar sair o ar. Uma outra hipótese sugestiva pode ter a ver com a China e a Dívida Pública dos EUA… mas por enquanto ficamos aqui.

O que conta é que a mensagem é muito clara. E que não deve ter caído tão bem em Washington.
E nem em Kiev…

Ipse dixit.

Fontes: no texto.

6 Replies to “Nova ordem: “A Rússia é o futuro””

  1. Estou alertando para isso há algum tempo. A Rússia sionista não será o futuro da especulação financeira mundial, já está sendo. O que falta é a retomada política onde a imagem comunista irá gradativamente desaparecer e surgirá um super país com novas cores…

  2. Então, só a bomba pode ajeitar as coisas para os americanos, como bem tem alertado Paul Craig Roberts. Sendo esta a verdade, o mundo corre sério perigo.

    Eles, os americanos, só têm que dar um jeito de fazerem seu guarda chuva nuclear funcionar (o que parece impossível), atacar primeiro, não sem antes demonizar os russos. Isto tem que ser antes que a Rússia pulverize seus lançadores múltiplos de foguetes por todo seu território, como, aliás, é seu plano. Desta forma que pretendem se defender dos mísseis do império do caos. Especialistas concordam que quanto mais o tempo passar, pior para os EUA.

    Não duvido que sendo da maneira como as coisas andam tomando forma, a guerra ganhará relevância entre os desnorteados norteamericanos e sua tentativa da manutenção do poder hegemônico.

    Ainda segundo P.C. Roberts, um ataque massivo surpresa contra os russos poderia desencorajar, ou até mesmo, incapacitar um revide de Putin. Melhor até, devem pensar, se Putin partisse para outras esferas com este ataque.

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