GermanWings: caso fechado

O caso do avião da GermanWings pode ser considerado fechado.
Duas as certezas:

  1. os mortos estão realmente mortos
  2. as causas reais do acidente nunca serão conhecidas.

Depois há alguma dúvidas, mas a comunicação mainstream têm activamente trabalhado para eliminar estas pequenas arestas:

  1. o avião está “praticamente intacto“.
  2. “milhares de fragmentos do avião e partes de corpos humanos estão espalhados na encosta da montanha”.

Acerca das caixas pretas, tudo claro:

  1. Encontradas uma caixa preta: “Precisamos dum trabalho de compreensão de sons, vozes, alarmes” […] algo que “vai levar várias semanas, se não meses”.
  2. poucas horas depois (26/03/15): “foi o co-piloto” que fechou fora da cabine o piloto que tinha saído para ir na casa de banho.
  3. alguns dias mais tarde: descodificada a caixa-preta (mas não tinha sido descodificada no dia 26?), as últimas palavras do piloto: “Abre esta [ou “aquela?] maldita porta”.
  4. a segunda caixa-preta ainda não foi encontrada: pouco mal, afinal parece ser fundamental para entender o significado do que foi gravado (e descodificado com a velocidade da luz) pela primeira.
  5. segundo o responsável da
    Lufthansa, Kay Kratky, a segunda caixa preta “pode ter ficado desintegrada” (!!!).

Wikipedia, voz “Caixa negra“:

São colocadas normalmente na cauda do avião e feitas de materiais muito
resistentes, como aço inoxidável e titânio, capazes de suportar uma
aceleração de 33 km/s², um impacto de 3.400G durante 6,5 milissegundos,
equivalente a um impacto com velocidade de 270 nós (500 km/h) e uma
distância de desaceleração de 4,5 metros. (1G= aceleração da gravidade
da Terra), temperaturas de até 1.100°C por uma hora, e pressão
hidrostática em profundidades de até 6.000 m, d

Bónus: já sabemos tudo da primeira caixa preta deste avião; nada de nada acerca da caixa preta do voo MH17 abatido na Ucrânia?

Nenhuma dúvida acerca do co-piloto também, Andreas “que morra eu com os Filisteus” Lubizt:

  1. estava deprimido e tinha rasgado o atestado médico para ir trabalhar
  2. tinha passado todos os testes de stress durante o treino.
  3. não tinha passado os testes durante o treino
  4. tinha dito à namorada que o seu nome teria sido conhecido
  5. era obsessivo em relação à namorada, Kathrin Goldbach, que por causa disso abandonou a casa de Dusseldorf.
  6. Kathrin Goldbach disse aos seus alunos que iria ser mãe: o pai era Andreas.
  7. tinha em casa anti-depressivos
  8. frequentava sites pornográficos, perversos e gay
  9. tinha 30% menos de visão (e quem tinha assumido este cego?)
  10. sofria de destaque da retina

Nos próximos dias: faltava-lhe a perna esquerda e estava surdo do ouvido direito, mas tinha
conseguido enganar todos. Única certeza absoluta: as suas tendências suicidas:

  1. antes de ter a licença tinha sido submetido a psicoterapia, pela qual foi documentada uma tendência suicida
  2. Ralf Herrenbrueck, promotor-chefe em Duesseldorf.: “Até agora os exames médicos não revelaram tendências nem suicidas nem agressivas em relação a terceiros”.
  3. entre Fevereiro e Março, Lunitz foi pelo menos três vezes nas instalações médicas do Hospital Universitário de Dusseldorf.
  4. segundo o procurador francês, no estado actual da investigação “nem sequer surgiu a evidência duma doença orgânica“. Os investigadores ainda não encontraram elementos úteis para indicar um motivo específico para o acto dele.
  5. segundo o procurador alemão, há documentos médicos que provam como Andreas tivesse escondido uma doença ao seu empregador e aos seus colegas
  6. Andreas encontrava-se em tratamento, seguido por 4 psiquiatras.

Bastante claro.
Andreas “morro mas não sozinho” Lubitz, único homem na cabine:

  1. a partir das gravações da caixa preta (a da descodificação-turbo) ouve-se a respiração calma e regular (os suicidas estão sempre muito calmos quando estão num avião preste à desintegrar-se)
  2. de acordo com o Bild, o comandante do A320 Patrick Sonderheimer tentou derrubar a porta de segurança com um machado para retomar a condução do avião.
  3. “Os gritos dos passageiros podem ser ouvidos poucos momentos antes do impacto do avião”, disse o promotor de Marselha Brice Robin.
  4. Depois de bater insistentemente na porta da cabine e depois de chamar várias vezes o co-piloto Andreas Lubitz e tentado arrombar a porta, o silêncio continua a reinar entre os passageiros.
    A hipótese é que o comandante tenha dado a ordem final à tripulação para não dizer nada.
  5.  «Abre esta maldita porta!»: estas as desesperadas palavras gritadas poucos minutos antes do impacto por Patrick Sonderheiner
  6. os passageiros gritaram aterrorizados ao longo de cinco minutos.

Fora da cabine: Patrick Sondenheimer, 34 anos, piloto que “amava voar” (quem diria…):

  1. para muitos Patrick “é já um herói”.
  2. pelos seus esforço e coragem “merece a Medalha de honra” diz agora a avó Marianne.

Mas estão a falar de quê? Do piloto que deixou Andreas sozinho a preparar a aterragem?

Obviamente não podia faltar a exacta previsão do acidente.
Jan Cocheret, há dois meses, tinha publicado um artigo na revista especializada Piloot en Vliegtuig, com o título de “Podes abrir a porta?” (!!!):

Pergunto-me continuamente quem estará sentado ao meu lado. Como posso ser seguro de confiar nele? […] Espero, depois da pausa para fazer xixi, de não deparar-me com a porta da cabine trancada.

Portanto: caso fechado.

Ipse dixit.

23 Replies to “GermanWings: caso fechado”

  1. Max, do blog Octupos, http://octopedia.blogspot.com.br/2015/03/acidente-do-airbus-320-manter-o-medo.html, extraí o seguinte texto: "Segundo esses dados, o piloto tinha saído da cabine e o co-piloto tinha ficado sozinho, e que, apesar do piloto ter batido á porta da cabine este não lhe abriu a porta, esquecendo que o piloto poderia ter acianado um código que ao fim de 30 segundos abria a porta do cockpit."
    Procede?
    Abraços!

  2. São tantas contradições que até mete nojo ( como dizem os Portugueses) . O dono do site fez duas matérias sobre o caso, podia dar sua opinião (digo opinião, já que você não é adivinho rsrsr) . Assim, víamos o seu ponto de vista sobre o caso.
    Um grande abraço a todos!

    1. Olá Anónimo!

      Para ter uma ideia, seria preciso obter dados confiáveis, coisa que nesta altura parecem ser substituídos por "vozes" quando não contradicções mesmo. Não é possível entender, por exemplo, como o procurador francês possa descartar a hipótese duma doença mental enquanto o homologo alemão aponta nisso desde a primeira hora.

      Pessoalmente acho seria simpático analisar o porque do caso muito parecido acontecido 4 meses antes, no Novembro de 2014. No dia 5 daquele mês, o avião Lufthansa (a dona da Germanwings) que fazia a ligação entre Bilbao e Munich sofreu uma improvisa e inesperada perda de altitude.

      O voo, um Airbus A321 (mesmo modelo portanto), encontrava-se a quota 9 mil metros quando começou a descer com uma média 1.000 metros ao minuto, sem que os pilotos pudessem intervir manualmente. Só depois de ter desligado o computador conseguiram interromper a queda e chegar ao destino.

      A responsabilidade foi atribuída aos sensores de gelo, que foram prontamente substituídos em todos os aviões da frota. Segundo a versão oficial, os dados captados pelos sensores e transmitidos ao computador estavam errados. Sendo o A321 um avião altamente automatizado, o computador tomou decisões "erradas" (por assim dizer), provocando a perda de altitude.

      No caso do voo Bilbao-Munich, os pilotos conseguiram recuperar e evitar um grave acidente, sem que os 109 passageiros sofressem consequências.

      Será que a mesma situação, vivida por um co-piloto sozinho na cabine, com os auscultadores na cabeça (estava a preparar a aterragem), sem que o sistema de emergência do avião avisasse (ao que parece, no gravador de voz não aparecem os fatídicos "Terrain! Terrain!" e depois "Pull Up! Pull Up!" lançados pelo GPWS, o ground proximity warning system. Hipótese: o co-piloto desligou o alarme. Observação: um gajo que está a suicidar-se e matar 150 pessoas desliga o alarme porque? Fica enervado?) e com pouca experiência de voo (pouco mais de 600 horas) poderia ter tido o mesmo desfecho?

      Temos a certeza de que foi o co-piloto a alterar a altitude do avião? A única resposta pode chegar só e unicamente da análise da segunda caixa preta: aí é visível a sequência de comandos efectivamente (e eventualmente) inserida pelo co-piloto. Por enquanto "presumimos" que foi ele a alterar a altitude, presumimos que foi ele a silenciar os alarmes, presumimos que trancou-se na cabine.

      Só a análise comparada das duas caixas pode determinar se foi um acto voluntário ou se não. Num caso como este, no qual não há diálogos e decisões tomadas em voz alta, as transcrições do áudio diz bem pouca coisa.

      Casualmente, a segunda caixa não aparece e já se fala em "desintegração". O que seria uma anedota se não estivéssemos perante uma tragédia.

      Abraço!

    2. Olá Max

      Tem muita coisa estranha sobre esse acidente, a princípio achei que fosse o sensor de gelo, mas nem neve os Alpes havia, então a primeira coisa que falaram foi que haviam destroços espalhados num raio de 15 km … e vi as fotos mostrando isso, mas não vi o ponto de impacto dessa explosão do avião… será que explodiu no ar antes de bater? E dizem que há video de celular no interior do avião que sobreviveu ao acidente, maravilha! porque o meu querido celular que eu estava mandando uma mensagem, caiu da minha mão e foi ao chão ficando com metade da tela cinza e a outra metade preta… falta de sorte a minha que perdi um celular, já o dono do celular poderoso perdeu a vida…! (desculpe o humor negro, mas não consegui evitar a comparação.)
      Também não tenho uma conclusão para esse acidente.

  3. E por causa destas e outras que deixei de ver TV, ouvir rádio e ler jornais. Só dizem disparates, vale tudo para captar audiencias e vender. Aprecebi-me que so dizem disparates grosseiros quando me deparava com noticias de assuntos que eu bem entendo e não ha margem para expeculações.
    Em relação ao objectivo ser criar o medo não me parece ser este o caso, pois para isso já tinham posto a solta um bicho papão. Parece-me mais provavel que seja um acidente realmente e que queiram ocultar as causas, pq nestas coisas acabam sempre por rolar cabeças e ninguem quer por a cabeça no cepo. E a comunicação social aproveita-se para especular e assim criar audiencias.

    Alguem sabe quando é suposto sair o relatorio do avião que caiu na ucrania? Esse ando danadinho para ver o que vem la escrito. Ja nao devem faltar 6 meses segundo a previsao que fizeram. Nao esqueço.

    EXP001

  4. OFF TOPIC

    caro max,

    estou a ler seu blog desde o início do ano, e a me divertir muito (considerando as acepções 1 e 2 do termo, segundo o aulete: http://www.aulete.com.br/divertir).

    então creio que já é a hora de uma pergunta quase pessoal: por que raios só nós brasileiros estamos seguindo esse Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa? eu entendo perfeitamente o que você escreve e, imagino, que o contrário também seja verdadeiro.

    já que fiz um questionamento pessoal, posso admitir: detesto escrever ideia sem o acento agudo e, quando preencho um cheque, me dá uma dó na falta de trema em cinquenta…

    aliás, você sabia que a implantação total dessa última fase do acordo, aqui do outro lado do atlântico, vem sendo postergada? olhe aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6583.htm

    à guisa de fecho, espero, sinceramente, que este decreto aí acima postergue mais uma vez a implantação.

    1. Olá Mobilização!

      Olhe, antes de mais tenho que efectuar uma pequena correcção: Portugal está a seguir o novo acordo e não sem polémicas. Se nas páginas internet (aquelas não "oficiais") ainda é possível encontrar o "velho" acordo é simplesmente porque as pessoas escrevem como falam. O que me parece sobremaneira correcto.

      Quem não segue as novas regras também sou eu. Isso porque reuniu-me com a minha Comissão Linguística e, após um profundo debate, decidi não segui-las (por acaso, uma decisão aprovada por maioria absoluta). Por duas razões.

      A primeira é simples: já é um milagre eu escrever em Português (nunca frequentei um curso), aprendi o pouco que sei mesmo antes da transicção, agora não me peçam para aprender outra vez não poucas palavras.

      A segunda é uma razão mais pessoal. No idioma italiano usam-se muito as consoantes duplas (exemplo: telhado = tetto), que em Português são substituídas com "ct", "pt", etc. (exemplo: italiano "Egitto", português "Egipto"; "ita "caratteristica", port. "característica"). Qualquer italiano reencontra nestas sequências consonânticas o som forte produzido pelas duplas, pelo que é absolutamente natural escrever "como se fala", com um som forte. Que desaparece seguindo as regras do novo acordo.

      Na verdade, ninguém diz "Egito" ou "ata". É estúpido. Parece um deficiente a falar.

      Quanto aos acentos: para mim poderiam desaparecer, deveriam ser abatidos com violência, todos. Em italiano praticamente não se usam, poupa-se um monte de tinta e ficamos mais felizes. E que raio, aprendam a escrever sem acentos, a tinta custa, não sejam preguiçosos!

      "Gás"? Porque, onde queiram pôr o acento, no "s"? E porque dizem "Amén" se depois escrevem "Ámen"? Cedo ou tarde passo a escrever todos os textos sem acentos: no final acrescento uma serie deles soltos e cada Leitor vai posiciona-los como mais lhe apetecer.

      Agora, a sério: as línguas são coisas vivas, nascem e crescem de forma natural, com o hábito. Nós temos que seguir o percurso natural delas, não são elas que seguem as nossas regras. Qualquer tentativa de "direccionar" o desenvolvimento é estúpida: chocará com o uso e acabará tal como acabaram os idiomas estabelecidos "à mesa" (tipo o esperanto). Ámén.

      Abraçoooo!!!

    2. Então, no Brasil somos todos estúpidos deficientes à falar, pois falamos exatamente "Egito e ata".

      Aurelião.

    3. Ah, desculpe pela crase, mas é que sou ainda da fase da ortografia neandertal.

      Aurelião.

    4. Olá Aurelião!

      Aprecio a tentativa de provocação, mas não se esqueça de que há muitos brasileiros em Portugal, até trabalhei com alguns deles, pelo que sei bem como falam.

      O Brasil é um País muito grande, inclusive com sotaques bem distintos: sabe melhor do que eu que uma pessoa de Belém não fala como uma de S. Paulo ou de Santa Catarina.

      Se a ideia é defender a honra do Brasil contra o mau e ignóbil europeu, tente outra vez, possivelmente com algo melhor. E não se esqueça também de que este assunto foi levantado por um seu compatriota.

      Abraço.

    5. Desculpe, mas não houve tentativa nenhuma de minha parte de provocar qualquer coisa. Foi apenas brincadeira mesmo. E sinceramente não há rincão nenhum do Brasil nos dias atuais que haja gente que fale "Egipto ou acta". Podes crer. Lamento, mas hoje na internet as pessoas só identificam quando há brincadeira se :-D, ou shuashuashua, ou KKKKKK, Desculpe, mas acho isso muito deprimente. Sou um grande apreciador do blogue e raramente comento com a faca entre os dentes. Raramente mesmo. Novamente peço desculpas, talvez tenha usado um humor um tanto quanto cáustico, sem ter me dado conta. E quanto aos europeus, absolutamente nada contra, nem entro nesse papo da ignobilidade. Nas minhas andanças pela virtualidade conheci muitos que admiro muitíssimo. Um deles é nosso anfitrião nestas páginas que me são verdadeiras preciosidades. Podes crer. E aqui não há nenhuma tentativa de graçolas.

      Apenas para corroborar como minha intenção era à do humor, digo que AURELIÃO, é o nome como ficou conhecido o mais editado dicionário brasileiro. Compilado pelo filólogo Aurélio Buarque de Holanda. Tio do grande compositor Chico Buarque de Holanda. Sinto muito, me perdoe, sou grato.

      Antônio Houaiss.

    6. Desilusão, já ninguém fica zangado comigo: eu esperava que António-Aurelião fosse o primeiro após muito tempo… 🙂

      Foi reler o que escrevi e, de facto, é bem possível interpretar mal o que eu disse: mas longe de mim a ideia de insultar a maneira como falam os brasileiros. E foi um erro responder como respondi sem antes pedir mais explicações.

      Até pensei apagar o meu último comentário, depois decidi não ser correcto: os Leitores não podem apagar, assim se eu erro também a coisa deve ficar para a posteridade!

      António, peço desculpa por ter interpretado mal a sua piada.
      E acrescento: a verdade é que estou um bocado em crise com o blog.

      Explico: não penso em fechar, mas a verdade é que é cada vez mais difícil encontrar assuntos que possam interessar aos Leitores. Após 5 anos de actividade, acho que juntos vimos muitas coisas: entretanto, o mundo parece ir numa direcção que não é nada simpática e os factos repetem-se com uma monotonia exasperante. O que aconteceu ontem na Líbia repete-se na Síria hoje e amanhã será o Iemen.

      Por enquanto são terras que ficam longe, na verdade ninguém no Ocidente liga muito. Pelo que, a vida aqui passa como sempre, sem grandes novidades. Ainda bem que de vez em quando abatem um avião, assim há algo para escrever.

      Hoje dei uma grande volta na internet italiana, que é bem desenvolvida. E constatei como todos estão a falar sempre das mesmas coisas. Mas nesta altura os problemas são conhecidos, individuados, acho que não há muito para acrescentar, sobretudo quando ninguém faz nada além de falar.

      O comentário de António chegou mesmo nesta altura (lololol) e eu, que já estava aborrecido com aquilo que lia, desabafei. Desculpe outra vez.

      Abraçooooo!!!!

    7. Meu caro,

      Não creio que te lembres, mas lá se vão alguns anos me despedi das participações em comentários neste blogue. Por razões pessoais. Me despedi e me ofereci para uma corrida pelo Rio de Janeiro, se porventura aqui estivesses algum dia. Mas nunca consegui cumprir minha promessa. Sempre com alcunhas e piadas mal ajambradas me fiz presente. Raposão, Barbeiro de Sevilha, Antônio Houaiss, Dom Quixote e tantas outras que nem me lembro. Sabe porque nunca consegui me afastar e sequer deixar de comentar? Porque julgo este espaço fantástico, criado por uma cabeça que creio privilegiada e frequentada por pessoas que somam muito para a qualidade deste espaço. Nestes anos a freqüência (olha o trema mobilização) mudou, mas a qualidade dos comentadores permanece de alto nível. Questionar um trabalho destes, mesmo compreendendo que por vezes temos nossos dias, é de embasbacar. Meu amigo veja o rating (espero que Saramago não pule do túmulo pelo anglicanismo) dos artigos. Lembro que você o criou para ter noção sobre o que o frequentador de ii mais deseja ser informado. Me responda: já chegou à alguma conclusão quanto à isto? Garanto que não. Porque será? Talvez por que por aqui tudo parece vital. Não te desesperes por assunto. Infelizmente as ratazanas sempre fornecerão toneladas deles. Meu amigo (pois sempre será assim que o verei) estas páginas são imprescindíveis.

      Só tenho o que te agradecer Leonardo. E não permitas que puxem teu tapete, eras tu que deverias ter aquele embate com o Bill Gates.

      Divã do Taxista.

    8. Estava a observar a conversa de vocês e gostaria de registrar:

      1 – Acho que a finalidade desta "adequação ortográfica" , pelo menos aqui no Brasil, é vender novas versões do aplicativo Word ( com a função do corretor ortográfico devidamente adequada às mudanças ) para as instituições governamentais.

      2 – Este é um dos poucos blogs que aprecio. Não comento mais porque realmente não tenho tempo disponível para acompanhar a velocidade com que os artigos são postados.

      3 – Com relação a novos assuntos, sugiro a discussão sobre o fim da maioridade penal que está tramitando no congresso nacional brasileiro. Como o assunto é tratado em Portugal e Europa ? Com que idade uma criança pode ser responsabilizar pelos seus atos ? Qual a opinião sua e dos leitores ?

      Não es esqueça, vc ainda nos deve mais posts sobre o fenômeno UFO.

      Abraço

    9. Divã do Taxista!

      Então não me lembro do taxista de Rio?!?!?!?!? Claro que me lembro.

      Para todos os Leitores: o taxista de Rio foi um dos primeiros Leitores aficionados do blog, E com isso já ganhou um pedacinho de Céu 🙂

      E é um imenso prazer saber que continuas a seguir o blog. Ainda tens o Meriva?
      Cedo ou tarde terei que ir para o Brasil (estava quase no ano passado, depois alguns problemas impediram), mas Rio é uma etapa obrigatória. Não é por nada, mas já tenho o táxi à espera lolololololol

      Um grande abraço meu amigo, uma Boa Páscoa para Ti e para os teus entes queridos!

      Abraçoooooo!!!!

  5. A corda rebenta sempre no lado mais fraco, diz o velho e surrado ditado. Aqui é o caso. O co-piloto ocupa o espaço do fraco, principalmente estando morto. A cia aérea não iria colocar sua credibilidade em jogo, principalmente havendo antecedentes. Observem que invariavelmente a culpa recai sobre serviçais como mordomos, motoristas, jardineiros, etc.

  6. Eu serei provavelmente um "revoltado" contra a ditadura dos diplomas, e certificados, e aptidões, e com a falta de transparencia que vejo por aí, quando se diz cumprir todas as regras.
    Os pilotos de avião não fazem testes de alcool ou drogas antes de todos os voos. Continuo hoje, como desde que uso o avião como passageiro, á mais de trinta anos, a não entender porque tenho eu de fazer o teste em qualquer altura que conduza, e os pilotos e tripulação de serviço não fazem. Nos navios, pelo menos os de passageiros, usam formas igualmente inexistentes de controle.
    Os relatórios médicos, e psiquiatricos, de um piloto de linha aerea, e com 28 anos(eu sei que não quer dizer nada, mas a maioria da população passa a vida inteira sem precisar de 1 unico relatorio psiquiatrico), é tratado como se se tratasse de um qualquer desordeiro de rua. Não se informa a entidade patronal nem o consentimento, e conhecimento, do eventual doente. São os direitos universais do cidadão, esteja doente ou não.
    Esta tragédia faz-me pensar: de acordo com a lei, pelo menos alemã, qualquer piloto pode encobrir um relatório desfavorável da sua entidade patronal, porque a lei impede a comunicação á entidade patronal sem consentimento expresso do doente, pelo menos nos primeiros trinta dias.
    Eu acredito que este assunto não está fechado. Acredito que vai mudar a forma de fiscalizar lugares de "imensa responsabilidade" como os pilotos de linha aerea. O sindicato em Portugal já disse que está tudo bem. Claro!!! Ninguém gosta de ser fiscalizado. As tripulações, e torres de controlo, são sujeitos a quase nenhuma vigilância, psiquiatrica também.
    O Max disse , e eu acredito, que no caixote do co-piloto estava um papel a incapacitá-lo para voar. Se a Germanwings tem um piloto no psiquiatra, e com antecedentes, porque o deixou voar até conhecer o relatório?
    Ponho-me no lugar das vitimas, e fico revoltado. Afinal, havia sinais, conhecidos de autoridades, que podiam evitar esta tragédia. Mas alguém de bom senso apanharia um avião, se soubesse que o piloto anda ou andou no psiquiatra?
    Melhores cumprimentos…

Obrigado por participar na discussão!

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