Isis e História: a Idade do Gesso

Sábado, dia da Cultura!
Então, já viram o vídeo? Eis como o pseudo-Califado trata a Cultura:



Os fanáticos do Isis atacaram o museu de Mosul e destruíram achados de valor inestimável, arte com 9.000 anos de idade. Desta vez não com facas mas com martelos, apesar do resultado ser o mesmo: há sempre uma vítima e desta vez é a Cultura.

Estas imagens deram volta ao Mundo, semeando o horror: já não há palavras.
Devem ser travados? Do meu ponto de vista não.
Até quando estes “radicais islâmicos” destruírem este tipo de Arte, acho não haver problema.
Por duas razões:

  1. as estátuas destruídas eram cópias de gesso. Os originais ficam no museu de Bagdade.
  2. segundo as imagens, estes “radicais” são tão idiotas que nem conseguem ver a diferença entre um original de mármore ou de outra pedra e uma cópia de gesso. Pelo que não devem ser muito perigosos.

A propósito: como é possível que o Califado, que tem milhões de Dólares em financiamento e um departamento dedicado à comunicação que parece ter saído de Hollywood, nem reparou ter destruído estátuas de gesso sem algum valor? E até gravou e espalhou um vídeo para testemunhar o falhanço…

Tudo isso é ridículo. Claro, seria possível ser malandros e fazer algumas considerações pouco simpáticas. Como por exemplo: o Califado sabe muito bem que aqueles “obras de arte” são falsa, mas grava e difunde na mesma porque conta com a “colaboração” dos meios de comunicação de massa que a) nem são capazes de fornecer informações precisas sobre o que acontece b) sabem perfeitamente o que acontece mas querem criar um clima de terror.

Por exemplo, eis como o britânico Channel 4 apresenta a notícia:

Combatentes do Estado Islâmico esmagam estátuas históricas no Iraque

Depois, no mesmo artigo, o arqueologo Mark Altaweel do Institute of Archaeology da University College de Londres demonstra que são cópias. E, como se não bastasse, eis Eleanor Robson, do British Institute for the
Study of Iraq, que explica como os originais foram transferidos para Bagdade há muito.

Pois: seria possível pensar mal. Mas nós não somos malandros, nada de pensamentos impuros. Aliás, ficamos com a versão espalhada pelos media: aqueles delinquentes do Califado destruíram achados de valor inestimável. Desgraçados!

Bom fim de semana para todos!

Ipse dixit.

Fontes: Virgilio Notizie, Blitz, Channel 4

10 Replies to “Isis e História: a Idade do Gesso”

  1. Ola Ola boa tarde.

    Max e amigos do Blog tenho de partilhar isto que acabei mesmo agora de ler convosco

    Teoria da conspiração
    em
    http://redecastorphoto.blogspot.pt/2015/02/1967-cia-cunhou-expressao-teoricos-da.html

    Houve uma tentativa de golpe nos EUA em 1933, organizado por um grupo de empresários norte-americanos de extrema direita (…) O golpe pretendia derrubar o presidente Franklin D Roosevelt, com o auxílio de meio milhão de veteranos de guerra. Os golpistas, entre os quais estavam algumas das mais famosas famílias norte-americanas (proprietários de Heinz, Birds Eye, Goodtea, Maxwell Hse & George Bush [avô], Prescott) acreditavam que o país devesse adotar políticas de Hitler e Mussolini para superar a grande depressão”.

    Mais que isso, “os magnatas disseram ao general Butler que o povo norte-americano aceitaria o novo governo, porque aquelas famílias controlavam todos os jornais”. Alguém ouvira falar, antes, dessa conspiração? Com certeza foi conspiração vastíssima. E, se os golpistas controlavam a imprensa-empresa naquele momento, muito mais controlam hoje, com as empresas-imprensas já “consolidadas”.

    Max depois ja leio aqui este texto que acabaste de colocar

    Abraço 🙂

    EXP001

  2. O que ocorreu foi o seguinte:

    Os guerreiros do Califado adentraram no museu para confiscar as peças, viram que eram apenas cópias de giz e que não teriam valor algum no mercado negro, então frustrados começaram a depredar.

  3. A SIC disse que foi "Maomé que lhes deu esta missão".

    As copias estavam mesmo bem feitas, um Deus já nem as consegue destingir.

  4. Para o Califado não interessa se é de giz, pedra, mármore, ouro, prata, papel, etc, o objetivo é destruir as imagens. Assim como faziam os Judeus "…derribareis os seus altares, quebrareis as suas colunas, cortareis os seus postes-ídolos e queimareis as suas imagens de escultura." – Dt. 7:5.

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