A invenção de Jesus

Atenção: artigo comprido e aborrecido, antes de ler consultar as advertências.
Advertências: é verdade, este artigo é mesmo comprido e aborrecido.

A invenção de Jesus

Uma notícia clamorosa apareceu nos últimos dias. Talvez demasiado clamorosa: mas vale a pena cita-la e pensar acerca do assunto.

O especialista da Bíblia norte-americano Joseph Atwill vai aparecer na frente do público britânico pela primeira vez em Londres, no próximo dia 19 de Outubro, para apresentar uma nova e controversa descoberta: antigas confissões recém-descobertas mostram, de acordo com Atwill, que o Novo Testamento foi escrito por aristocratas romanos do primeiro século depois de Cristo, aristocratas que fabricaram toda a história de Jesus.

A apresentação será parte dum simpósio intitulado Covert Messiah em Conway Hall, em Holborn (Londres).

Embora para muitos estudiosos a teoria possa parecer extravagante, Atwill acredita que as provas são conclusivas e está confiante de que a aceitação é apenas uma questão de tempo:

Apresento o meu trabalho com uma certa ambivalência, já que eu não quero causar qualquer dano directo aos Cristãos, mas isso é importante para a nossa cultura. Os cidadãos precisam de saber a verdade sobre o nosso passado para que possamos entender como e porque os governos criam histórias falsas e falsos deuses. Muitas vezes fazem isso para alcançar uma ordem social que é contra os interesses das pessoas comuns.

Sem dúvida, mas esta é uma observação genérica, vamos descobrir algo mais.
Atwill argumenta que o Cristianismo começou não como uma religião, mas como um sofisticado projecto de governo, uma espécie de exercício de propaganda utilizado para pacificar os cidadãos do Império Romano:

As setas judaicas na Palestina na época, que estavam à espera de um profetizado guerreiro Messias, foram uma constante fonte de violenta revolta durante o primeiro século. Quando os Romanos esgotaram os meios convencionais contra a rebelião, passaram a guerra psicológica. Teorizaram que a maneira de travar a propagação da actividade missionária judaica era a criação dum sistema de crenças concorrente.

É esta a altura em que a história do Messias “pacífico” foi inventada. Em vez de inspirar guerra, este Messias rogou o pacifismo, dar a outra face e encorajou os judeus a “dar a César” e pagar os impostos a Roma. Explica Atwill:

Jesus foi baseado numa pessoa real da história? A resposta curta é “não”, na verdade ele pode ser o único personagem fictício da literatura, cuja inteira história de vida pode ser atribuída a outras fontes. Uma vez que estas fontes são postas a nu, não falta nada.

A suposta descoberta de Atwill foi feita enquanto estava a estudar “Guerra dos Judeus” de Flávio Josefo [Titus Flavius Iosephus, militar e historiador: é dele o único relato histórico sobrevivente da Judeia no I século d.C., ndt] e o Novo Testamento.

Comecei a notar uma série de paralelismos entre os dois textos. Embora tenha sido reconhecido há séculos por estudiosos cristãos que as profecias de Jesus parecem ter sido cumpridas no que Flávio Josefo escreveu na Primeira guerra judaico-romana, eu estava a ver dezenas de outros. O que parece ter escapado a muitos estudiosos é que a sequência de eventos e lugares do ministério de Jesus é mais ou menos a mesma de que os eventos e locais da campanha militar de Titus Flavius ​[o​ imperador, ndt] , conforme descrito por Flávio Josefo. Esta é uma evidência clara de um projecto deliberadamente construído. A biografia de Jesus foi construída, totalmente, com base em histórias anteriores, mas especialmente com base na biografia de um César romano.

Como foi possível que estes dados passassem despercebidos ao longo deste tempo todo? Responde o estudioso:

Muitos dos paralelismos são conceituais ou poéticos, de uma forma que não é óbvia. Afinal, os autores não desejavam que o crente médio pudesse ver o que estavam a fazer, mas queriam que o leitor atento entendesse. Um instruído da classe dominante romana teria provavelmente reconhecido o jogo literário.

Atwill argumenta que pode demonstrar que:

Os Césares romanos deixaram uma espécie de quebra-cabeça literário que tinha de ser resolvido pelas gerações futuras, e a solução deste enigma é “Nós inventámos Jesus Cristo, e estamos orgulhosos disso”.

Este é o início do fim do Cristianismo?

Provavelmente não, mas o que o meu trabalho tem feito é dar a permissão aos muitos que estão prontos para deixar a religião, para dar um corte limpo. Agora temos provas para mostrar exactamente donde a história Jesus chegou. Embora o Cristianismo possa ser um conforto para alguns, também pode ser muito prejudicial e repressivo, uma forma insidiosa de controle da mente que levou à aceitação cega de servidão, pobreza e guerra ao longo da história. Ainda hoje, especialmente nos Estados Unidos, é usada para criar apoio na guerra do Oriente Médio.

Joseph Atwill é, de facto, um estudioso da Bíblia e escreveu dois livros acerca do assunto: Caesar’s Messiah e The Single Strand, ambos bem sucedidos.
O problema não é este.

Historicidade de Cristo
Vamos esquecer qualquer assunto de ordem espiritual, vamos falar apenas da historicidade.
Até hoje não há uma prova definitiva acerca da existência de Jesus.

As provas de fonte cristã não fazem muito sentido, pois é como pedir a um adepto da Sampdoria qual o melhor clube do mundo: claramente o adepto responderá “Sampdoria” (o que, por acaso, é a resposta correcta).

Depois há as provas dos autores não cristãos, entre os quais a mais importante sempre foi considerada o testemunho do mesmo Flávio Josefo, que no texto Antiquitates Judaicae (Antiguidades Judaicas) reporta três referimentos acerca de Jesus. O problema é que há muito é sabido como o texto original foi alterado ao longo do Idade Média, em particular na parte conhecida como Testimonium Flavianum (XVIII, 63-64).

Outras alegadas provas:

  • Talmud de Babilónia (que todavia foi escrito apenas no V século d.C.)
  • Sepher toldos jeschut (séc. II) 
  • Sextus Iulius Africanus (séc. III d.C.) o qual cita Tallo (séc. I d.C.) o qual diz ter ouvido da crucificação de Jesus (e se esta é uma prova…)
  • uma carta de Plínio o Jovem (séc. II d.C.) na qual é citado o nome de Cristo

mais outros escritos romanos que citam os Cristãos ou as crenças deles: Tácito, Svetónio, Dione Cássio, Tertulliano, o imperador Adriano e mais ainda.

O que importa realçar é que não existe um único escrito contemporâneo que testemunhe da existência de Jesus, sendo que as primeiras notícias acerca dos Cristãos são do 64 d.C., com os escritos do historiador romano Tácito.

Esta ausência de relatos contemporâneos é bastante esquisita, pois estamos a falar dum indivíduo (com respeito falando) que ia dum lugar para outro multiplicando o vinho, ressuscitando os mortos, tratando os leprosos…o que não devia ser um espectáculo tão comum. Mais esquisito ainda, nem os historiadores que viveram nos mesmos anos de Jesus citaram alguma vez o Redentor: Séneca, Plutarco ou Fílon de Alexandria (judeo-helenista) simplesmente ignoram todos os acontecimentos citados nos Evangelhos.

Apesar disso, na minha opinião Jesus foi uma figura realmente existida, embora os graves erros cronológicos contidos nos Evangelhos Canónicos. Eventualmente, o discurso é acerca de quem foi realmente o Cristo: eu tenho as minhas ideias, o Leitor terá as suas (e, apesar das minhas estarem certas, sou magnânimo e permito que o Leitor possa continuar a errar).

Os erros de Atwill

Doutro lado, se a ideia for provar que Jesus não existiu, seria melhor utilizar argumentos mais
convincentes daqueles apresentados pelo autor de Covert Messiah.

Em primeiro lugar: os Romanos eram gente muito pragmática, sobretudo em termos militares. Democraticamente, ofereciam aos adversários sempre duas opções: ou submeter-se ou morrer.

Por alguma estranha razão, a maioria escolhia a primeira opção e os habitantes da antiga Palestina tinham feito mesmo isso: amplamente derrotados, tinham-se submetido, deixando atrás apenas um grupo daqueles que hoje seriam definidos como “terroristas”.

Mas os Romanos não tinham necessidade de “inventar” uma nova religião: a Palestina já era controlada pelas forças do Império e quando os Romanos se fartaram das rebeliões, simplesmente massacraram boa parte da população e proibiram aos restantes de morar em Jerusalém, a capital (135 d.C.). Este era o estilo romano, nunca teriam perdido tempo numa manobra tão sofisticada quando o problema podia ter sido resolvido de forma definitiva (como efectivamente aconteceu).

Outro ponto muito importante: Atwill parece desconhecer que quando Flávio Josefo escreveu as Guerra dos Judeus (no 75 d.C.), já Tácito tinha falado dos Cristãos (nos Annales 15,44, escritos no 64 d.C.).

E por qual razão os imperadores romanos decidiram perseguir os Cristãos (já a partir do 95 d.C.), se estes tinham sido uma criação da aristocracia de Roma? Domiciano, Trajano, Antonino Pio, Cómodo…?

E para acabar: Atwill supõe que Jesus foi inventado para atrair as setas mais militaristas, os “terroristas”. No entanto, a figura de Jesus é precisamente o que os rebeldes menos teriam seguido, pois a figura do Cristo estava muito afastada dos ideais da guerra e do combate. Na verdade, a mensagem Dele era para as pessoas comuns e foi precisamente isso que aconteceu, como testemunhado pelos Evangelhos. Em suma: teria sido uma invenção totalmente errada e inútil.

Seria possível continuar, mas não é o caso. Acho que poucos exemplos demonstram a falta de bases para esta teoria.

Valores?

Então, tudo isso para dizer que Cristo realmente existiu e que não foi uma invenção dos Romanos?
Não, o discurso é mais profundo. Como afirmado: acho que Atwill erra na sua teoria, tal como Cristo provavelmente existiu (apesar da interpretação que cada um de nós pode atribuir-Lhe, mas este é outro assunto).

O que gostaria de realçar é que estamos perante, mais uma vez, dum ataque contra a religião cristã. Pode parecer curioso, sobretudo considerado que quem escreve nem cristão se considera (por isso: este artigo não deve ser entendido como uma defesa da Igreja cristã): mas na verdade o ataque contra a Igreja de Roma faz parte daquele que parece ser um projecto mais amplo e que tem como objectivo abater uma série de valores, aqueles sobre os quais se regeu a nossa sociedade até hoje.

Os valores não são absolutos: o que for o Bem hoje pode por absurdo tornar-se o Mal de amanhã. Por isso: os valores mudam com o tempo e é normal que assim seja. Mas é uma mudança lenta e, sobretudo, tem que nascer de forma espontânea do interior da sociedade.

Nos últimos tempos, pelo contrário, temos visto muitos valores serem postos em causa: o valor da família, do matrimónio, do sexo, da espiritualidade, da velhice. Tudo num espaço de tempo muito curto e
nem sempre (para não dizer quase nunca) com o consentimento da sociedade.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a união de casais homossexuais foi decidida não porque a maioria dos cidadãos assim quis (pois a maioria deles está contrária) mas com a via legislativa.
Agora, em discussão está a adopção de filhos por parte dos mesmos casais: tudo isso sem que a sociedade civil seja consultada.

Mais: surgiram organizações (até internacionais) que lutam para que a idade mínima para ter relacionamentos sexuais seja baixada até os 10 anos (no mundo há 33 organizações pedófilas reconhecidas e já houve o “Dia do Orgulho Pedófilo”, 22 de Dezembro de 2012…).

Que fique claro, não quero aqui pôr em causa os direitos dos homossexuais (dos pedófilos, pelo contrário, sim), o discurso é diferente: porque impor uma mudança de valores por via legislativa sem que seja a sociedade a exigir de forma natural tais mudanças? Quem decide isso? Qual a necessidade? Qual a finalidade?

As teorias de Atwill enquadram-se nesta tendência e com sucesso: é já o seu terceiro livro acerca do assunto e isso apesar dos evidentes erros e incongruências. E fazem parte duma complexa rede de teorias, todas florescidas nas últimas décadas, que têm como base minar os fundamentos religiosos. Assim: demonização do Islamismo dum lado, credibilidade abalada do Cristianismo do outro.

Acho isso curioso e bem pouco ingénuo.
E o Leitor? (sempre que tenha conseguido ler até aqui…)

Por enquanto: bom fim de semana para todos.

Ipse dixit.

Fontes: Covert Messiah, PRWeb, Caesar Messiah, mais várias páginas de Wikiédia (versões inglesa e portuguesa)

28 Replies to “A invenção de Jesus”

  1. Acho que não devemos cair no argumento falacioso do "marxismo cultural", pra começar.

    Segundo, concordo com as ideias do Max, de que esse senhor Atwill anda pouco informado…

    Só discordo MESMO é com relação a sua posição Max acerca do casamento e adoção por parte de homossexuais. Não é a maioria da população que tem que permitir acerca dos direitos do próximo. Sabemos bem o quanto uma sociedade discriminatória e reacionária pode barrar direitos civis de uma minoria que sempre foi marginalizada. Então, não,não é desse modo que se garante igualdade. No entanto, não estou certo pela via legislativa.
    De qualquer modo, pra concluir, o que esta em jogo mesmo são as crenças tradicionais no mundo todo, e não específica mente esta ou aquela religião. Em contrapartida a isso, há um aumento do fanatismo (tanto cristão quanto islâmico) para fazer oposição.
    Só não acho mesmo que haja um projeto deliberado, senão tendemos a terias conspiratórias inúteis.

  2. "demonização do Islamismo dum lado, credibilidade abalada do Cristianismo do outro."

    Sim, a conspiração da "raça" que se auto considera "eleita" tem artifícios bem "manhosos" com os quais vão destruindo o pouco que resta dos valores espirituais e princípios éticos dos "gentios" (não judeus).Faz parte da agenda secreta.

    Vejamos o que pensam as sumidades pontificas judaicas sobre os não judeus "gentios".

    Notícia em jornal israelita:
    http://www.haaretz.com/jewish-world/adl-slams-shas-spiritual-leader-for-saying-non-jews-were-born-to-serve-jews-1.320235

    “Com os gentios, será como com qualquer outra pessoa: eles precisam morrer, mas Deus lhes dará longevidade. Por quê? Imagine que o burro de alguém morra, seu proprietário iria perder dinheiro. Este é seu servo. É por isso que ele vive bastante, para trabalhar para seu judeu”,

    "O líder dos judeus sefarditas, grão-rabino Ovadia Yosef, disse em seu sermão semanal do sábado (Sabbat) à noite que os não-judeus existem para servir os judeus.
    “Os Goyim (não judeus) nasceram unicamente para nos servir. Sem isso, eles não têm qualquer lugar no mundo; apenas para servir o povo de Israel”, afirmou.
    “Por que os gentios são necessários? Eles vão trabalhar, irão arar, colher. Nós sentaremos como um efêndi e comeremos”, disse ele rindo.

    Yosef, líder espiritual do partido Shas e ex-chefe dos rabinos sefarditas de Israel, também disse que a vida de não-judeus é preservada para evitar maiores perdas financeiras aos judeus.

    Condenações:

    As declarações do rabino não foram criticadas de forma alguma pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Já oConselho Central dos Judeus na Alemanha também não pôde indicar qualquer ódio racial na exposição das leis judaicas pelo rabino Ovadia Yosef, assim como as mais importantes federações israelitas aqui no Brasil.

    E diante de tudo isso são os Gojim que são os malvados, são eles que odeiam os judeus, são os anti-semitas etc etc. Os Gojim são realmente tão idiotas como expostos por líderes como Ovadia Yosef e pela lei judaica? Poder-se-ia dizer que sim, pois eles acreditam em qualquer mentira, não importa quão estúpida ela for."

    Repare-se agora um dos comentários á notícia feito por um leitor israelita.(comentário 127)

    "Pela primeira vez eu tenho que concordar, totalmente, sem quaisquer objeções com a posição da ADL sobre este assunto 🙂 É absolutamente errado fazer o que o rabino .. seja lá qual é o seu nome, fez. As palavras ditas abertamente são o maior crime. Ele está revelando o segredo sagrado que deve ser escondido diante dos olhos dos Goim. É claro que eles-Goim-nascem apenas para servir os judeus e não há necessidade de anunciar isso para todo o rebanho. Os açougueiros sabem-no, Isso é suficiente"

    Acrescentando que, sabendo nós, quem controla o sistema monetário e financeiro mundial (com predominância nos USA) e quem controla os Média e Hollywood, que são em última análise quem "educa" o povo.
    Temos as massas convertidas em "burros" a trabalhar para os seus judeus.

    Sejamos ao menos "burros inconformados".

  3. Note-se que este tipo de pensamento é caracteristico das correntes Sionistas Judaicas mais radicais, não da maioria de todo o povo.

  4. Olá Max, vou explicar-te pois eu já fui soldado romano e conheço a história.

    Em primeiro lugar isso não afeta de maneira nenhuma os cristãos, e ser cristão não é fazer parte da igreja romana, uma coisa não está necessáriamente ligada a outra.

    Jesus existiu sim e a prova disso é que já foi encontrado a tumulo de Tiago, com a escrição "Aqui Tiago irmão de Jesus".

    Mas o que está escrito no novo testamento é uma novela, diversas passagens são comuns a vários personagens de vários locais e culturas diferentes, a exemplo disso veja a biografia de Apolonio de Tiana.

    A pergunta a ser feita não é a que o Lukas escreve, o assunto interessa a quem se incomoda com tantos passando fome, com guerras por dinheiro e petróleo, enfim interessa a quem procura a verdade escondida em uma sociedade injusta desigual etc…

    A pergunta e o que deve ser melhor investigado (fica ai a dica) é sobre os tais "Aristocratas Romanos" que mer… é essa?

    Não seriam por acaso os que fundaram uma corporação formada por homens sem família com o único objetivo de dominar e perpetuar o poder que possuiam, tendo em vista sobreviver ao fim do império romano?

    E não foi essa corporação que criou as escolas com sistemas de ensino em que você e eu estudamos? que mantinha/mantém as escolar onde se formaram as bases da economia moderna, com ou sem Marx?

    É longo o assunto se seguir por essa trilha, mas me bate a dúvida, quem pode garantir que o profeta Muhamad não foi romanceado da mesma forma que o profeta Jesus?

  5. E quanto aos bons valores eles sempre estiveram lá, (http://puto45.blogspot.com.br/2011/05/o-ultimo-papa.html) mas a falta de responsabilidade ou o interesse maior se considerarmos o que escreve o 56 acima, sempre deu um jeito de subverter atravéz da velha técnica : tese – antítese – síntese (corrompida claro) e da competição em toda parte, contrária aos ensinamentos mas incentivada e enraizada pelos irresponsáveis.

  6. 3 coisas:

    Segundo as informações, o Novo Testamento foi primeiramente encontrado em grego, e tudo quanto lá consta vai da década de 50 DC até 82 DC. Isso inclui as epístolas de Paulo, que datam da década de 50 DC até meados da década seguinte – e se não me engano, foi Paulo que disse que se não acreditavam no que ele dizia sobre Jesus, que perguntassem às testemunhas do que Jesus fez, pois algumas delas ainda se encontravam vivas. Não sei em que livro ou epístola se encontram. Se não é numa epístola, talvez no livro de atos dos apóstolos.

    Repito aqui um comentário que já por aqui apareceu antes neste blog: o rabo não foi feito para deixar entrar; o que foi feito para deixar entrar não é nenhum homem que tem, são as mulheres; a conclusão em termos de orientação sexual a tomar é assim lógica.

    Primeiro começa com o orgulho gay, depois com o orgulho pedófilo, nos EUA a zoofilia já aprovada para os militares, e o próximo a ser defendido já eu estou mesmo a ver qual é: o incesto. Nenhuma criança vai estar a salvo em lado nenhum. Não é nada disso que é suposto acontecer.

  7. anónimo 56:

    Segundo a Bíblia, os israelitas, apesar de serem o povo escolhido por Deus, passavam a vida a corromper-se e a comportar-se erradamente, razão pela qual estavam sempre a sofrer desgraças e calamidades como castigo. Foram eles os primeiros a afrontar Cristo, e por isso Cristo usou aquela parábola dos vinhateiros maldosos para se referir aos maus atos dos israelitas daquele tempo. Em vez de temerem a Deus, tinham era amor à condição de nação poderosa que Deus lhes dera, e usavam Deus como desculpa para os seus atos que Deus na altura não aprovou, e hoje ainda menos aprova.
    Mas eu não quero incentivar qualquer tipo de antissemitismo com isto: infelizmente, seja qual for a raça, todos fazem hoje o mesmo uns aos outros. Dizem que a conspiração global tem origem judaica. Vamos supor que isso até é verdade. Então e todos os que não são judeus e se juntam aos corruptores? Não contam?

  8. É preguiça mental, ou a maioria das pessoas realmente não se preocupa em ir atrás dos elos em comum da maioria das religiões existentes? Há necessidade? Para mim sim…

    A propósito, como falei para um amigo anos atrás, a figura de um arquétipo psíquico perfeito (nas palavras do cientificismo atual) é a "coisa" mais próxima que poderíamos chegar à imagem de um "cristo" (que tal o vocábulo indiano "krshna"?). E de imagens nossa sociedade ocidental-judaicocristã já está mais do que abarrotada…

    Beijos a tod@s.

  9. Boa noite!

    Eu acho que alguma pessoa Jesus deva realmente ter existido, mas achei interessante esta tese deste historiador.

    Acho Max que, pensando no tempo passando devagar, ano após ano, seja mais fácil de entender uma espécie de controle religioso. 30 anos seria suficiente para estas pessoas causarem algum dano ao governo para passarem a ser perseguidas..

    Mas como disse alguém nos comentários, o que realmente importa é o ponto de convergência entre as religiões, as atitudes e morais pregradas.

    Amo a essência do cristianismo, a mensagem, mas confesso que ainda é uma mitologia, como mitologia grega ou qualquer outra. Não acredito em profetas.

  10. Já o filme "Zeitgeist" tentou desmistificar a existência de Jesus, associando-a à mitologia egípcia, o que foi rebatido por historiadores.
    David Icke segue o mesmo raciocínio que "Zeitgeist", mas anda a reboque de "espíritos guias". Icke é esoterista.

  11. Eis um facto para refletir: o cristianismo está em expansão no médio oriente devido a muitas pessoas de lá terem tido visões e sonhos em que Jesus apareceu.

  12. A informação,para mim, mais siginificativa de Atwill e que bate certo com as qualidades atribuidas de historiador é= como sofisticado projecto de governo. Claro que sempre foi isso nas civilizçãoes iniciais sumericas, na Grecia, no Egipto como no Muçulmanos. O que há de errado nisso é o andarem a atribuir valor a factos secundarios -Jesus existiu? quando se sabe que pregadores eram muitos e que o antigo testamento se encontra em textos da Grecia antiga,pois fazia parte do conhecimento humano dessa região. Triste é ver 3 milenios depois as discussoes, perseguiçoes e até guerras que os "espertos" de hoje usam para justificar a sua incapacidade de aceitar o próximo. Obrigar crianças inocentes a seguir uma seita antes que tenham entendimento e discernimento é dos crimes que deviam ser consagrados na carta dos direitos humanos. Mas como vemos na Russia ou nos EUA os presidentes a apoiarem-se nas seitas religiosas não podemos alimentar grandes esperanças.

  13. Aqui este humilde leitôr só se lembra de Albert Pike… Aliás, nada além do plano… 🙂

    Acerca desse assunto, e assumindo o Complexo do Messias, só tenho a dizêr : Deixai-os poisar, pois assim está escrito… 🙂 O resto, deixemos à espada… 🙂

  14. P.S. _ Este GOIN nasceu para te matar "JUDAS", e é isso que será feito… Amén.
    Podes adicionar esta ao teu THAMUD… 😉 Com ou sem fanatismo… 🙂

  15. P.s. – Alguns trechos do Talmude

    O Talmude define especificamente todos os que não são judeus como animais inumanos.
    ALGUNS ENSINOS DO TALMUDE JUDAICO
    Erubin 21b. “Quem desobedecer aos rabinos merece ser morto e será punido no inferno, fervido em excremento quente.”
    Moed Kattan 17a. “Se um judeu tiver que fazer o mal deve ir a uma cidade onde não seja conhecido e fazer o mal lá.”
    “Bater num judeu é o mesmo que bater em Deus.”
    Sanhedrin 58b. “Se um gentio bater num judeu, o gentio deve ser morto.”
    “É CORRETO enganar um não-judeu.”
    Sanhedrin 57a. “Um judeu não precisa pagar a um gentio (“ samaritano") os salários que lhe deve por seu trabalho.”
    OS JUDEUS TÊM STATUS LEGAL SUPERIOR
    Baba Kamma 37b. "Se o boi de um israelita matar um boi de um cananita não haverá qualquer responsabilidade; mas se o boi de um cananita matar o boi de um israelita… o pagamento deve ser integral."
    OS JUDEU PODEM ROUBAR OS NÃO-JUDEUS
    Baba Mezia 2â. “Se um judeu encontrar um objeto perdido por um gentio não terá de devolvê-lo.” (afirmado também no baba Kamma 113b).
    Sanhedrin 7ã. “Deus não poupará um judeu que case sua filha com um homem velho ou procure uma esposa para seu filho na infância ou devolva um objeto perdido a um gentio” “Os judeus podem roubar e matar os não judeus. ”
    Sanhedrin 57a. “Quando um judeu assassinar um gentio (“ samaritano"), não haverá nenhuma pena de morte. Que judeu que roubar um gentio pode ser absolvido.”
    Baba Kamma 37b. “Os gentios estão fora da proteção da lei e Deus tem “colocado seu dinheiro a disposição de Israel.”“.
    OS JUDEUS PODEM ENGANAR OS NÃO-JUDEUS
    Baba Kamma 11á. Os judeus podem usar mentiras ("subterfúgios") para convencer um não-judeu.”

    AS CRIANÇAS NÃO-JUDIAS SÃO SUB-HUMANAS
    Yebamoth 9å. “Todas as crianças gentias são animais.”
    As meninas de Abodah Zarah 36b. “Os gentios estão em um estado de niddah (imundice) desde o nascimento. ”
    Abodah Zarah 2à-22b. “Os gentios preferem fazer sexo com vacas.”
    INSULTOS CONTRA MARIA
    Sanhedrin 10ã. Diz que a mãe de Jesus era uma prostituta: "que era descendente de príncipes e legisladores, e que se prostituía com carpinteiros.”.
    Também na nota de rodapé #2 a Shabbath 104b da edição de Soncino, afirma-se que no texto "não-censurado" do Talmude está escrito que a mãe de Jesus, “Maria, a cabeleireira” praticou sexo com muitos homens.
    EXULTAÇÃO POR CRISTO TER MORRIDO JOVEM
    Uma passagem do Sanhedrin 106 regozija-se sobre a idade precoce em que Jesus morreu:
    "Tu ouviste como era o velho Balaão (Jesus)? — respondeu: Não se encontra realmente especificado, mas como está escrito que os homens sanguinários e mentirosos não viverão mais que a metade dos seus dias, isso significa trinta e três ou trinta e quatro anos."
    JESUS NO TALMUDE: AS HORRÍVEIS BLASFEMIAS CONTRA JESUS CRISTO
    Apesar da desinformação ser a prática padrão dos apologistas do Talmude, para negar que ele contenha todas as referências depreciativas a Jesus Cristo, determinadas organizações judaicas ortodoxas são mais autênticas e não somente admitem as menções existentes contra Jesus no Talmude, como também o depreciam (como um feiticeiro e um demente, fanático por sexo).
    Estas organizações judaicas ortodoxas admitem isso, talvez porque não achem que a supremacia judaica deva ser estabelecida desta forma no mundo moderno e por isso não precisam se preocupar com as reações contrárias.
    Por exemplo, no Website do grupo judaico ortodoxo de Hasidic Lubavitch – um dos maiores do mundo — encontramos a seguinte afirmação, complementada com citações talmúdicas:
    “O Talmude (edição babilônica) registra outros pecados de Jesus, o Nazareno”:

    E por aí vai… É bom que se saibam estas coisas, uma vez que as pessoas deveriam entender pelas acções, mas estão bem escondidas por debaixo do manto de "DEUS" Lucifer… 😉

  16. P.S. _ Carl Marx não s.f.f. Sr. Shanerrai… Mordechai Levi é mais iluminadôr para o assunto em discussão… Nada de Hegel s.f.v. 🙂

    Estou a brincar, falando sério… 🙂

  17. Carl Marx, JUDEU obviamente, nunca pegou numa enchada na sua vida, mas estava descrito em Albert Pike, assim como Lenine, e Estaline, são todos não GOIN… LOL

    Relembrando : " Baba Kamma 11á. Os judeus podem usar mentiras ("subterfúgios") para convencer um não-judeu.”

    1. Foram 6 milhões há menos de cem anos é esse discurso anti semita de merda que provoca odio. Escrever como pseudo intelectual distorcendo textos hebraicos …. Meus parabéns . Yeshoa poderá ter existido ate porque era um nome comum pode é não ser esse

  18. Não queria entrar neste jogo "JUDEU/NÂO JUDEU", apenas estou a constatar factos que para quem quiser pesquisar irão de facto deparar-se com… 😉
    Se realmente quiserem perceber, quem são ELES e quem são os outros, dou-vos um segredo, os 3 são os mesmos.. 🙂

  19. Olá Max

    Curiosamente estou a ler um livro relacionado com essa questão. "A Origem Egípcia do Cristianismo" da autora Lisa Ann Bargeman editora(brasileira) Pensamento. O foco é a associação dos rituais egípcios aos judaico-cristãos.

    Sobre o que o 56 disse, essa é a forma dos judeus nos verem porque nós "não somos da mesma raça deles". E por conta disso, existiremos apenas para sermos usados… e quando não formos mais necessários seremos descartados. Isso é fato e já percebi pelas atitudes de alguns com quem já convivi profissionalmente.

    Existiu J.C.? Acredito que sim, que Maria existiu, que Madalena também, apesar das histórias serem bastante confusas e difíceis de comprovar.
    Aqui vamos ter que confiar em recenseamentos judeus.

    Os judeus sempre consideraram Jesus apenas mais um profeta e eles tinham profetas aos montes desde que viraram história nesse mundo.
    Sou espiritualista e já tive oportunidade de ler e comparar algumas coisas. Prefiro ler a Bíblia com um livro idôneo de história do lado…
    Há várias incongruências desde o nascimento do J.C. até a sua morte.

    Os romanos eram bons em registros, isso podemos usar para desbancar uma série de fatos narrados. Por exemplo, o rei Herodes que mandou matar crianças, foi avisado que morreria durante um eclipse. E realmente isso ocorreu depois desse infanticídio, ESTÁ registrado nos anais romanos. Mas… neles, o infanticídio ocorreu 4 anos antes da data que alegam que Jesus nasceu.

    Max, continue a cruzar informações, um profeta foi imortalizado e seguem ele até hoje, o grupo de romanos que pressentiu a queda do seu império também preparou a preservação de seus "melhores ensinamentos". – Mas estou a falar dos ensinamentos sobre política romana e não dos ensinamentos de um profeta peregrino! – O Vaticano nasceu desse planejamento. Respeito esse grupo, pois eles fizeram o serviço bem feito.

    Estude a história no período em que vai da queda do império romano aos primeiros papas, eles só mudaram a toga para a mitra. Tem até uma papisa que os romanos morrem negando sua existência, enfim, esse pormenor pode ser lenda. Mas que eles criaram a bíblia baseando-se em alguns pedaços de papiro e couro escrito não tenha duvidas!

    Abraços

  20. "Não faças tu comum ao que Deus purificou", foi a revelação dada a João, antes do Espírito Santo descer sobre os gentios, segundo a Bíblia.
    Coisa que as elites judaicas não gostam de ouvir.
    Não estou a acertar em todos os judeus por igual, apenas nos judeus e não judeus que se corromperam a si e aos outros e se desviaram do que era suposto serem e fazerem.

  21. Caro Max, faço poucas intervenções no teu blog, porém penso que muitas vezes ficas a andar em círculos. A começar pela economia, todos sabemos que o dólar é a moeda hegemônica cujo lastreamento é uma falácia, ou seja papel pintado, porém todo o "MUNDO" faz questão de que continue assim, afinal eles têm bomba atômica e os "marines". Porém, é só a ponta do iceberg já que os sionistas e as Casas Bancárias sempre estão por detrás de todos os movimentos, sejam político ou econômicos e não é segredo para ninguém a origem genealógica desses "pimpolhos". O mundo está confuso e dividido pela propaganda "judaico-sionista-capitalista" pode até ser redundante, mas é esse o caminho que nos foi planejado. De qualquer forma não existe saída sem sofrimento para tudo isso, é preciso ser muito ingênuo para pensar que a diplomacia, que democracia vão resolver todos problemas do mundo. Claro que não, nós vivemos na era da "espada, do ferro e fogo" e para ser mais moderno na era da informática das sugestões subliminares e de toda parafernália que a ciência foi capaz de produzir. Os comportamentos são meramente imitações, as opiniões, salvo algumas originais, apenas repetem o que é dito na mídia. Existe solução? Sim, existe primeiro é preciso se despir do mundo dos outros, do mundo que pretensamente enxergamos e reconstruimos com a opinião alheia como se fosse o nosso próprio mundo. Se começarmos assim pelo menos já será um começo. A minha opinião é só mais uma, nem por tem alguma validade, que cada um procure a sua.

  22. O desinteresse pela história préegípcia, que mudaria radicalmente a maioria dos conceitos existentes, já demonstra o quanto exercer dominação e poder via religião é antigo e imprescindível para uma minoria sobre a maioria.O ocidente foi cooptado pelo cristianismo, um sistema de crenças pensado e articulado para esse propósito maior.Unida com a ciência, após o advento Iluminista, sufocou a Filosofia e a capacidade de pensar do indivíduo.Primeiro controlando a Educação, depois os meios de comunicação e de informação assim como o desenvolvimento de alta tecnologia bélica e os processos que envolvem as finanças, como as políticas monetárias,cambiais e fiscais,que o próprio autor do blog discorre em suas ótimas matérias, sua tarefa tornou-se facilitada. E essa minoria tem nome: SIONISMO, uma elite judaica que prioriza a dominação pelo viés econômico e cultural.

  23. O que se tem do Jesus histórico são apenas desculpas para a sua não confirmação como figura histórica. Quando não se tem um único motivo para justificar sua existência e diversos a contrariar, o que deve prevalecer?
    A religião percebida como um instrumento político é bem diferente de quando é percebida como um instrumento de aperfeiçoamento moral. A tendência é que ela seja apreciada preferencialmente pela segunda possibilidade. No entanto, é sob o ponto de vista secular que faço essa reflexão a respeito da origem do cristianismo. Conheça um pouco mais a respeito da origem da nossa cultura ocidental. Visite a página do livro A Origem do Cristianismo em Reflexão, no Facebook:
    https://www.facebook.com/aorigemdocristianismoemreflexao?ref_type=bookmark
    E adquira o seu exemplar em:
    http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=1702&idProduto=1734

  24. “A verdade histórica é a mais ideológica de todas as verdades científicas […]Os termos de subjetivo e de objetivo já não significam nada de preciso desde o triunfo da consciência aberta […]. A verdade histórica não é uma verdade subjetiva, mas sim uma verdade ideológica, ligada a um conhecimento partidário”. (ARON cit. por Marrou, s/ data, p. 269)

    Se a fé nunca dependeu da história, porque fazem tanta questão desta última? Por que insistem em preservar essa bruma que envolve os primeiros séculos do cristianismo? Não devia ser assim. No entanto, quando fazemos uma aproximação dos fatos com fatos e não com ideias, é possível outra conclusão.

    http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver

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