Nairobi: a sombra dos serviços

E vamos concluir os discurso relativo ao ataque terrorista no centro comercial de Nairobi, no Quénia.

Agora são conhecidos os nomes dos alegados terroristas, pelo que podemos espreitar um pouco no passado deles. É uma história confusa, mas dá para ter uma ideia.

Samantha Lewthwaite

Samantha Lewthwaite, também conhecida como “a viúva negra” por ter sido casasa com um dos bombistas suicidas dos atentados de Londres (em 2005), voltou a casar-se com uma ex- oficial da Marinha do Quénia, de acordo com os registros da polícia do Reino Unido. O ex- oficial da Marinha é Abdi Wahid: em 2011, Wahid tinha sido preso quando a polícia percebeu que a casa dele em Mombasa (Quénia) tinha sido transformada numa potencial fábrica de bombas.

Samantha Lewthwaite

Wahid nunca foi acusado de qualquer crime, o que sugere o seu envolvimento nos serviços secretos (MI6?).
Uma pesquisa do Mail on Sunday revelou que Abdi Wahid “era livre de viajar para onde ele quisesse e que actualmente encontra-se na Europa”.

Samantha Lewthwaite fez 42 telefonemas para a “tia”, residente em Solihull (Birmingham, Reino Unido) enquanto estava de férias e “não podia ser contactada”. Isto sugere, mais uma vez  que Samantha e os seus amigos estão protegidos pelas autoridades britânicas, porque é interessante realçar como MI5 e MI6 já sabiam do plano para atacar o Westgate Mall há quatro anos.

Bilal Berjawi

Bilal Berjawi

Consta que, em 2006, Bilal Berjawi (também conhecido como Abu Omar) obteve a permissão para viajar desde o Reino Unido até a Somália, onde se juntou ao grupo al- Shabab (o grupo acusado de ter atacado o centro comercial de Nairobi).

Há quatro anos, Bilal Berjawi, então um cidadão britânico, foi preso no Quénia por funcionários do anti-terrorismo quenianos, acusado ​​de conspirar para explodir o centro comercial Westgate Mall. Infelizmente, as autoridades do Quénia responsáveis pela detenção de Berwaji “estavam a trabalhar segundo as instruções do MI5”. Berjawi voltou asism para o Reino Unido.

Segundo quanto relatado, Berjawi voltou para a Somália em 2009 e foi suspeito de ter ido para a Uganda em 2010, onde participou nos ataques de al- Shabab contra cafés onde os adeptos assistiram à final da Taça do Mundo. As explosões mataram 74 pessoas.

De acordo com al- Shabaab, Berjawi foi morto em Janeiro de 2012 por um drone dos EUA: mas Berjawi teria sido uma das pessoas que atacaram o Westgate Mall no mês passado.

Abdirizak Sharif Ahmed

Abdirizak Sharif Ahmed foi preso enquanto tentava fugir do Quénia para alcançar a Grã-Bretanha. Sharif Ahmed, cidadão britânico, foi detido pelas autoridades quenianas enquanto tentava fugir após o ataque ao Westgate Mall: tinha mapas do shopping no computador portátil.

A prisão de Sharif Ahmed foi subestimada pela Grã-Bretanha: o Alto Comissário em Nairobi, Christian Turner, descreveu-o como “desprovido de interesse significativo” na investigação. Uma afirmação esquisita, sobretudo considerados os mapas no computador.

Abdirizak permanece sob custódia, capturado enquanto tentava ir até Manchester (Reino Unido) via Turquia. Em Manchester, a tia de Abdirizak afirma ter visitado a mãe dele, que está a morrer, Fátima Abdirahman: mas a investigação do Daily Mail revelou que ninguém com o nome da mãe foi alguma vez internado.permitido.

O ataque

Alguns pormenores interessante relativos ao ataque no interior do Westgate Mall.

Uma equipa da Recce General Service Unit da polícia queniana, no início da operação de resgate, abriu-se o seu caminho no shopping e conseguiu libertar refém e abater alguns terroristas, entre o supermercado Nakumatt e o banco Barclays. No entanto, a equipa retirou-se quando o seu comandante foi morto a tiros por “fogo amigo” após a chegada da Unidade KDF (do exército).

Retirou-se, ao mesmo tempo, também um pequeno grupo de policiais de várias unidades e civis armados, os primeiros a entrar no shopping a partir do telhado e da frente. Um oficial presente, disse que algumas unidades tinham como prioridade localizar e resgatar um grupo específico de pessoas.

Uma acção sobre a qual pesa a sombra dos serviços e intelligence estrangeiros.

Ipse dixit.

Fontes: Daily Mail (1, 2, 3), Irish Central, Daily Nation, Aangirfan, Standard Digital

One Reply to “Nairobi: a sombra dos serviços”

  1. Mais uma 'sombra' a juntar às milhentas outras que envolvem as várias 'inteligências' extrangeiras. Aproveito, a propósito, para recomendar vivamente o filme britânico CIRCUITO FECHADO (Closed Circuit)que estreou há pouco aqui em Portugal,no qual se desenvolve uma trama em que esse tipo de envolvimentos e conivências ao mais alto nível são perfeitamente evidenciados e 'desmarcarados' apenas e só para circuito fechado. E assim vai este admirável mundo… velho! http://www.imdb.com/title/tt2218003/

Obrigado por participar na discussão!

This site uses User Verification plugin to reduce spam. See how your comment data is processed.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

%d bloggers like this: