Faz sentido falar dum novo governo mundial sem cair em alguns dos excessos que circulam acerca da teoria do NWO?
Isso é, vamos esquecer os Templários, os Rosacruz, a Maçonaria, as ordens milenárias, a conspiração sionista e tudo o conjunto folclorista: há alguma coisa que sobra?
Sim, há. E tem um nome: globalização.
Pensar num governo mundial faz perfeitamente sentido numa óptica globalizadora, aliás, representa o natural desfecho desta. Num mundo globalizado, o que pode haver de mais “normal” dum governo supra-nacional que ultrapasse as divisões dos vários Estados e imponha normas iguais para todos?
E nem representa uma novidade: a História está repleta de tentativas “globalizadoras”, desde os tempos mais antigos. Chamam-se “sonhos hegemónicos”. A diferença é que antigamente o tal “sonho” era duma pessoa ou dum País que desejasse dominar os outros. Hoje as coisas são um pouco diferentes: há um grupo de poder trans-nacional que deseja impor a própria visão.
É nesta óptica que deve ser observado o recente encontro do Council on Foreign Relations em Moscovo, nos dias 12 e 13 de Dezembro de 2012, cujo título era “Desafios para um governo mundial em 2013”.
Mas a reunião na Rússia não foi a primeira: sempre em 2012, o CFR foi bastante activo, com pelo menos outras duas confêrencias, em Outubro e Março.
Eis os assuntos tratados:
12-13 de Março
- O estado geral da governação global e da cooperação multilateral
- O estado da não-proliferação nuclear (em foco o Irão)
- O futuro do dólar como moeda de reserva mundial
- Os critérios para a intervenção humanitária, na sequência da mudança de regime na Líbia, e a continuação da crise na Síria
30-31 de Outubro
- Estabilização do sistema financeiro global
- O avanço da liberalização do comércio
- Fortalecimento da segurança marítima e da liberdade de navegação
- Avaliação da proliferação das ameaças na Ásia
- O futuro da Asian Security Cooperation
12-13 de Dezembro
- A presidência russa do G20
- A crise da Zona Euro e da economia global
- A Síria e a função do Conselho de Segurança da ONU
- A Cyber-segurança e reformas institucionais
Todos os assuntos citados podem ser consultados nas páginas oficiais de CFR: uma leitura bastante “pesada”, pelo que vamos resumir as cinco directrizes principais:
- A gestão do colapso da economia mundial e o declínio do Dólar como moeda de reserva mundial (para estabilizar o sistema financeiro global)
- A gestão das “intervenções humanitárias” através dos representantes da Organização das Nações Unidas
- A gestão da Eurásia, isso é, da influência econômica da China e da influência política da Rússia (com a liberalização do comércio na Ásia e a presidência da Rússia do G20)
- A gestão da energia nuclear nos Estados “rebeldes” (Coreia do Norte e Irão em primeiro lugar)
- A gestão de internet
Vamos ver quais os pontos de vista do CFR acerca das várias questões.
Colapso económico
O CFR continua com a ideia de que a actual crise económica simplesmente aconteceu “porque sim”. No máximo, podem ser identificadas algumas más políticas ou falta de regulamentação em determinados Países como causas acessórias.
Nem uma palavra acerca da mega-concentração bancária que é o resultado (e provavelmente a causa) da crise. Hoje temos 6 bancos que estão “acima dos outros” e uma governação mundial dificilmente poderia resolver o problema. Aliás, provavelmente poderia consolidar esta situação, tendo em vista o objectivo dum sistema bancário global único, gerido pelos mesmos que saquearam as economias do planeta.
O verdadeiro objectivo do CFR são os bancos centrais, as chaves para controlar/favorecer os outros bancos. É com os bancos centrais que pode ser imposta uma moeda única, tal como aconteceu na
Europa. E muito mais.
O CFR define a intervenção na Líbia como uma “acção humanitária”. Tornar aquele que era um dos Países mais ricos da África (talvez o mais rico) num farrapo onde 6 milhões de almas têm que lutar para sobreviver foi, segundo o CFR, uma acção humanitária. Nem é preciso acrescentar mais nada: ser alvo duma acção humanitária significa, na melhor das hipóteses, ver a própria casa arrasada por um míssil “inteligente” da Nato. Uma mão no coração, outra no gatilho: este é o amor globalizador.
O próximo País alvo da bondade humanitária, já sabemos, será a Síria, até agora salva pela resistência da Rússia (mas até quando?).
E a seguir? Difícil fazer previsões, mas pode ser uma boa ideia espreitar o que se passa na Arábia Saudita.
Gestão da Eurásia
Reorganização da Geopolítica global
Precisamos mudar o sistema internacional para um sistema global em que novas forças activas e criativas, desenvolvidas recentemente, devem ser integradas.
No geral, os autores desejariam ver o G20 emergir dum simples comité de crise para tornar-se um grupo directivo duradouro da economia mundial.
Controle da Internet
A Era Tecnocrática requer o aparecimento gradual duma sociedade mais controlada. Esta sociedade deve ser dominada por uma elite livre dos valores tradicionais. Em breve será possível implementar uma vigilância quase completa para todos os cidadãos e manter os arquivos atualizados com a maioria das informações pessoais dos mesmos. Estes arquivos estarão sujeitos a recuperação instantânea por parte das autoridades. […]
Na sociedade Tecnocrática a tendência parece ser a agregação do apoio individual de milhões de cidadãos descoordenados, facilmente ao alcance de personalidades atraentes e carismáticas que exploram as mais recentes técnicas de comunicação para manipular as emoções e controlar a razão.[…]
Hoje estamos novamente testemunhas do surgimento duma elite transnacional, cujos laços ultrapassam as fronteiras nacionais. É provável que em pouco tempo as elites dos países mais avançados serão altamente internacionalistas ou globalistas em espírito e perspectivas. O Estado-nação está gradualmente cedendo a sua soberania. Progressos adicionais exigirão maiores sacrifícios americanos. Devem ser feitos mais esforços para moldar uma nova estrutura monetária, com algum risco para a posição actual, relativamente favorável, da América.
Desde 2018, a tecnologia vai permitir que os líderes das principais nações possam realizar guerras secretas, onde apenas o mínimo das forças de segurança serão utilizadas. Uma nação pode atacar um concorrente secretamente por meios bacteriológicos, enfraquecendo completamente a população (embora com um mínimo de mortes) antes de tomar posse com suas próprias forças armadas. Alternativamente, técnicas de modificação do tempo poderiam ser usadas para produzir períodos prolongados de seca ou tempestades.
- Fonte primária do artigo: Activist Post
Olá Max: eu fico louca…desesperada, quando leio uma patifaria destas! E, junto, uma raiva da estupidez humana que, em coisas que poderia não contribuir,dá a sua minúscula contribuição com angelical doçura…
Lendo os teus comentários, e "espumando", me deu a impressão que determinados pontos, cruciais à agenda, já teriam alcançado seu clímax ideal neste mundinho, tais quais:
1.no âmbito da comunicação,o reino da mídia e do entretenimento;
2.no âmbito da saúde,sua percepção e tratamentos físicos, psíquicos e mentais;
3.no âmbito da ciência, a alta tecnologia predatória e genocida sobre a terra, plantas e bichos, inclusive contra o bicho gente;
4.no âmbito da economia, quaisquer iniciativas de resistência com as quais precisassem se preocupar;
5. no âmbito da geopolítica, qualquer menção aos "não-lugares" do mundo; arquipélagos da Oceania, e vastas regiões da Ásia e África.
Parece que com o restante eles se preocupam e planejam a derrocada planetária, dando a devida atenção às melhores estratégias.
Só uma curiosidade: o que a imbecil da Angelina Jolie está fazendo no meio destes cretinos? A publicidade, posando de bonitinha com as mirradas crianças africanas ao colo? Abraços
A agenda do CFR deixa-me os cabelos em pé, bem como todas aquelas personagens das fotos.
'Alternativamente, técnicas de modificação do tempo poderiam ser usadas para produzir períodos prolongados de seca ou tempestades' – Max será que o Brzezinski está a falar do HAARP? eheheheh
abraço
Krowler
Caro Max e amigos
E eu, que nem de perto nem de longe estou nesta lista é que sou o conspiranóico quando digo que o 4ºREICH já vai longe com seu "passinho" de ganso armado de HAARPs até os dentes, kkkkkkkkk…
Sinto muito, sou grato.
eu acho q não li bem…o cfr acha que a crise aconteceu pq sim? "tudo o que é preciso é da crise geral certa e o mundo aceitará a nwo", disse o rockefeller!