Aquecimento Global? Com certeza, talvez não.

Eis um artigo que desejava publicar há uns tempos mas que só agora aparece. Motivo do atraso: falta de dados científicos de confiança.

Vamos abandonar o mundo da economia e falemos de outro assunto: o aquecimento global é uma realidade?

Muitos entre os Leitores acham que a resposta é “não” e também eu tenho não poucas dúvidas. Há dados contrastantes: dum lado temos por exemplo o degelo anómalo da Gronelândia (dois artigos acerca do assunto: Kafe Kultura 1 e 2), do outro lado temos quem afirma que o Global Warming é uma invenção (sem esquecer também a experiência pessoal: desde que cheguei em Portugal os Verões ficaram mais “frios” e este último não é uma excepção).

Surge agora um estudo que parece apresentar os requisitos para merecer confiança. Ao longo de cinco anos, um grupo de cientistas americanos (um grupo bastante numeroso, diga-se) desenvolveu uma análise para avaliar a precisão dos dados fornecidos pela rede NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration, organização que trata de meteorologia, oceanos, atmosfera e clima), a base dos estudo apresentados pelo IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change, organização da ONU que estuda o aquecimento global, no centro do Climagate).

Os resultados são surpreendentes.
Ou talvez não.

E, na mesma altura, das colunas do New York Times eis as confissões dum anti-aquecimento arrependido: também neste caso estamos perante um cientista que dedicou boa parte da sua vida profissional ao estudo do assunto. Também aqui temos um grupo de pesquisadores que seleccionaram os dados obtidos tendo como fim aperfeiçoar os resultados.

Duas equipas, duas metodologias “científicas”, dois resultados diametralmente opostos? Assim parece.
Vamos ver.

Próxima paragem: a Idade do Gelo

O método utilizado pela pesquisa foi o Meteo-France, considerado hoje em dia o mais válido para avaliar a idoneidade dos locais onde efectuar as medições da temperatura.
Idoneidade que depende de vários factores, tal como a proximidade de fontes urbanas de calor, aeroportos, a diferenciação entre zonas rurais e agrícolas, a correção utilizada para tornar homogéneos os dados.

Mais: outro ponto de força da pesquisa, além da preparação dos investigadores e da metodologia utilizada, é o facto dos resultados serem tornados públicos ainda antes de serem publicados nas revistas especializadas, de forma que toda a comunidade climatérica internacional possa avaliar e opinar acerca do estudo.

Os resultados são impressionantes e podem ser resumidos desta forma: o andamento do aquecimento nos Estados Unidos precisa duma profunda revisão, pois os dados recolhidos durante o período 1979-2008 (os dados do NOAA) foram alterados por causa duma metodologia errada.

Mais em pormenor: utilizando unicamente os dados dos locais mais idóneos, o aquecimento resulta ser 0.155ºC por década. O mesmo dado é 0.248 ºC quando forem considerados também locais não particularmente propícios; aplicando a correção utilizada pelo NOAA (e errada) o valor alcança 0.309ºC.

No mapa Resultados 1 a subida das temperaturas segundo os dados do NOAA e após as correções para a homogeneização; em Resultados 2 os dados obtidos com os pontos de medição de menor confiança; em Resultados 3 os dados obtidos utilizando pontos de medição não corrompidos por fontes de calor artificial.

Dito de outra forma: o aquecimento baseado nos locais de medição idóneos baixa drasticamente o fenómeno. Os pesquisadores acham que o mesmo discurso pode ser aplicado ao resto do mundo.

Este estudo complementa outro, publicado no passado Julho pela revista Nature, de autoria de pesquisadores europeus, os quais analisaram árvores sub-fosseis conseguindo reconstruir o andamento das temperaturas com assinalável precisão até o ano 138 a.C.
O grupo descobriu que os valores da temperatura relativos aos períodos romano e medieval até aqui considerados eram demasiado baixos: na verdade, nos últimos 2.000 anos o andamento geral das temperaturas parece estar em queda, com uma média de -0.3ºC por milénio.

Mais uma vez, são resultados que põem em dúvida as afirmações do IPCC, o qual tenta prever o futuro climatérico com base em modelos matemáticos, sem considerar com a devida atenção os dados históricos.

Este o gráfico que condensa os dados da pesquisa:

Interessante realçar como sejam parecidas as décadas actuais com aquelas que anteciparam o aquecimento da Idade Média e com as variações que antecederam a “Pequena Idade do Gelo” (1400 – 1850 d.C.); obviamente neste último caso a variação é invertida.

E, dado mais importante entre os outros, o andamento parece fora de questão: o planeta está a arrefecer.

Vamos assar. E a culpa é nossa.

Richard R. Muller é um físico da Universidade de Berkeley, Califórnia: até bem pouco tempo atrás estava convencido de que o aquecimento global não fosse uma realidade, sobretudo se observado do ponto de vista das poluições humanas. Mas no passado 28 de Julho afirmou:

O aquecimento global é uma realidade…os seres humanos são quase inteiramente responsáveis.

O que pode ter desencadeado uma tão radical mudança de opinião? Vamos ler alguns trechos do artigo hospedado nas páginas do New York Times:

Podem chamar-me um cético convertido. Três anos atrás identifiquei alguns problemas em estudos anteriores que lançavam sérias dúvidas sobre a existência do aquecimento global. No ano passado, como resultado de um esforço de pesquisa intensa, envolvendo dezenas de cientistas, conclui que o aquecimento global era real e que as estimativas anteriores da taxa de aquecimento estavam corretas. Agora vou mais além: os seres humanos são quase inteiramente a causa.

A minha marcha atrás num período de tempo tão curto é o resultado duma cuidadosa e objectiva análise, através do projecto Berkeley Earth Surface Temperature. Os nossos resultados mostram que a temperatura média da terra é aumentada em um grau Celsius e meio nos últimos 250 anos, incluindo um aumento de 0,9 graus nos 50 anos mais recentes.

Além disso, é provável que, essencialmente, todo este aumento resulte do problema das emissões humanas de gases com efeito de estufa.

Estes resultados são mais sólidos do que os do IPCC, o grupo de trabalho da ONU que define o consenso científico sobre o aquecimento global. […]

A nossa abordagem no Berkeley Earth Surface Temperature tem utilizado métodos estatísticos sofisticados, em grande parte desenvolvidos pelo nosso pesquisador chefe, Robert Rohde, que nos permitiu determinar a temperatura das terras muito atrás no tempo.
Temos estudado cuidadosamente as questões levantadas pelos céticos: efeitos sistemáticos provenientes do calor urbano, a escolha de dados, a má qualidade das estações e a intervenção humana para ajustar os dados (o nosso trabalho é totalmente automatizado e não sujeito a operador). Nos nossos artigos temos demonstrado que nenhuma destas potenciais fontes de problemas tem causados ​​influência sistemática indevida nas nossas conclusões.

[…] O que causou o aumento gradual mas sistemático de um grau e meio? Tentámos combinar a forma da curva com simples fórmulas matemáticas (polinomial, exponencial), com a actividade solar e até mesmo com o crescente aumento da população do mundo. De longe, a melhor correspondência foi com a série de dados sobre o dióxido de carbono na atmosfera, medido pela recolha de ar atmosférico preso no gelo polar.[…]

Quanto é definida a atribuição aos seres humanos? A curva do dióxido de carbono proporciona uma melhor correspondência do que qualquer outra coisa que tentámos. O seu tamanho é consistente com o efeito de estufa calculado, o aquecimento aumentado pela radiação térmica aprisionada. Esses factos não provam a casualidade, […] os nossos resultados são baseados simplesmente na concordância entre a tendência observada para o aumento da temperatura e o aumento de gases de efeito estufa conhecidos.

Ser oportunamente cético é um dever do cientista. Eu ainda vejo muito, se não a maioria, do que é atribuído à mudança climática ser especulativo, exagerado ou apenas totalmente errado. Analisei algumas das declarações mais alarmistas e o meu ceticismo sobre elas não mudou.

O furacão Katrina não pode ser atribuído ao aquecimento global. O número de furacões que atingem os Estados Unidos diminuiu, não aumentou, idem para os tornados intensos. Os ursos polares não estão a morrer por causa do desaparecimento do gelo e as massas geladas do Himalaia não estarão derretidas antes de 2035. E é possível que nós não tenhamos actualmente mais calor do que tínhamos há mil anos atrás, durante o “Período Quente Medieval”, uma série de condições quentes conhecidas por evidências históricas e circunstanciais, tais como os anéis das árvores. E acontece que o recente “feitiço” quente nos Estados Unidos é mais do que compensado pelo resfriamento em outros lugares do mundo, assim o seu vínculo com o aquecimento “global” é muito menos do que ténue.
[…]

Quatro dos nossos artigos têm sido objecto de análise extensiva pela comunidade científica, e o mais recente, um artigo com a análise da componente humana, é agora publicada no site com os dados e os programas de computador utilizados. Esta transparência é o coração do método científico, se você encontrar incoerentes as nossas conclusões, diga-nos acerca de qualquer erro de análise ou de dados.

Conclusão: vamos assar numa Idade do Gelo?

Moral: estamos perante dois estudos, ambos desenvolvidos por conceituados investigadores, os quais utilizam metodologias que tendem a reduzir ao máximo os erros de medição e de interpretação. Longe de viabilizar uma identidade de visão, isso permite que sejam alcançadas conclusões diametralmente opostas.

E quem, como eu, nada percebe do assunto, fica com a dúvida. Principalmente uma.

Não considerando motivações que exulam do âmbito da pesquisa (pois sabemos que o aquecimento global é um negócio de enormes proporções), a impressão é que na comunidade científica não haja concordância acerca de como recolher os dados e, sobretudo, de como interpreta-los.

A verdade é que ainda hoje não sabemos dar uma explicação para as várias idades do gelo que o planeta atravessou; da mesma forma, ficam para descobrir as motivações da época quente da Idade Média e do que pode ter acabado com a “Pequena Glaciação” nos meados do 1800. Em poucas palavras: não entendemos os profundos mecanismos que regulam o clima do planeta ao longo das eras.

Esta é uma peça fundamental. Não é por acaso que os investigadores dedicam muitos esforços à interpretação do clima do passado: perceber o padrão significa poder aplicar o mesmo nas prospecções para o presente e o futuro, e descobrir assim eventuais desvios do modelo padrão.

E a questão do dióxido de carbono?
Elevados níveis de CO2 não significam mais calor, pois não é apenas o dióxido de carbono que determina o clima. No Siluriano-Ordoviciano (488 milhões e 300 mil e 443 milhões e 700 mil anos atrás) e no Jurássico-Cretáceo (161 milhões e 200 mil e 99,6 milhões anos atrás), os níveis de CO2 eram particularmente elevados, em muito superiores aos actuais; mesmo assim, ambos os períodos foram caracterizados por glaciações.

Fonte: Wikipedia

Neste caso, a explicação é que a actividade solar era mais fraca, o que aumentou os níveis de CO2 necessários para reter o calor e gerar assim um efeito estufa.
De facto, o Sol parece desenvolver um papel preponderante no desenvolvimento climatérico do nosso planeta.

E como está agora o Sol? Eis um dos tantos problemas: o aquecimento global e a actividade solar parecem seguir caminhos divergentes. O Global Warming (alegadamente) aumenta enquanto a actividade solar diminui (gráfico à direita). E esta situação persiste há 35 anos.

Então: não é o CO2 sozinho, não é o Sol, é difícil individuar um padrão nos dados do passado, não há convergência de opiniões acerca das metodologias de recolha dados nem da interpretação dos mesmos, a Gronelândia perde o gelo…

O Leitor tem alguma ideia? 

Ipse dixit.

Fontes: Kafe Kultura (1) (2), Nature, The New York Times, Berkeley Earth Surface Temperature, Skeptical Science,
Watts-Jones-Christy: Pre-Print Draft Dicussion Paper (ficheiro Pdf, inglês); Metodologia (ficheiro PPT, inglês); Resumo pesquisa (ficheiro PPT, inglês)

15 Replies to “Aquecimento Global? Com certeza, talvez não.”

  1. Esta leitora começa por agradecer o post.

    Este assunto é mesmo uma grande confusão para mim.
    E vejo que a discussão continua.

    Também eu pouco ou nada percebo disto e tenho alguma dificuldade em encaixar que seja apenas a nossa interferência a aquecer o planeta, afinal, os ingleses andaram a produzir vinho em clima relativamente ameno há uns bons séculos atrás e não existia qualquer industrialização… o mesmo para a pequena idade do gelo.

    Não me interpretem mal, eu acho que a poluição e a forma como vivemos vai realmente dar conta de nós se não mudarmos o que andamos a fazer.
    Passamos a vida a alterar o meio em que vivemos com todo o tipo de químicos e sim, com a emissão de gases, a arranjar problemas de saúde a partir de tudo isto e muito mais.

    Passamos a vida a mudar tudo na tentativa de adaptar o meio ao ser humano em vez de o ser humano de adaptar ao ambiente.

    Depois há a questão de o clima ser determinado por uma conjugação de factores: sol, oceanos, vulcões e provavelmente mais do que isto e que não sei.

    Fico com a mesma dúvida do Max e com mais algumas…
    Afinal os oceanos estão ou não com temperaturas mais elevadas e se sim, porquê?
    E o nível de actividade dos vulcões nada tem a ver com isto? Pode ter alguma influência?

    Por aqui só mesmo mais dúvidas.

    Abraço
    Rita M.

  2. Olá a todos.
    Obrigado também por este post Max.
    ÓTIMO TRABALHO!

    Bom, eu também fico na dúvida, pois são muitas coisas a serem relevadas.
    O que acho é que estão exagerando com todo este alarde do aquecimento, pois como foi mostrado ali, já passamos por períodos mais frios e outros muito mais quentes. Morremos nesses períodos mais quentes? O mundo acabou? Acho que não. hehe

    Calor é fonte de vida, enquanto o frio é o limitador, é mais fácil sobrevivermos em um período mais quente do que um período mais frio, por isso acho que grande parte desta propaganda pró-aquecimento tem objetivos mais obscuros e ocultos e mais ainda – economicos.
    Vamos pagar impostos para "salvar o planeta" Salvar?? Do calor??? Sim!

    Outra coisa que venho observando ha muito tempo aqui na região onde moro. Aqueles aviões que os mais paranoicos chamam de "chemtrails", que largam o tal rastro pelo céu.
    De fato, depois de muuito observar (praticamente todos os dias estão passando por aqui, é impressionante)vi que sempre são no mínimo 2 aviões, de lados opostos, que se cruzam, uma vez vi até 6 deles no mesmo dia, em direções diferentes.
    E..de fato, sempre, absolutamente sempre, depois de um certo período de tempo, em média 1 dia, formam-se nuvens finas onde tais aviões passaram, isto é fato, estou observando isso ha muito tempo. Não sei se isto é normal, não tenho conhecimento desta área, já pensei em mandar um e-mail para força-aérea e perguntar, mas realente não sei. O que da para perceber é que sempre que se formam estas nuvens, a luz do sol fica bem mais fraca. Convido a todos que observem em suas cidades, caso avistem estes aviões e, se alguém souber mais sobre isso, compartilhe aqui.

    Abraços

  3. Vou deixar a minha visão das coisas:

    O clima está a aquecer, sim. Mas não é por causa do CO2 emitido por humanos (duas palavras: escândalo climategate).
    Isso é só mais uma desculpa para reduzir a população. Sim, somos demais (7 biliões), mas há quem queira reduzir a população para 500 milhões (outras duas palavras: georgia guidestones). Fala-se do CO2 emitido por humanos, mas por máquinas que funcionam a combustível, muito lucrativo para alguns, não. Aliás, o problema da maquinaria é gerar mais poluição do que calor.
    Existe aquecimento, sim, mas só uma pequena parte dele é que é provocado por CO2.
    Eis outro tipo de dados (QUE, CONTUDO, PRECISAM TAMBÉM DE CONFIRMAÇÃO): todos os planetas do sistema solar estão a aquecer e apresentam alterações provocadas pela temperatura. Não há actividade humana em nenhum outro senão neste, nem emissão de CO2, ou há? Algo está a fazer subir a temperatura quer da Terra, quer dos outros planetas por igual. Mas o quê?
    Resposta: o sol, que está a sofrer também variações na temperatura.
    E quanto mais o sol aquece…bem, mais todo o sistema solar aquece também, incluindo nós aqui neste planeta.
    Mas, volto a frisar, isto precisa de confirmação.

  4. Excelente post Max e parabéns por trazeres para aqui dois pontos de vista bem diferentes.

    Eu pessoalmente desconfio muito da ideia que o CO2 está relacionado com o aquecimento do planeta, para já porque como os gráficos que mostras-te Max, as temperaturas variam, este ano pode ser mais quente, o próximo não. Ora se existe relação do aquecimento da temperatura com os gazes que provocam efeitos de estufa então significa que á anos onde existem mais gazes e outros menos?

    Muita confusão mesmo, por isso para já considero que o melhor é jogar pela seguro e esperar que a ciência evolua e os cientistas tragam mais provas para cima da mesa (de preferência fidedignas lol)

    Observer o fenómeno desses aviões existem em todo o mundo infelizmente, não tenho muito conhecimento sobre o tema mas á uns dias foi colocado um documentário que todos podem ver no youtube sobre o tema, passo o link:

    Toda esta temática levanta ainda uma nova questão também muito pertinente: E agora que as grandes potências já têm o poder de modificar artificialmente o clima no planeta?

    abraços

  5. as chemtrails estão alegadamente ligadas à doença dos morgellons, que nem sequer são organismos naturais

  6. Olá Max, e leitores:apenas alguns poréns…
    1.O discurso científico, malgrado ser apenas mais um tipo de interpretação da realidade, tem um peso significativo para a tomada de decisões quer a nível individual, institucional, empresarial…
    2.A atividade científica é dispendiosa, requer financiamento,e quem paga exige que o discurso resultante das pesquisas coincidam com seus interesses. O pesquisador independente, infelizmente,é hoje um náufrago da utopia.(Mas isto não é para te desestimular Max…adoro os independentes em qualquer situação!) Os pesquisadores são empregados de corporações governamentais ou privadas globalizadas, em sua maioria.
    3. O assunto de pesquisa clima é, por si só complexo, pois engloba demasiadas variáveis, os micro climas são de difícil reprodução para experimentação, e o uso de modelos matemáticos para avaliação, penso que são de escasso rendimento para o estudo do tema.
    Tendo em vista só estes 3 poréns, fico com a observação rudimentar do que acontece a minha volta, nesta fração de segundo geológico onde se insere minha insignificante vidinha, e concluo que:
    1.As intensidades são maiores; sol queima mais, quando faz calor é mais calor, quando faz frio é mais frio, quando tem seca é mais seca, quando chove é mais chuva. Algo desregulou-se no tempo, ou sou eu que sinto diferente com o meu tempo a passar, e porque? Não tenho a mais mínima ideia.
    2. De um jeito ou de outro, quanto mais resultados de pesquisa forem analisados, melhor compreendemos, no mínimo, o que querem que acreditemos.
    3. Trabalho de pesquisa de divulgação científica, como o Max faz neste post, é importante, no mínimo, para chamar a atenção que não existe A verdade, também no âmbito da ciências físicas e biológicas. Abraços

  7. PESSOAL, VAMOS AJUDAR, VAMOS COMPARTILHAR

    We Love You – Iran & Israel – Legendado

    Sei que é uma atitude pequena, mas ja é uma coisa, juntos podemos ganhar a atenção de cada vez mais pessoas e mostrar a vontade do povo. abraço

  8. Provocado ou não pelo homem, se o clima estiver de facto a tornar-se mais extremo, com verões mais quentes/secos e invernos mais frios/húmidos, a produção agrícola vai cair, e isto num contexto de crescimento da população mundial e decrescimento dos recursos energéticos. Há 700 milhões de anos não havia na Terra sete mil milhões de bocas para alimentar, e mesmo há 200 anos (antes da rev. dos combustíveis fósseis), éramos mil milhões, o que significa que se o clima mudasse, muitos humanos podiam fugir para zonas mais convenientes e sobreviver. Espaço não faltava. E hoje, há espaço? Se o clima tornar desérticas certas áreas hoje habitadas, que território podem as populações invadir? E como? E a que custo?
    Mais importante do que saber se o aquecimento global é antropogénico ou não, é saber se é ou não real. Se for real, estamos bem tramados.

    Seria excelente que a história das alterações climáticas fosse apenas um erro de cientistas alarmados, porque isso significaria que "só" teríamos de lidar com a crise energética e com a crise financeira.
    Em todo o caso, já excedemos a capacidade de carga do planeta em 1.4 (ou seja, para manter o consumo actual, precisaríamos de 1 planeta mais 1/4), e portanto a nossa espécie vai mesmo de ter de "emagrecer" em números, até porquer todo o nosso sistema económico está assente na premissa do crescimento, e o crescimento acabou. Se não emagrecer por vontade própria, a população mundial emagrece da maneira mais difícil. Não, não são desígnios da Nova Ordem Mundial, são reacções da Velha Ordem Natural, que tem a desagradável peculiaridade de se reger por leís físicas, biológicas, etc. É duro, mas é assim. Mas também ninguém nos mandou ser tão estúpidos, certo?

  9. Acho que devemos dar tempo ao tempo…

    No meu ver as mudanças climáticas devem-se essencialmente a uma nova era planetária que estamos atravessando, não necessariamente da intervenção do Homem dai os dados inconclusivos…

    Agora sabemos que nada se resolve a curto prazo, todos os povos do mundo têm direito a se desenvolverem e a razão para o aumento exponencial da população se deve aos avanços médicos e melhorias das condições de vida… Acho que deveríamos olhar para as tendências dos países mais desenvolvidos onde as famílias são cada vez mais menos numerosas isso se deve ao acesso a cultura informação e preocupação com cada vida humana como única.

    Eu penso que essa tendência se vai generalizar para os países mais pobres pois com o desenvolvimento sustentado as populações irão ter acesso a essas filosofias de valorização do ser humano.

    Ao seu devido tempo a população mundial se vai equilibrar para números mais sustentáveis…

    Agora isso se realmente quisermos… É possível se a próxima geração abandonar o CAPITALISMO, O MATERIALISMO E A IMORALIDADE.

    TUDO É EQUILÍBRIO!

    Gil

  10. Olá JMC, e muitos entre nós, preocupados com a população humana, que vem crescendo…demais:
    "Se o clima tornar desérticas certas áreas…" Imagina se não houvesse agricultura e pecuária predatórias, nem ações planejadas de desertificar certas áreas, será que as variações climáticas por si sós desertificariam? A história da desertificação no planeta aponta para ações de intensa exploração movida por grupos poderosos.
    "…que território podem as populações invadir?" Acho que as populações não invadem outros territórios, simplesmente porque os bons territórios tem dono que as protegem a ferro e fogo, e essa propriedade não é das populações, mas de privilegiados dentre a população, que os usam até exauri-los, com métodos de extração, agricultura e criação de obtenção de muito lucro a curto prazo. Depois jogam fora parte do produto (o que chamam de excedente) e desperdiçam outro tanto pelo mau uso, transporte a longa distancia, e armazenagem deficiente, obtendo mais lucro, outra vez, com a comercialização em regime de escassez.Quero crer que a manipulação da escassez é variável significativa para o exercício de domínio, que convém produzi-la e controlá-la dentro das redes de poder.
    "Nossa espécie vai mesmo ter de emagrecer em números…" Penso que não necessitaria, se a "ordem das coisas" chegasse a ser outra, mas efetivamente os genocídios localizados, em função de diferentes interesses de poder, acaba por reduzir o pessoal aqui no planetinha.Abraços

  11. Olá Gil:"Acho que deveríamos olhar para as tendências dos países mais desenvolvidos onde as famílias são cada vez mais menos numerosas isso se deve ao acesso a cultura informação e preocupação com cada vida humana como única."
    Penso que as pessoas dos lugares ditos desenvolvidos, e nós, os ditos desenvolvidos, morando em meio ao subdesenvolvimento, entendemos a vida como um direito. Direito de mante-la, de reproduzi-la ou não, e até de elemina-la. Eu, por exemplo, usei do meu direito de não ter filhos consanguíneos, porque considero que o planeta e a humanidade não vão bem, e até então não consegui outro lugar para viver, senão a terra, nem outros iguais para conviver, senão os humanos.
    "Eu penso que essa tendência se vai generalizar para os países mais pobres pois com o desenvolvimento sustentado as populações irão ter acesso a essas filosofias de valorização do ser humano." Pois olha…eu acho que o s ditos não desenvolvidos, digamos, o sub-mundo, que é a maioria, só para lembrar, entende a vida como um privilégio, e portanto, vale tudo para reproduzi-la.Considerando assim, penso que enquanto houver exploração, submetimento e miséria, os miseráveis se reproduzirão a exaustão, ( o que não é mau para quem precisa alimentar a guerra com gente descartável, e também não é mau para os miseráveis que afirmam sua existência como formigueiro)e continuarão entendendo a vida humana como privilégio, e não como nós a entendemos. Abraços

  12. JMS e maria:

    Isto resume-se a uma coisa simples: 20% da população mundial consome 80% dos recursos, e para os conseguir, escraviza os outros 80% da população mundial que só consomem os outros 20% dos recursos.

    Isto é um abuso. Mas é isto que convém aos da nova ordem mundial que querem reordenar a velha ordem natural à maneira segundo os seus planos.

    Sugestão de outras palavras-chave a utilizar no motor de busca: doutora Rima Laibow…

  13. Olá, Maria
    É sabido que práticas agrícolas ou silvícolas erradas provocam perda de solo e consequente desertificação. Mas se a isso se juntar o aquecimento global…
    Quanto ao resto do seu comentário, totalmente de acordo, ou quase. Enquanto pudermos dispôr de petróle e gás natural baratos, poderemos produzir comida para 7 mil milhões de pessoas. Só que os combustíveis fósseis só podem aumentar de preço no futuro, e isso, conjugado com o aumento da população e com a depressão económica, só pode dar mau resultado.
    Abraço,
    JMS

  14. Olá,

    Sou geógrafo e trabalho em uma Instituição de ensino federal, aqui no Brasil.

    Penso que, para analisarmos de forma correta os efeitos da atuação humana e sua responsabilidade de culpa no aquecimento do planeta, devamos dar muita importância à questão da escala…

    Como ficou claro pra mim, nos gráficos apresentados, em uma escala de tempo geológica, estamos sim caminhando para uma nova Era Glacial… porém, se analisarmos de forma isolada a escala da vida humana (gerações humanas, principalmente após a I Rev Industrial), os dados atmosféricos deixam claro que o planeta está aquecendo. Neste caso, precisamos sim nos preocupar com mudanças nas nossa atitudes, visando diminuir as emissões… afinal o preço será paga por nós… a longo prazo, sempre existirá a adaptação da Terra.

    Abraço a todos.

  15. Olá,

    Sou geógrafo e trabalho em uma Instituição de ensino federal, aqui no Brasil.

    Penso que, para analisarmos de forma correta os efeitos da atuação humana e sua responsabilidade de culpa no aquecimento do planeta, devamos dar muita importância à questão da escala…

    Como ficou claro pra mim, nos gráficos apresentados, em uma escala de tempo geológica, estamos sim caminhando para uma nova Era Glacial… porém, se analisarmos de forma isolada a escala da vida humana (gerações humanas, principalmente após a I Rev Industrial), os dados atmosféricos deixam claro que o planeta está aquecendo. Neste caso, precisamos sim nos preocupar com mudanças nas nossa atitudes, visando diminuir as emissões… afinal o preço será paga por nós… a longo prazo, sempre existirá a adaptação da Terra.

    Abraço a todos.

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