Cá estamos outra vez.
E falemos de bancos.
As Mentes Pensantes de Bruxelas lançam um Livro Verde. Um conjunto de receitas vegetarianas? Um manual de jardinagem? Nada disso.
Explica a União Europeia:
Os Livros Verdes são documentos de discussão sobre um específico assunto político, publicados pela Comissão. São antes demais documentos para todos aqueles (organizações e privados) envolvidos no processo de consulta e debate.
Wow, parece uma coisa importante…e de facto é: a ideia é estabelecer uma forma de vigilância do sistema dos bancos-sombras.
O que é isso?
Essencialmente, esses bancos-sombras oferecem alternativas de depósitos para os investidores e a economia real, canalizando recursos para necessidades específicas, permitindo uma diversificação dos riscos (mas sem eliminar o risco, pelo contrário); contornam a regulação bancária, operam numa zona cinzenta onde é difícil saber o que realmente acontece. Mas os riscos não ficam nesta “zona cinzenta”, pelo contrário: podem ser transmitidos ao sistema bancário “normal” com os empréstimos e as linhas de liquidez.
São bancos que operam no limite da legalidade e muitas vezes já além disso. Mas não são apenas bancos, pois entre eles encontramos:
- fundos monetários
- fundos de investimento
- empresas que oferecem empréstimos ou garantias para empréstimos
- empresas que realizam operações de processamento de liquidez sem ser regulamentadas como os bancos
- sociedade de seguros que garantem produtos de crédito.
Globalmente, o sistema “sombra” em 2011 alcançou o valor de 46.000 mil milhões de Euros face a os 21 mil milhões de 2002: sozinho constitui 25-30% do total do sistema financeiro e metade de todos os activos bancários. Só nos Estados Unidos os bancos-sombras representam 35-40% de toda a actividade bancária.
Com a Realidade me Iludes….