O filosofo de Direita. E de Esquerda também.

Alain de Benoist é uma pessoa esquisita.

É um escritor, um filosofo, sociólogo e não é marxista. Já isso é espantoso, sobretudo considerado que é um francês.
Além disso, admite abertamente ser de Direita, gere duas publicações Nouvelle Ecole (desde 1968) e Krisis (desde 1988) e os seus artigos aparecem regularmente nos diários Le Figaro e Telos, o jornal da Esquerda radical dos Estados Unidos.

Inimigo da globalização, do liberalismo, nos últimos anos aumentou as criticas contra o imperialismo de Washington.

Também não gosta da União Europeia, embora acredite numa Europa federal e o pensamento dele pode ser resumido como um conjunto de marxismo, ecologismo, multiculturalismo (a protecção das identidades culturais dos vários povos), o socialismo, o federalismo e o paganismo.

Vamos ler uma entrevista com de Benoist realizada há poucos dias pelo jornalista Giacomo Gabellini, entrevista onde se fala de tudo um pouco: Europa, Estados Unidos, Bric, Bilderberg, Líbia, Síria…

“Mas é uma entrevista táo comprida…”
Sim, mas é interessante.
“Mas é comprida…”
Tá bom, que posso fazer eu? Façam pausas, ora essa…

As modalidades que levaram ao poder Mario Monti e Lukas Papademos nos governos de Roma e Atenas levaram alguns observadores a lembrar do chamado “estado de excepção” de Carl Schmitt, analisado ​​por questionar a própria existência da União Europeia. Qual é a sua opinião sobre isso?

Não estou muito certo de que podemos falar de “estado de excepção” para descrever as circunstâncias que marcaram a ascensão de Mario Monti e Papademos Lukas. Mas devemos salientar que segundo Carl Schmitt, o estado de emergência é destinado principalmente a revelar onde a soberania reside. “É soberano – afirma Schmitt – quem decide o estado de excepção”.

Neste caso, é óbvio que os mercados financeiros tornaram-se soberanos, como é óbvio que os políticos deixaram o campo. Os Estados Unidos endividar-se para salvar bancos. Depois disso, financistas e banqueiros tiveram a oportunidade de investir em posições estratégicas dentro da União Europeia.

Devemos pensar que a situação actual põe em causa a própria existência da União Europeia? Acho que não. O fim eventual da moeda única não é o fim da Europa. A actual crise é acima de tudo uma crise da dívida soberana. O problema do Euro é uma circunstância agravante. E não se esqueça que, ao contrário do que muitos pensam, o Dólar está agora numa posição pior do que o Euro. Isso significa que é principalmente para salvar o Dólar que os mercados financeiros têm travado uma guerra contra o Euro.

A atual crise tem provocado uma espécie de criminalização das finanças, em antítese à economia real. Um analista como Alexander Dugin, no entanto, criticou esta abordagem, enfatizando o facto de que a finança é a evolução natural do sistema capitalista e que esta, como o sistema de produção industrial, segue estratégias políticas bem definidas – decididas nas instâncias do Clube Bilderberg e da Comissão Trilateral – que guiam as tendências de base. Qual é a sua opinião?

Eu concordo totalmente com Alexander Dugin em afirmar que a lógica do lucro é o motor do capitalismo e, consequentemente, a distinção comumente feita entre o capitalismo industrial e capitalismo financeiro parece bastante artificial. Não há um capitalismo “bom” e um “mau”, há apenas o próprio capitalismo. Dito isto, não há como negar que o capitalismo tem evoluído ao longo dos últimos 30 anos e tem seguido um curso que sempre privilegiou a autonomia do sector financeiro.

Actualmente, o mercado em alguns dias negocia o equivalente a dez vezes o PIB mundial, o que mostra a magnitude da diferença com a economia real. A globalização também tem contribuído para a crescente influência dos mercados financeiros globais. O capitalismo moderno é um capitalismo “desterritorializado”, que tem pouco a ver – para além da mesma tendência para devorar tudo o que for encontrado – com o capitalismo do final do século XIX ou do início do século XX, que ainda estavam vinculados aos estados-nação. O “turbo capitalismo” e investe e procede em qualquer lugar haja condições favoráveis. É por isso que as classes médias, uma vez favorecidas pelo crescimento económico, estão agora ameaçadas e desmanteladas.

Acreditar que o sistema capitalista obedeça a estratégias concebidas dentro do Clube Bilderberg ou da Comissão Trilateral parece muito ingênuo, e até mesmo um pouco infantil. Essa inclinação é um traço clássico das “teorias da conspiração” da Direita.

As pessoas de Direita sempre tendem a reduzir tudo à ação prejudicial de um pequeno número de pessoas. É por isso que nunca entenderam os efeitos sistêmicos decorrentes da projectação de estruturas. Organizações como o Clube Bilderberg e a Comissão Trilateral são no máximo lugares da consulta, juntamente com os instrumentos do capital. Mas não são lugares onde é decidido. Ninguém opta por “conduzir” o capital numa determinada direção.

É ele mesmo que se desenvolve de acordo com a sua própria lógica, que é a lógica do ilimitado. O capitalismo é tanto um sistema muito eficaz de exploração do trabalho, que cria o fetichismo da mercadoria e da reificação das relações sociais, quanto um sistema autónomo de acumulação ilimitada do capital. Sobre este ponto, Marx estava certo. O que diz acerca da natureza profunda do capital poderia ser aproximado aos escritos de Heidegger acerca do Gestell.

Acredita que a saída de Dominique Strauss-Kahn, como resultado do caso sombrio de assédio sexual, deve ser catalogada no campo da crónica ou acha conter um bem definido significado político?

Não estou inclinado a acreditar nas teorias da “conspiração” contra Dominique Strauss-Kahn. O director do Fundo Monetário Internacional tem manifestado uma tendência de longa data para ficar envolvido em situações complicadas por causa dos seus hábitos e das suas obsessões sexuais.

O facto é que os Americanos são menos tolerantes do que os Europeus sobre esses crimes. Ninguém vai saber exactamente o que aconteceu no Sofitel New York, no dia 14 de Maio de 2011. O que é certo é que este incidente arruinou as chances de Dominique Strauss-Kahn de ser eleito Presidente da França na próxima Primavera, o que eu acho que ser uma coisa boa.

A guerra travada contra a Líbia e as não tão veladas ameaças contra a Síria e o Irão têm levado alguns analistas a falar duma ruptura de continuidade entre George W. Bush e Barack Obama sobre a implementação do famoso Greater Middle East Project elaborado pelos estrategas neoconservadores. Concorda com esta leitura da situação?

Há uma nítida diferença no método, estilo e temperamento entre George W. Bush e Barack Obama. As respectivas presidências foram realizadas em diferentes momentos históricos. George W. Bush chegou à Casa Branca num momento em que, após o colapso do sistema soviético, os Estados Unidos poderiam esperar de emergir como a única superpotência do mundo. Durante esta fase unipolar, os neoconservadores criaram um “novo século americano”.

Este sonho entrou em colapso com o primeiro fracasso nas guerras no Iraque e no Afeganistão, mas também devido ao crescente papel dos países emergentes. Finalmente, os Estados Unidos têm sido duramente atingidos pela crise financeira global, além dos seus problemas internos, e que agora ameaça o papel internacional do Dólar. Por estas razões, Barack Obama não poderia seguir os passos do seu antecessor.

Mas se o nosso é entender a política externa dos EUA, não devemos ter apenas em conta a conjuntura histórica. Devemos lembrar também que os EUA têm mantido essencialmente os mesmos objectivos de política internacional. Sejam liderados por republicanos ou democratas, que se retirem nos privilégios do isolacionismo ou do intervencionismo do tipo “wilsoniano”, o objetivo principal é sempre o de promover os interesses do poder no Mar (a “ilha” dos EUA), em detrimento do poder da Terra (o continente euro-asiático), para prevenir o aparecimento, em qualquer lugar do mundo, dum concorrente capaz de competir com eles, e trabalhar para a unificação mundial espalhando por todo o planeta a sua maneira de vida e o seu modelo de desenvolvimento. Pode-se dizer que os Americanos têm uma tendência a não entender o mundo até este tornar-se totalmente americanizado.

Os tumultos que abalaram partes significativas da África do Norte e do Oriente Médio têm dividido os analistas em duas facções principais: os que tendem a promover a democracia como o verdadeiro motor da chamada “Primavera árabe”, e os outros que falam de “despertar islâmico”. Qual é a sua opinião pessoal?

Parece-me que a questão já não se coloca hoje. Os acontecimentos recentes têm demonstrado o erro cometido pelos analistas do primeiro tipo, pois foram os islamistas e não os defensores da “democracia liberal” americana que venceram todas as “eleições livres” que aconteceram no último Outono.

Em Marrocos, os islamistas do Partido da Justiça e Desenvolvimento (PJD) ganharam as eleições. Na Tunísia, o partido islâmico e os seus aliados Ennada têm obtido mais de 50% dos votos. No Egipto, são a Irmandade Muçulmana e os movimentos salafistas que emergem como grandes vencedores das eleições, com mais de 70% dos votos. Seria, no entanto, também um erro interpretar o sucesso dos movimentos islâmicos somente a partir do ponto de vista religioso.

O islamismo é, na minha opinião, um fenómeno muito mais político e cultural do que religioso no sentido estrito, mesmo que utilize livremente a linguagem da religião. Islâmicos são aqueles que acreditam que a descolonização foi conseguida, até agora, apenas no campo político (com a obtenção da independência) e, em alguns casos, até mesmo no campo económico, mas que a descolonização cultural ainda não ocorreu.

O Islam tornou-se parte da identidade do Magreb e do Médio Oriente. Trata-se dum elemento fundador dessa identidade, e que, como tal, vai muito além da religião. No passado, os EUA sempre apoiaram os movimentos islâmicos para combater a ascensão do nacionalismo árabe secular, que eles suspeitavam ser muito ligada à União Soviética durante a Guerra Fria. O islamismo é hoje essencialmente uma reivindicação de identidade. Que esta reivindicação fale contra as potências ocidentais está na natureza das coisas.
 
Irão, israel e Turquia estão radicalmente a redefinir as suas posições diplomáticas. O Irão apóia a Síria de Bashar al-Assad e fica irredutivelmente contra israel, a Turquia abandonou a política de “boa vizinhança” inaugurada pelo Ministro das Relações Exteriores Ahmet Davutoglu para lançar-se contra o regime do partido sírio Baas e para romper as relações com Israel, enquanto Benjamin Netanyahu parece ser extremamente rijo em relação à Turquia, o Irão e à Síria, especialmente após o pedido de reconhecimento da Palestina feito na ONU. O que acredita ser esta revolução?

A única mudança real é na Turquia, que tem realmente adoptado medidas anti-israelitas ou mesmo anti-americanas, desconhecidas entre os Países membros da Nato. Mas a verdadeira extensão dessa mudança ainda está por ser determinada. A nível militar, por exemplo, a cooperação entre Israel e Turquia parece continuar. É provável que os líderes turcos estejam bastante divididos, e que nos bastidores haja o confronto entre as várias facções. Eu também acho que esta nova orientação da política externa turca poderia significar que a Turquia tenha perdido a esperança de ver sua candidatura à adesão à UE aceite pelos Europeus.

Portanto, tirando partido da sua posição geopolítica, está a desenvolver uma política “pan-turca” para as repúblicas “turcas” da antiga União Soviética, e também para os Países vizinhos.

Deste novo curso da política externa turca o Irã teria tudo a ganhar, se não fosse que os dois Países ocupam lados opostos no caso da Síria. Teheran não esconde o seu apoio ao Presidente Bashar al-Assad, enquanto os Turcos, ao contrário, ajudam a oposição.

O Estado de israel continua a manter a política repressiva em relação aos Palestinianos. A reacção de Benjamin Netanyahu, após a jogada feita por Abu Mazen nas Nações Unidas, a sua fúria após a decisão da Unesco de reconhecer um Estado palestiniano, a retomada dos colonos nos territórios ocupados apesar das advertências da comunidade internacional, mostram que os israelitas estão menos dispostos do que nunca a aceitar a criação dum Estado palestiniano.

Nos próximos meses haverá eleições presidenciais na Rússia, que provavelmente confirmarão a primazia do partido Rússia Unida e consagrarão o regresso de Vladimir Putin para a Presidência da Federação. Mikhail Gorbachev, no entanto, tem percorrido a onda de dissidência cujo alvo é Putin, convidando-o a “deixar o poder imediatamente.” Qual é a sua opinião sobre a política de Gorbachev e que acha acerca do resultado das eleições russas?

Gorbachev é um homem totalmente desacreditado, que já não tem qualquer influência na Rússia. Os ocidentais estão a utiliza-lo para criticar Putin, mas isso não muda o curso das coisas. É verdade que houve fraude nas últimas eleições 04 de Dezembro, e os eventos subseqüentes testemunharam uma certa perda de popularidade de Putin. A questão toda é a extensão da fraude e se Putin realmente perdeu o apoio do povo russo.

A partir das informações que posso ter, a fraude efectivamente ajudou o partido Rússia Unida mas numa medida relativamente menor. Sem essas fraudes, Rússia Unida obteria 2% ou 3% menos votos, mas ainda estaria na frente. Quanto à popularidade de Putin, vamos ver os resultados das próximas eleições presidenciais.

Acho que Putin vai obter menos votos do que em 2004 (na altura conseguiu 71% dos votos), mas ficaria muito surpreso se não fosse reeleito. Os Russos não se esqueceram de quem é o mérito da prosperidade econômica e da restauração da autoridade do Estado. O problema é que os observadores ocidentais da Rússia replicam exatamente o mesmo erro da “Primavera árabe”. Eles imaginam que os adversários são os defensores da “democracia liberal” americana! Nada poderia estar mais longe da realidade.

Os acontecimentos do passado Dezembro – que foram incentivados pelos Americanos, que já haviam feito a mesma coisa apoiando as “revoluções coloridas” na Europa de Leste – têm mostrado que aqueles que criticam Putin o fazem por razões diferentes e até diametralmente opostas. Alguns o acusam de ser um “autocrata”, outros de não ser muito nacionalista, outros de não ser suficientemente comunista, outro de não ser liberal, de ser demasiado pragmático, de não criticar mais os Estados Unidos, etc.

A oposição a Putin não é um programa político, mas uma cacofonia. Não se esqueça também, que os liberais do Movimento Yabloko têm apenas 4% dos votos. Todas os outros partidos principais são menos “ocidentais” do que Rússia Unida, sejam eles Rússia Justa, o Partido Comunista de Gennady Zyuganov ou o movimento nacionalista liderado pelo extravagante Zhirinovsky.

Os Americanos não levam em conta esta realidade, porque ainda acreditam que os outros são como eles. Eles não entendem a alternância. Esta é uma das causas dos seus problemas nas relações internacionais.

Nos anos setenta, Richard Nixon e Henry Kissinger exploraram as tensões entre China e Vietnam para reconhecer a legitimidade de Mao Tse Tung para desferir um golpe contra a aliança comunista, condenando ao isolamento internacional a União Soviética, e alguns anos após o Conselheiro Zbigniew Brzezinski (sob a administração Carter) elaborou uma estratégia que atraiu o Exército Vermelho no terrível pântano do Afeganistão. Acredita que o regresso de Brzezinski e a recuperação duma política menos muscular do que aquela defendida por George W. Bush signifiquem a intenção dos Estados Unidos para conter a aproximação entre a Rússia e a China?

Os Estados Unidos fazem o impossível para opor-se a uma reaproximação entre China e Rússia. Também irão fazer tudo para limitar as zonas de influência destes dois Países. No seu livro “O Grande Tabuleiro de Xadrez”, publicado em 1997, Zbigniew Brzezinski lista os “imperativos geoestratégicos” que os Estados Unidos devem cumprir para manter a própria hegemonia, advertindo contra “a criação ou o surgimento duma coligação Eurasiática” que poderia “desafiar a primazia dos Estados Unidos.” “Quem controlar a Eurásia”, acrescentou, “controla o mundo”. As coisas são muito claras. O objectivo é resumido em três palavras: cercar, desestabiliza, balcanizar.

A estratégia de cerco à Rússia inclui a instalação de novas bases militares na Europa Oriental, o estabelecimento de sistemas de defesa anti-mísseis na Polónia, República Checa e Roménia, o apoio à adesão da Ucrânia e da Geórgia na Nato, a busca duma política agressiva voltada a quebrar a influência russa na região conturbada do Mar Negro, Mar Cáspio e do Cáucaso.

Na área do abastecimento da energia, esta estratégia tem-se desdobrado através de inúmeras tentativas de trazer sob o controle os pipelines, tornar um protetorado americano a Ásia Central, incentivar o desenvolvimento do oleoduto a partir do Mar Cáspio, contornando a Rússia, para chegar até a Turquia e limitando o acesso de navios russos no Bósforo e Dardanelos.

A criação de um “arco de crise” para desestabilizar a área tradicionalmente sob influência russa no Cáucaso, no Afeganistão e na Ásia Central só pode ser entendida nessa perspectiva.

Em paralelo, está me curso o projecto sobre a expansão maciça da Nato na Europa de Leste, nos Balcãs e nas fronteiras da Rússia, mesmo dentro da ex-União Soviética, para dissuadir a União Europeia a adoptar uma capacidade de auto-defesa independente e travar, na medida do possível, a reconciliação entre a Alemanha e a Rússia.

A ascensão dos chamados “BRICS” (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) e a crise profunda que em paralelo enfrentam os Estados Unidos estão a mudar a ordem geopolítica global numa direção que reflecte o verdadeiro equilíbrio do poder internacional. Qual será a estrutura da nova ordem mundial e qual será o destino dos Estados Unidos?

Estamos num período de transição, num interregno. A ordem bipolar estabelecida em Yalta, no final da Segunda Guerra Mundial, desmoronou com o Muro de Berlim. A nova ordem mundial geopolítica ainda tem que nascer, mas já está claro que o novo “Nomos da Terra”, para usar uma expressão de Carl Schmitt, não será unipolar, mas multipolar. Não será um Universum, mas um Multiversum.

Neste contexto, a luta entre o poder do mar e a força da Terra, as contradições entre os EUA e o “resto do mundo”, destinam-se a ser exacerbadas. Reconhecer o papel da Europa é o segredo do futuro.

Foi ou não foi uma boa entrevista?
“Sim, mas tão comprida…”

Ipse dixit.

Fonte: Stato&Potenza

4 Replies to “O filosofo de Direita. E de Esquerda também.”

  1. Quem queira ler mais Alain de Benoist em língua portuguesa, pode sempre encomendar o 3º número da "Finis Mundi" ou pré-encomendar o 4º número da revista, uma vez que ambos contam com colaborações do filósofo francês.

    Perdoe Max o aproveitamento publicitário desta caixa de comentários, mas as vendas andam por baixo =)

  2. Isto que o Marcelo colocou tem realmente tudo a ver com esta entrevista, estou começando a ler e está muito interessante, pena que é muito comprido.

  3. `´Ó tima entrevista, Max!
    Relativiza o papel dos grupos de ricos e poderosos reunidos em confrarias de afinidade por interesses,decidindo sobre o mundo, em nome de um desdobramento inerente da estrutura capitalista. Talvez sim, talvez não…ou talvez uma coisa dentro da outra.
    Salienta a necessidade dos EUA de sustentar a competição econômica contra China, no momento, e em especial, se a Eurasia se impuser como polo político/econômico potente, o que motivaria sua política predadora para manter-se império. Pessoalmente acho que, se não matarem o Putin, isso é uma forte possibilidade.
    Aponta um futuro multipolar, de diversidade de polos de influência e poder, em função de singularidades culturais, que no Islâ, transcende a religião. Tomara que assim seja, até porque o mundo mediterrâneo, anglo saxônico, latino americano, islâmico, oriental, africano, de fala russa, poderiam gerar universos tão diferentes e ricos, não fora a eterna obsessão que tudo tem de ser uma coisa só, com verso e reverso, senhores e escravos.
    Enfim, é uma fala que permite pensar.

Obrigado por participar na discussão!

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