A simpática dinastia Rothschild – Parte II

Rothschild. Uhhhh…

Informação Incorrecta já tratou desta simpática família num post publicado ontem.
Ou anteontem.
Talvez no dia 20 de Março. Passa o tempo, não é?

Mas não é que por acaso o bom Max tinha esquecido a segunda parte?
Eu?!?!? Mas estamos a brincar? É que achei bem reflectir sobre o assunto.

Reflecti? Ah, pois reflecti. Também Leonardo reflectiu. E eis o resultado.

Após ter falado da origem hebraica (óbvio…), da genealogia, dos casamentos (muitos deles entre primos: sabem o que dizem dos filhos dos matrimónios entre primos, não sabem?), da paixão pela coleções (a preferida: ouro), vamos ver um pouco de história prática: que fizeram de bom estes Rothschild?

Peço desculpa, não “de bom”, pois neste caso o artigo deveria acabar aqui: vamos ver o que fizeram, assim, no geral.

Da batalha de Waterloo já dissemos. Na dúvida, os Rothschild ajudaram ambos os contendentes (e este, meus amigos, é verdadeiro espírito democrático), para depois ganhar ao saber com antecedência o epílogo do combate.
Ganharam dinheiro? Não, ganharam mais, muito mais do que isso.

Mas vamos em frente, pois quando estão reunidos pelo jantar de Natal, a simpática família tem muito para lembrar. E entre uma Feijoada à Transmontana e um Sopa de Pedra (os pratos favoritos dos Rothschild, aposto eu), de que podem falar os membros da família mais poderosa do mundo e arredores?

Natal em casa Rothschild

Castle de Haar, Holanda

– Ò Walti [provável alcunha de Walter Rothschild], lembras de quando o embaixador francês em Londres, Talleyrand, escreveu que “O Ministério britânico é sempre actualizado acerca de tudo pelos Rothschild, entre dez e doze horas antes das comunicações de Lord Stuart [o embaixador inglês em Paris]”?

– Ahahah, meu caro Pipo [Philip], sempre muito à frente a nossa família. E quando conseguimos pôr o bom tio James no topo do Banco Central dos Estados Unidos, em 1835 [ah, pois: também nas primeiras duas tentativas de constituir um banco central dos States havia os Rothschild].

– Epá, a nossa sorte foi sempre de estar rodeados por idiotas. Imaginas que na mesma altura James financiava o Granducato de Toscana, o irmão dele, Carlo, era o banqueiro do Reino das Duas Sicilia e Salomon era o homem da finança do Imperador de Áustria.

Villa de Beatrice de Rothschild, França

– Pfff, até o Papa…

– Como assim?

– Não sabias? Entre 1830 e 1870 as nossas vorazes patinhas conseguiram atacar as finanças do Vaticano também.

– Ah, não sabia. Poderia ter imaginado, verdade. Doutro lado, sempre no mesmo período, o Piemonte estava endividado com o velho tio James. Imaginas, prestações de 180 mil escudos por ano!

– Ahahah, que cambadas de bestas. E Salomon financiava Metternich também o inimigo do Rei do Piemonte! E ninguém fala, ninguém diz nada. É possível ser tão estúpidos?

– Bom, caro Zé, “ninguém” não é correcto. Alguém falava, só que ninguém ouvia. Lord Byron, por exemplo…

Waddesdon Manor, Reino Unido

– Ah, pois, Lord Byron…o que é que dizia? “O hebraico Rothschild e o rival cristão dele Baring têm o controle do poder no mundo”.

– Pois, os Baring, quase nem lembrava deles. Faliram, não é? Mergulhados num rio de dívidas.

– Isso mesmo, há mais de uma década. Até que enfim. Se não sabes trabalhar, melhor desistir. E se não sabes reconhecer as boas especulações das especulações envenenadas…

– A propósito: já mudaste de carro esta semana?

– Sim, comprei um novo Ferrari. Bom, “comprei” não é o termo exacto. Sabes como é, Ferrari é Fiat, e Fiat…

– Ah, pois. Estás a ver? Quem lembra hoje em dia da Carrozzeria Italiana Rothschild em Torino? Quem sabe que mais tarde fundiu-se com a Fiat?

Chateau de Ferrieres, França

– Memória, meu caro Zé, ninguém tem memória: esta é uma das nossas maiores sortes. Quem lembra hoje dos vários Brown Brothers Harriman, Warburg, Kuhn Loeb e J. Henry Schroder? Era nas mãos destas pessoas que os Estados Unidos encontravam-se pouco antes de Primeira Guerra Mundial. Mas hoje as pessoas só lembram dum só dos nossos servos, JP Morgan.

– Ah, pois, o bom JP. Sabes, meu pai contava-me sempre de quando no escritório em Londres o avô estabelecia o preço do ouro. Depois chamava JP e dizia “Tu, estúpido, comunica aos Estados Unidos que o preço hoje é este”.

– Mas era uma seca: todos os dias, telegramas, mensagens…

– Pois era. Foi por isso que inventamos a Federal Reserve, muito mais prática.

Mentmore Towers, Reino Unido

– Um pouco mais de vinho?

– Sim, obrigado. Ah, etiqueta de Picasso, deve ser o nosso Chateau Mouton de 1924.

– Sim, isso mesmo. Mas sabes, uma coisa nunca percebi.

– É normal, somos todos filhos de primos…

– Pois é…bom, dizia: porque é que ficámos ligados à família dos Bush? Nós somos filhos de primos, tudo bem, mas eles são ainda piores…

– Sabe como é…foi um acaso. Era antes da Segunda Guerra Mundial e era preciso alguém que financiasse Hitler. Que dizer, não podia ser a nossa família a financiar de forma directa, percebes? Era preciso alguém, não muito inteligente, que levasse o nosso dinheiro até Hitler, sem muitas perguntas.

– Ah, Prescott Bush.

Villa Pignatelli, Italia

– Exacto, Preston, da Skull & Bones. Um pouco atrasado, como o filho e o neto. Era preciso mesmo. De facto, depois da guerra, tudo foi muito mais simples. Repara: pouco depois do fim das hostilidades, um dos nossos escravos, René Mayer foi eleito Primeiro Ministro de França. E daí foi sempre aumentar o controle, nada mais, na Europa, nos Estados Unidos como no resto do planeta.

– Bom, esta parte foi demasiado simples, temos de admitir. Quando uma família controla as três maiores televisões da única potência mundial…

– Sim, televisões mas não só. É uma questão de bons escravos também. Paul Volker, por exemplo: tinha feito um bom trabalho na Federal Reserve, então foi feito descansar um pouco na J. Rothschild, Wolfensohn & Co de New York e depois em frente, no Banco Mundial.

Schloss Hinterleiten, Áustria

– Homens e organizações. Lembras do Tio Edú [Edmund Rothschild]: em 1987 criou aquela coisa, como se chama? World Conservation Bank, assim se chama. Anulamos as dívidas dos Países pobres em troca da terra deles.

– Televisões, escravos, organizações…e energia. Porque achas que controlamos 80% da produção mundial de urânio?

– Tudo bem, mas eu continuo a pensar que a chave são os bancos. Quando controlas os bancos centrais dum País, este está feito. A propósito, como vão as coisas neste sentido?

– Olha, acho que vão bem. Afeganistão e Iraque estão arrumados, na Líbia é questão de dias, por isso sobram apenas quatro Países que ainda têm um banco central não nosso: Irão, Coreia do Norte, Sudão e Cuba.

Halton House, England

– Então são três e meio: metade do Sudão agora é nosso.

– Ah, pois, três e meio. Logo após o dossier Tripoli estar resolvido temos que começar com Teheran: estás a seguir as coisas?

– Não te preocupes, está já tudo encaminhado.

– Muito bem. São mesmo bestas .

– Pois são. É por isso que aqui estamos nós: num mundo de bestas, quem manda tem que ser tarado. Uma fatia de Bolo Rei? Bom Natal.

– Ahahahah…Sim, obrigado, mas sem fava. Bom Natal para ti também.

Nota: 
As imagens à direita representam apenas algumas das posses da família. Na maior parte dos casos são casas velhas, com grandes problemas de infiltrações e cheias de ratos. Além disso são incómodas, pois longe das lojas, o que obriga que os pobres Rothschild sejam obrigados a percorrer grandes distâncias cada vez que acabar o chouriço.
Isso sem falar das taxas comunais, verdadeira praga…

Ipse dixit.

Link: A simpática dinastia Rothschild – Parte I

6 Replies to “A simpática dinastia Rothschild – Parte II”

  1. hahahaha, o mais engraçado é que se o mundo inteiro lesse teu post, ainda assim poucos seriam os que realmente teriam algum interesse de pesquisar mais a fundo as raízes desta família… e menor ainda o número dos que realmente se movimentariam no sentido de uma transformação.
    Dai vêm os cultos de fim do mundo, pois é a única esperança de acabar com esta máquina que irá perdurar até o fim dos tempos, pois sabemos em números, que nosso poder é fraco. Bem difícil pensar em dominação mundial privada, quando bilhões de pessoas tem de pensar em sobreviver…

  2. Max

    Tu conseguiu se superer nesse post.

    Ficou excelente!!!

    Deve ser exatamente assim quando se reunem no natal, hehehehehe.

    Abraços

  3. Por favor,
    pesquisem estas famílias:

    Aldobrandini *
    Borghese *
    Borja
    Breackspeare *
    Coloona/Collogna
    D´Medici
    Conti
    Farnesse – Rei Juan Carlos I é o titular desta Casa Real *
    Gaetani/Caetani
    Orsini *
    Palavicini
    Pamphili
    Somaglia (reparem na semelhança do Grupo Somague ) *

    As Famílias que têm o Asterisco, são entre elas, as mais poderosas, pois são a cabeça real de outras casas e gerações que delas descendem.

    São famílias que mantêm o o Poder desde a Suméria e estão ligadas aos Rothschild.

    Deixo alguns poucos links:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Black_Nobility

    http://espirra-verdades.blogspot.com/2011/07/o-culto-saturniano-milenar-pt-1.html

    Abraços

  4. "Porque há sempre uma Grande Família atrás de uma Grande Corporação"

    Para se liquidar tem que se ir à raiz da Corporação… à Família!

Obrigado por participar na discussão!

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