O banco e a armadilha

Bancos…e não é preciso acrescentar mais nada.

Centenas de empresas portuguesas estão à beira da falência por causa dum produto financeiro “aconselhado” e vendido nos bancos.

O produto tem um nome: “contrato de permuta de taxa de juro” ou, tecnicamente, swap de taxa de juro, vendido entre o final de 2006 e início de 2008.

O que é isso?
Relata o diário Público: 

De uma forma muito resumida e simplista, estes contratos estão associados à Euribor e permitem que o cliente tenha ganhos se essas taxas subirem acima de um determinado valor e perdas se elas descerem a partir do patamar contratado (o que aconteceu a partir de Setembro de 2008).

Estes contratos podem funcionar como um seguro, desde que associados a contratos de empréstimos, de montante e duração equivalentes, e desde que estejam assentes em parâmetros equilibrados.

Em palavras ainda mais simples: em caso de empréstimo, o banco “aconselhava” a subscrição deste contracto como forma de seguro.


Uma medida, refere a entidade supervisora do Banco de Portugal, desnecessária.
Na prática, outra forma do banco ganhar “uns trocos” à custa das empresas: pois o banco não fica satisfeito com os juros do empréstimo ou a garantia que a empresa é obrigada a apresentar.

O privado tem que mostrar-se simpático, assumindo um risco desnecessário.

 “Mas o cliente também pode ganhar”, pode afirmar o leitor.
Sem dúvida, mas quem ganha sempre é o banco.

Em primeiro lugar ganha com a simples venda dum produto.
A seguir, ganha se o cliente ganhar (comissões), e, cereja no topo do bolo, ganha se o cliente perder, pois este fica com uma nova carga de dívidas.

Eis um dos raros casos de win-win-win situation.

Alguns empresários referiram ainda que, quando ameaçam que não vão pagar ou vão denunciar a situação, o banco os tem ameaçado com a suspensão dos empréstimos em curso. Confrontado com esta acusação, o banco alegou que “nunca o Banco Santander Totta ameaçou os seus clientes, nem obviamente o irá fazer”.

Uma situação tão favorável que o banco recusa cancelar o contracto mesmo que o empréstimo tenha sido devolvido na íntegra, como no caso do banco Santander Totta.

Aliás, 95% das queixas são relativas a esta instituição.

Questionado objectivamente sobre a razão dessa recusa, o Santander não respondeu.

Mas não é preciso responder.
Bancos…

Ipse dixit.

Fonte: Público

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