Reunião fechada entre os chefes dos principais bancos centrais e representantes das finanças hoje, em Zurique, sob a égide do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Nacional Suíço (SNB), a reunião é dominada pela crise grega e os insucessos do euro que requerem medidas excepcionais por parte da União Europeia e a intervenção dos bancos centrais.
Na reunião fechada estão presentes:
* O Director do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn
* O Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet
* O Vice-Presidente da Federal Reserve (FED), Donald Kohn
* O Presidente do Financial Stability Board (FSB), Mario Draghi
* O CEO da Bundesbank, Axel Weber
* O Presidente da Direcção do SNB, Philipp Hildebrand
Num discurso distribuído à imprensa, Kohn advertiu sobre os “desequilíbrios globais” que levaram à vulnerabilidade macroeconómica e financeira, e, em seguida, ao surgimento da crise financeira global.”
A reunião, que continuará ao longo do dia, é fechada ao público: é acessível apenas para alguns jornalistas seleccionados (que vai emitir declarações escolhidas).
Os participantes nada declararam antes da reunião. Esta será fechada com uma conferência de imprensa às 18h30.
Quem sabe o que estão dizendo.
Fannie Mae encerrou o primeiro trimestre com uma perda de 11,5 bilhões de dólares.
E anunciou que vai pedir a ajuda adicional do Tesouro para obter 8,4 bilhões de dólares. Ao incluir 1,5 bilhões pagos em dividendos, o vermelho da Fannie Mae alcança 13,1 bilhões de dólares, comparado com uma perda de 16,3 bilhões no mesmo período do ano passado.
Após o primeiro resgate de Setembro de 2008, que não foi suficiente para evitar o Grande Colapso saudado com o fim da Lehman Brothers uma semana depois,
e após o segundo resgate de Novembro de 2009, que adiou o inevitável,
estamos agora perante a terceira recuperação, que talvez ainda mais adiará o inevitável, continuando a absorver e queimar dinheiro público, o que gera mais dívida, o que mais endivida uma nação já demasiado endividada para avançar.
Até quando a Fed irá comprar mais dívida e continuará a bombear dólares a mais criados do nada.
Até quando…
Até quando…
Porque esta reunião? Simples: as Bolsas já não voam, pelo contrário, estão em queda. E o Euro continua a própria descida face ao Dólar sem nada que possa trava-lo. Hoje atingido um novo recorde, abaixo de 1,27.
O Super Plano de 750 bilhões já falhou? As mentes pensantes de Bruxelas terão que pensar um pouco mais?
Provavelmente é cedo para tais afirmações. Talvez as quedas de hoje possam ser um ajustamento fisiológico face à hiper-valorização de ontem,
Isso para as Bolsas, claro, não o Euro.
O euro não melhora, apesar das tentativas desesperadas de resgate por parte dos euro-burocratas, mas cai abaixo de 1,27, o mesmo nível antes da apresentação do ultra-plano, -0,80% em relação a ontem (imediatamente após o anúncio do super-plano de resgate subiu 2,7%).
A Bolsa já não é considerada nos mercados um indicador fiável. A votação às lobby políticas europeias (incompetentes, atrasadas, culpadas, desconectadas da realidade), é dada agora, em tempo real, com a votação continua, pelo mercado de títulos e câmbio, que bancos e hedge funds não podem manipular porque muito líquido e muito grande, dado que vários triliões de dólares são negociados diariamente.
Olhando para além do curto prazo, muitos observadores “neutrais” avisam contra a euforia baseada no nada: as poderosas injecções de liquidez no sistema adoptadas pela UE, o FMI e o BCE, para apoiar o euro e a criação de novas dívidas para pagar a dívida (efeito de desgaste …) não muda o cenário de longo prazo: os problemas subjacentes a todos os países em crise PIGS permanecem absolutamente intactos.
O plano, portanto, já parece mostrar algumas fendas profundas sobre o que foi um dos seus objectivos prioritários: assustar a especulação anti-PIGS.
Excesso de pessimismo?
Pode ser.
Ficamos à espera dos desenvolvimentos.