A Espanha 600.
Afinal todos concordaram: 750 é melhor.
E ainda bem que a reunião acabou pois parecia já não haver limites.
Setecentos e cinquenta bilhões de Euros é o fundo de emergência que a União Europeia acabou de aprovar. Um fundo para salvar o Euro, mas não só.
Também previstos novos sacrifícios em Espanha e Portugal, dois países considerados de maior risco nesta fase. Mais “medidas importantes” anunciadas pela BCE. É um plano de resgate sem precedentes.
No pacote há 440 bilhões que devem tomar a forma de empréstimos bilaterais dos Estados-Membros da zona euro, o mesmo modelo da ajuda à Grécia.
Em detalhe, a expectativa é que a parte do FMI chegue a 250 bilhões, valor revisto em alta a partir da versão anterior de 220 bilhões. Mais uns trocos da BCE.
Resultado imediato: as Bolsas hoje voam, estes são os primeiros sinais.
Em abertura: Milão +6,77%, Paris +5,5%, Frankfurt +3%. Lisboa: +7,15%!
A manobra funciona.
Pergunta: mas eventualmente onde encontram 750 bilhões de Euro? Quais os mecanismos? Não podem imprimir tudo, não é? E os bancos pagam algumas coisa? Não é por acaso o mesmo jogo de sempre com dívida que cobre outra dívida?
Alt, stop, pára tudo.
Hoje é dia de festa, nada de estragar o ambiente com estúpidas perguntas.
A União disse 750 e 750 é, ponto final. Existam ou não, como arma psicológica resultam. E numa Europa à beira do colapso é isso que conta.
Ipse dixit.