Relatório FMI Abril

Acabou de sair o Relatório de Estabilidade Financeira Global do FMI, o Fundo Monetário Internacional. Reportamos a notícia assim como foi publicada pela agência Estadão.com.br:

Ainda que reconheça que o cenário mundial melhorou muito em comparação há um ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) segue cauteloso sobre o processo de retomada da economia global. Segundo o Fundo, a retomada será frágil e em velocidades diferentes, com os países desenvolvidos se recuperando bem mais lentamente que os mercados emergentes, destaca a nova edição do Relatório de Estabilidade Financeira Global (GFSR, na sigla em inglês), divulgado hoje. 

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“A melhora das perspectivas de crescimento reduziu os perigos de deflação, enquanto as expectativas de inflação seguem contidas, uma vez que as lacunas na produtividade continuam grandes em várias economias desenvolvidas”, afirma o texto. 

Passagem interessante esta, pois o FMI reconhece que a máquina produtiva ainda não saiu da fase de estagnação. E isso embora as declarações nos media dos vários responsáveis.

Por outro lado, as consequências da bolha do crédito aumentaram os riscos soberanos e pioraram a trajectória do deficit orçamentário, afirma o relatório. “Com os mercados dispostos cada vez menos a encorajar a alavancagem – seja num banco ou em balanços do governo – os prémios de risco de créditos soberanos recentemente se ampliaram nas economias maduras com vulnerabilidades fiscais”. Segundo o fundo, as preocupações com a solvência no longo prazo acabam se traduzindo em pressões para financiamentos no curto prazo.

Ops! Pedimos desculpa, fizemos copy/paste do último GEAB…Ou não? Não, é mesmo o relatório do FMI que fala. E a propósito da Grécia?

Grécia

A crise global do crédito expôs vulnerabilidades e elevou os riscos soberanos de vários países, como a Grécia. A questão agora é saber se esses riscos podem estender a duração da crise, diz o FMI. De acordo com o relatório, os níveis da dívida soberana de países do G-7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) estão se aproximando das máximas dos últimos 60 anos. “Maiores níveis de dívida têm potencial de se esparramar e ter impacto nos sistemas financeiros”.
O FMI também ressalta que existe uma correlação entre os países com maiores deficits em conta corrente e maior necessidade de ajuste fiscal e os swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês), que permitem que o investidor se proteja contra a moratória da dívida de um país ou, ao contrário, aposte na probabilidade de o default ocorrer.
Essa seria uma preocupação que envolve hoje especialmente a Grécia, mas existe o receio de investidores também com o crescimento da dívida em outros países, como Portugal, Espanha e Itália. De acordo com o relatório do fundo, esses países estão fazendo parte da quarta fase da crise na zona do euro, a do risco soberano. As outras fases foram da formação da crise financeira, a explosão da crise e a resposta dos governos.

Afirmações que temos que encarar com algumas cautelas. Não podemos esquecer que o FMI é, de facto, um apêndice dos Estados Unidos em âmbito económico e os leitores de Informação Incorrecta já conhecem o papel do FMI nesta crise helénica e as especulações que em terra americana ainda actuam sobre o caso grego.
Todavia há dados que não podem ser ignorados: a dívida soberana de alguns Países do G7 demonstra bem as dificuldades que os governos enfrentam naquela que com demasiada pressa foi chamada de “retoma”. Ainda uma vez, algo que os leitores já tiveram oportunidade de ler.

E sempre a propósito de “coisas já ouvidas”, eis as apreciações do mesmo relatório acerca da situação dos banco americanos:

Segundo o documento, os bancos regionais são os que estão mais expostos, com cerca de 12 instituições com excessiva exposição ao mercado de imóveis comerciais. O relatório afirma que o governo, por meio do Tesouro, já socorreu o sector com cerca de US$ 128 bilhões até o final de 2009, mas analistas estimam que será necessário esticar a ajuda para US$ 300 bilhões.

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O texto fala do crescimento do número de imóveis que estão fora do mercado, geralmente por causa de execução de hipotecas, o chamado “inventário sombra”, que deve se traduzir em pressão futura no mercado imobiliário. A preocupação com o mercado imobiliário se estende para a Europa, segundo o relatório, especialmente a Espanha, onde houve um crescimento mais acelerado de empréstimos ruins, os NPLs (nonperforming loans, em inglês), devolução de activos imobiliários após execução de hipotecas nos últimos dois anos e as estimativas seguem ascendentes.

Bancos nos EUA

O FMI reduziu a estimativa de baixas contábeis dos bancos dos Estados Unidos com empréstimos e provisões de 2007 a 2010 em US$ 66 bilhões, para US$ 558 bilhões, ante projecção feita em Outubro de 2009. A revisão se justifica pela melhora das perspectivas económicas do país, com o Produto Interno Bruto (PIB) novamente em crescimento e a estabilização dos preços de imóveis, ressalta o relatório divulgado hoje.

No entanto, o documento cita como factores que estão pesando contra o processo de retomada da economia o crescimento contínuo da execução de hipotecas e a taxa de desemprego ainda muito alta. No caso dos bancos da zona do euro, a melhora nas estimativas para crescimento na região e na taxa de desemprego também motivou o FMI a reduzir a projecção de perdas com empréstimos e provisões em US$ 38 bilhões, para US$ 442 bilhões desde o relatório de Outubro de 2009.

Segundo o texto, o risco nos mercados emergentes tem se reduzido e o capital está correndo para a Ásia (excluindo Japão) e América Latina, atraído pelas perspectivas de crescimento forte, moedas apreciadas, preços de activos em ascensão e empurrado pelos juros baixos na maior parte dos países desenvolvidos.

Sinais de retoma, portanto, mas com diferenças fundamentais.

Nas economias “evoluídas” (por assim dizer) ainda muitos problemas para ser resolvidos. Até o ponto que a estimativa do FMI tem que ser cautelosa. Ou, dito de outra forma: a situação pode melhorar mas também piorar, não havendo actualmente sinais unívocos e existindo ainda variáveis perigosas, a começar pelas dívidas soberanas dos EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Italia, Japão, Canada:, isso é, dos motores da economia ocidental. E sem esquecer a situação dos bancos nos EUA, possível fontes de despesa extra pela Administração.

Bem diferentes as coisas pelas economias definidas “emergentes”. Aqui estamos perante uma verdadeira retoma (e algo mais): China, Brasil, Índia.
Economias muito desequilibradas, com risco de fortes oscilações e quedas repentinas. Mas sempre em plena retoma.

Resumindo: retoma sim, mas não para todos.

Ipse dixit.

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