Informazione Scorretta volta a tratar do caso grego. Desta vez o foco é centrado no empréstimo concedido pela União Europeia. Concedido ou talvez não. Em qualquer caso: não pedido.
Confusos? Pode ser, tal como confusa é a situação criada nas últimas semanas.
Em síntese: os leitores de Informação Incorrecta conhecem os problemas económicos da Grécia. E sabem também que este é um teste importante para a UE, pois este pode ser a primeira duma série de crises parecidas entre os Estados membros. Por isso é fundamental encontrar uma resposta clara, rápida e eficaz.
E aqui começam os problemas.
É de ontem a notícia que os ministros financeiros da União encontraram um acordo acerca da ajuda que tem de ser enviada para Atenas: 30 mil milhões de Euros, montante para o qual cada País terá que contribuir em percentagem, com uma taxa de juro de 5%.
Ou, dito de outra forma: os ministros europeus decidiram distribuir o risco grego entre todos os cidadãos da União. Por isso nem todos estão felizes.
Eis as prováveis quotas por alguns do Países:
Alemanha: 8.5 bilhões
França: 6,09
Italia: 5,35
Espanha: 3,55
Holanda: 1,70
Bélgica: 1,03
Portugal: 0,774
(Fonte: Il Grande Bluff)
Portugal, por exemplo, terá de emprestar 774 milhões de Euros, o que, para uma País que já tem de resolver graves problemas próprios, não é brincadeira..
Pouco mal: tudo em nome da solidariedade. Ou se calhar não.
De facto, uma vez ouvida a notícia, o porta voz do Ministério das Finanças alemão respondeu: O quê???
Como reporta o diário Público de hoje, o porta voz diz que:
a Zona Euro só accionará o plano de empréstimos de emergência quando estiver convencida que a Grécia esgotou todos as alternativas de financiamento e avisou que a contrapartida poderá ser a exigência de mais medidas de austeridade ao governo grego.
Solidariedade sim, mas enfim…
A coisa divertida, por assim dizer, é que a Grécia não pediu empréstimo nenhum, tal como fez questão de realçar Atenas ontem.
Mas o problema de fundo é outro: os 30 mil milhões de Euros vaporizarão num instante e as deficiências estruturais da Grécia ficarão. Como primeiro teste, o da UE não está a correr muito bem…
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