Marc Faber: Crise final, bancarrota dos governos

Red Bull Race: no Porto ou em Lisboa?

Esta é a dúvida que assusta o País nestas horas. Será melhor pôr os aviões a esvoaçar sobre as águas do Douro ou das mais calmas do Tejo?


A pergunta não é secundária até ao ponto de merecer um encontro entre os dois presidentes das respectivas câmaras. “Ambos os autarcas sublinharam que este entendimento terá ainda de passar pelos parceiros do evento, as autarquias de Oeiras e Gaia, o Turismo de Portugal e pela própria Red Bull” informa o diário Expresso de hoje.

Quatro autarquias, um ministério e uma empresa privada não poupam esforços. Nós não podemos senão aplaudir.

Mas, entretanto, gostamos de ver se no mundo acontece alguma coisa que, mesmo sem ter a mesma relevância, possa mesmo assim despertar algum interesse.

E no Youtube encontrámos esta entrevista.

Faber: a crise final será a bancarrota dos governos

Marc Faber é conhecido por ter feito sair dos mercados das acções os seus clientes uma semana antes da queda de Outubro de 1987. E em 2007 tinha antecipado a Fox News uma importante “correcção de mercado”.

A entrevista não é nova, tendo sido transmitida em Dezembro de 2009,  mas merece ser lida.

[o caso do Dubai] relembra que também as nações podem fazer default, assim as empresas que são percebidas como “garantidas pelo governo” podem fazer default.

Este [caso de Dubai] é uma campainha de alarme que os mercados não encararam de forma séria porque vêem que cada vez que existe um problema os bancos centrais chegam e imprimem dinheiro. E se ainda é presente fraqueza haverá outros estímulos.

À pergunta se Faber pode antecipar default soberanos ou quase-default ao longo dos próximos 6 meses ou 1 ano, assim responde:

Ao longo dos próximos 6 meses ou ano provavelmente não porque [as nações] podem imprimir dinheiro. No caso da zona Euro existem nações débeis como a Grécia que podem decidir de deixar o Euro. Mas é possível, imagino, que muitos governos acabem sem dinheiro, EE.UU. incluídos.

Pergunta acerca da Grécia, Letónia, Irlanda e CDS, cuja subida de preços confirma os temores acerca destes países:

Penso que no princípio serão salvas mas, como disse, na história há enormes default soberanos […] e o que vimos é só a ponta do icebergue.

Tivemos a crise financeira em 2008.
Tivemos quantitative easing e medidas de estímulo em 2009.

Ma nada ficou resolvido, só adiado mais para a frente.

A crise final não será só a bancarrota dos bancos e do sector financeiro como em 2008, mas será a bancarrota dos governos.

Em inglês, eis a entrevista completa com uma interessante parte acerca dos bond EE.UU.:

One Reply to “Marc Faber: Crise final, bancarrota dos governos”

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